
Se existe um problema com a comunicação social portuguesa, continuo convicto que o problema não reside nos jornalistas, propriamente ditos, mas sim nos responsáveis, escolhidos a dedo, muitos deles patogénicos apoiantes de quem está no poder, ou de quem é o detentor do jornal, os quais determinam as “orientações” editoriais que impõem nas redações, sob o capote da auto-censura.
Quanto às estações de rádio e televisão, mais coisa, menos coisa, seguem o mesmo catecismo, com a agravante de contribuírem, 24 sobre 24 horas, para o generalizada apatia e embrutecimento das audiências, onde a primazia da concursivite, das histórias de faca e alguidar e da actividade desportiva, com grande destaque para o futebol (perdoem-me os adeptos), contribui para o generalizado ambiente desinformativo.
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