O anúncio da vinda do Metro à Portela em Julho de 2009, como se previa, não passou de mais uma rábula eleitoralista do PS, confirmando-se agora que, pelos menos no médio prazo, essa solução está completamente fora de questão. Aliás logo à partida era pouco credível que o Metro de Lisboa fosse gastar 122 milhões de euros para fazer um ramal da linha Vermelha para a Portela e Sacavém quando pouco tempo antes se tinha recusado a desviar umas centenas de metros o percurso de Moscavide ao Aeroporto.
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O que não se compreende é que a extensão da linha Vermelha ao Aeroporto não inclua uma paragem na Portela, onde iria servir uma população de 15 000 habitantes, todos concentrados numa pequena área de menos de 1 km2. O desinteresse da Câmara PS de Loures terá sido sem dúvida um factor de peso a obstar a concretização dessa antiga aspiração dos portelenses, desde sempre a braços com dificuldades de transportes públicos de ligação a Lisboa.
Chegados aqui, e não se vislumbrando nos próximos tempos a hipótese da vinda do Metro à Portela, será talvez melhor começar já a pensar em qual a melhor maneira de assegurar a ligação da Portela à linha Vermelha do Metro que irá ter duas paragens aqui próximo, uma em Moscavide, e outra na Encarnação, e que se espera entrem em funcionamento em 2012. A Linha Vermelha, por ter um traçado que cruza as outras três linhas do Metro, proporciona o rápido acesso a grande parte da cidade de Lisboa.
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Actualmente a Portela dispõe de duas ligações rodoviárias a Moscavide, a carreira o 728 da Carris, e mais recentemente o Rodinhas, mas qualquer delas, para este efeito de ligação ao Metro, apresenta desvantagens que não são de somenos.
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Por exemplo, não seria de todo praticável coordenar a frequência do 28 com a do Metro, e o Rodinhas por não estar integrado no Passe combinado L1 da Carris/Metro, representaria uma despesa significativa para quem se desloca diariamente para Lisboa.
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Mais conveniente poderia ser uma carreira tipo minibus da Carris, coordenada com os horários da linha Vermelha do Metro, com o percurso do Rodinhas.
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Em vez de deixar tudo para a última, o que por vezes inviabiliza que se concretizem as melhores soluções, não será de começarmos já a pensar como tirar o melhor partido da passagem do Metro próximo da Portela? A palavra principal deve pertencer aos moradores do Bairro, mas espera-se também que os responsáveis autárquicos, na Junta de Freguesia e na Câmara de Loures, se empenhem nesta questão tão importante para o dia a dia dos que aqui moram.
E uma passagem num tunel com passadeiras rolantes ao longo do caminho? EM Seoul vi passsagens destas em distâncias muito maiores...
ResponderEliminare o cú lavado com água de malvas?
EliminarO meu homónimo anónimo revela-se mais um especialista em higiene que em mobilidade urbana - área da qual, pelo comentário, tem um entendimento absolutamente peco. .
EliminarGustavo,
ResponderEliminarFiz um post com a sua sugestão, aqui:
PORTELA: LIGAÇÃO À ESTAÇÃO DE METRO DE MOSCAVIDE.