sexta-feira, 11 de agosto de 2017
ELEITORES DE LOURES NÃO SÃO RATOS DE LABORATÓRIO
O DN de ontem, 2/8, põe bem a questão ao chamar a atenção para tentativas de algumas candidaturas de transformar as eleições para a Câmara de Loures num "laboratório nacional" em que, acrescento eu, os eleitores de Loures seriam os ratos de laboratório de experiências que nada têm a ver com este concelho.
Primeiro foi o candidato do PSD/PNR que decidiu aproveitar as eleições à Câmara de Loures para lançar um balão de ensaio a avaliar o potencial dum novo projecto politico de extrema direita, racista e xenófobo. http://bit.ly/2hpO4K2
Agora é a candidatura do BE Loures que parece mais interessada em usar estas eleições para ensaiar uma aproximação a forças politicas que se afastaram daquele partido, do que centrar-se nas ideias e propostas a apresentar aos eleitores de Loures.
Talvez estas, e outras candidaturas que eventualmente enveredem pelo mesmo caminho, ainda acabem por ter uma grande surpresa, a de que os eleitores de Loures se recusam a ser parte de experiências de "laboratório" que nada lhes dizem e, a 1 de Outubro, votem em quem está genuinamente empenhado em contribuir para o desenvolvimento e progresso do concelho de Loures.
terça-feira, 1 de agosto de 2017
DE MAO A MADURO
Em "Da Contradição" Mao Tse Tung fala-nos de contradições antagónicas (ex: entre exploradores e explorados) e contradições não antagónicas (ex: no seio do povo) e explica que em "qualquer processo há uma série de contradições, uma delas é a contradição principal, que desempenha o papel decisivo, enquanto as outras ocupam uma posição secundária e subordinada".
Ora na Venezuela no processo de mudança social, económica e politica iniciado por Chavez, a contradição principal e antagónica é entre a oposição oligárquica, pró imperialista e reaccionária, e o bloco popular, patriota e progressista.
As naturais diferenças no seio do bloco popular (ou entre as forças de esquerda que fora da país seguem com natural interesse o que se passa na Venezuela), são contradições secundárias e que por isso se devem subordinar à contradição principal, aquela que opõe a direita liderada pelo fascista Capriles ao bloco popular liderado por Maduro.
Numa altura em que na Venezuela se agudiza o conflito entre a oposição de direita e o bloco popular, numa escalada que ameaça desembocar num golpe fascista, cada pessoa, cada força politica, escolhe o seu lado da barricada.
Não nos venham é dizer que, nesta conjuntura, estar contra Maduro (ou ficar sentado em cima do muro) é uma posição que tem o que quer que seja de esquerda.
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