quinta-feira, 14 de outubro de 2010

PEDRO PASSOS TONINHO




Apesar da crise, aposto uma imperial como o PSD vai viabilizar o Orçamento de Estado.
Nas últimas semanas Pedro Passos Coelho pôs o pé em ramo verde. Deslumbrado com as sondagens, endureceu o tom em torno do OE para 2011. Avançou demasiado nas exigências e acabou refém do ridículo. Ridículo não por ter tido uma posição sobre o OE 2011, mas porque não salvaguardou a prática política do centrão que nestes casos significa arrancar os cabelos, espumar pela boca, dizer que nunca já mais em tempo algum, mas evitar concretizar o que quer que seja para no final se poder fechar o semblante, evocar o supremo interesse nacional, os sentidos de estado e de responsabilidade política, a credibilidade internacional, acabando por viabilizar a coisa (eu tenho jeito para isto!). Até porque, a esmagadora maioria das propostas orçamentais do PS têm aceitação nos meios sociais e económicos que também sustentam política e socialmente o PSD. Ao concretizar em demasia as objecções ao OE, PPC acabou por se encurralar numa viela de sentido único.
Nos próximos dias, a grande curiosidade será perceber como vai ele fazer a tal inversão de marcha que todos lhe pedem. Se não a fizer estampar-se-á de frente, para a fazer vai ficar com a pintura do veículo em muito mau estado.

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