sexta-feira, 8 de outubro de 2010

O Feiticeiro e o seu Aprendiz


QUANDO José Sócrates diz que não tem medo de nada nem de ninguém, não é nenhum fenómeno, é apenas um aprendiz de feiticeiro com algum sucesso. Se ele insiste que deve ser a oposição a apresentar soluções de governação (há muito que ele próprio deixou de ser a solução para passar a ser um problema), não responde a ninguém e garante, do alto do seu atrevimento exibicionista, que não se demite, o motivo é apenas um: à mistura com sessões contínuas de propaganda política, quer continuar a preencher, enquanto é tempo, todos os cantos e recantos do aparelho de estado e da administração, com doações de cargos públicos à sua corte de amigalhaços, pajens e cortesãos, os quais se encarregam de multiplicar e redistribuir mais benesses, aqui e ali, com o respectivo reflexo nas contas públicas. A fórmula não é nova; quem consegue ocupar todos os pontos estratégicos de um campo de batalha e manter as tropas “lubrificadas”, tem a vitória meio garantida. Alberto João Jardim usa na R.A. da Madeira os mesmos métodos, desde 1978 (trinta e dois anos), e os resultados estão à vista.

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