Em Julho de 2009, preocupados com o fraco entusiasmo suscitado por estas bandas pelas candidaturas do PS à Assembleia da República e à Câmara de Loures, os estrategas eleitorais do PS, com a ajuda do Governo, da Câmara de Loures, e da Administração do Metro, montaram mais um dos “apreciados” episódios da novela Promessas Eleitorais e, com pompa e circunstância, numa tarde de Julho no Palácio dos Marqueses da Praia em Loures, posaram para a comunicação social, e para a posteridade, Ana Paula Vitorino, secretária de Estado dos Transportes, Joaquim José de Oliveira Reis, presidente do Conselho de Administração do Metropolitano de Lisboa, e Carlos Teixeira, Presidente da Câmara de Loures e à data igualmente candidato sob o lema “Prometemos, Fazemos”.
Para tentar dar alguma credibilidade ao eleitoral anúncio da extensão da linha amarela a Loures/Infantado, e da linha vermelha à Portela/Sacavém, os participantes na rábula enumeraram as estações previstas, 7 no total, o custo do projecto, 565 milhões de euros, o arranque das obras, 2012, e a entrada em funcionamento das novas extensões do Metro, 2014 para Sacavém e 2015 para Loures. So far so good.
Só que, como algumas vozes alertaram na altura, a coisa trazia água no bico e, eleitos os candidatos, logo Metro e Governo trataram de arrumar o alegado projecto em mais uma das muitas gavetas que o PS dispõe para arrumar as promessas que o ajudam a ganhar eleições. Um pesado silêncio abateu-se então sobre qualquer pergunta acerca da concretização de tão úteis infraestruturas para as populações do concelho de Loures.
Mas como o processo democrático exige que o Governo apresente e faça aprovar anualmente, na Assembleia da República, o Orçamento do Estado, logo ficou evidente que ao não inscrever qualquer verba para o projecto das extensões do Metro a Loures e Sacavém, se estava, pelo menos, perante um adiamento do anunciado inicio das obras para 2012.
Tentando tirar a limpo o que se estava efectivamente a passar o deputado Bernardino Soares do PCP apresentou, em Junho deste ano, as seguintes perguntas ao Ministro das Obras Públicas se:
- Estão concretizados ou em preparação os estudos e projectos para a extensão do Metropolitano de Lisboa a Sacavém e a Loures/Infantado?
- Confirma o Governo a decisão de avançar com estas infra-estruturas?
- Quando se prevê que elas se concretizem? Confirma a data de 2015 anunciada pelo naterior Governo?
A resposta do Governo chegou em Setembro passado e, traduzida de politiquês para português corrente, é de que não se trata propriamente dum atraso, mas sim, no que respeita às extensões de Metro a Loures e Sacavém, de que não há nada para ninguém. Mas à resposta do Governo, e mais algumas considerações sobre o Metro na Portela, voltaremos num próximo post.
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