tag:blogger.com,1999:blog-40674790702251374022024-03-05T13:24:11.809+00:00A Essência da PólvoraA Essência da Pólvorahttp://www.blogger.com/profile/14189566607338988611noreply@blogger.comBlogger998125tag:blogger.com,1999:blog-4067479070225137402.post-86553871520780347572017-10-15T19:13:00.000+01:002017-10-18T19:13:46.551+01:00ELEIÇÕES EM LOURES O FLOP DO PAFISMO RADICAL E O "EFEITO PORTELA"<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://1.bp.blogspot.com/-sC39on2j_T8/WeeZfzGxBcI/AAAAAAAAUiY/kfcKkBRo8l8RR-tjqIJnAuOhi6QDqrnvACLcBGAs/s1600/portela.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://1.bp.blogspot.com/-sC39on2j_T8/WeeZfzGxBcI/AAAAAAAAUiY/kfcKkBRo8l8RR-tjqIJnAuOhi6QDqrnvACLcBGAs/s320/portela.jpg" width="320" height="240" data-original-width="705" data-original-height="529" /></a></div>
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Já por aqui referi o fiasco do balão de ensaio da candidatura do pafismo radical à Câmara de Loures onde, apesar da subida de 5,5% da votação do PSD em relação à votação de 2013, os 21,5% agora obtidos ficam ainda bem longe dos cerca de 28% alcançados pelo PSD no concelho de Loures nas legislativas de 2011 e 2015.
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Recorde-se que quando a CDU ganhou a Câmara de Loures em 2013 teve mais 12,8% de votos do que em 2009 (de 22,9% em 2009 subiu para 34,7% em 2013), conseguindo ainda mais 21% de votos do que os 13,9% alcançados nas legislativas de 2011.
Embora com uma enorme cobertura e promoção da Comunicação Social e com muita animação nas redes sociais, o certo é que o candidato de extrema direita apenas mobilizou uma parte daquele eleitorado do PSD que nas eleições para a câmara de Loures habitualmente opta pela abstenção ou pelo voto útil noutros candidatos.
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No entanto, mesmo aquela fraca subida a nível concelhio de 5,5% tem variações significativas a nível de freguesia, com pouca expressão nas freguesias do norte do concelho, ainda com características rurais, onde o PSD apenas subiu 0,8% em Bucelas e 1,9% em Lousa e Fanhões.
Onde o PSD sobe mais, mas mesmo assim longe do que consegue nas legislativas, é nas freguesias com algumas características suburbanas, como Camarate, Apelação e Unhos, onde teve mais 7,4%, e em S. Iria de Azóia, S. João da Talha e Bobadela, 7,2%.
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No outro extremo está a Portela, bairro de classe média e média alta (44,4% da população com o Ensino Superior), onde o efeito foi o contrário do pretendido, com a votação no PSD para a Câmara de Loures a descer de 39,3% em 2013, para 36,6% em 2017, uma quebra ao arrepio da subida geral de 5,5%, o que é muito más noticias para aquela parte do PSD de tradição democrática e liberal.
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E como uma desgraça nunca vem só, os génios do PSD que na São Caetano à Lapa e em Loures congeminaram o que lhes deve ter parecido a invenção da roda, assistem ainda na Portela, o mais importante bastião do PSD em Loures, à subida da CDU de 15,7% e 903 votos em 2013, para 20,8% e 1342 votos em 2017.
<br/><br/>J Eduardo Brissoshttp://www.blogger.com/profile/01001742885356206359noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-4067479070225137402.post-21973034764109839982017-10-10T19:08:00.000+01:002017-10-18T19:10:00.878+01:00"DOCUMENTOS COM HISTÓRIA", Outubro de 2017 - Nos Oitenta Anos da "Greve dos Rapazes"<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://3.bp.blogspot.com/--1QyBRVLVDE/WeeXXBBGmkI/AAAAAAAAUiQ/Te4DPL6Ya8EUPBmW-TWlVPNZjY5IDGSrQCLcBGAs/s1600/gr.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://3.bp.blogspot.com/--1QyBRVLVDE/WeeXXBBGmkI/AAAAAAAAUiQ/Te4DPL6Ya8EUPBmW-TWlVPNZjY5IDGSrQCLcBGAs/s400/gr.jpg" width="320" height="400" data-original-width="1281" data-original-height="1600" /></a></div>
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Julho de 1937, na manhã de um dia não determinado, uma «manifestação de greve de braços cruzados» está em marcha numa das oficinas da Fábrica de Loiça de Sacavém. O mestre-geral tinha suspenso dois menores operários, por uma falta disciplinar, e cerca de 60 operários da sua oficina quiseram mostrar o desagrado quanto ao sucedido. Dário Canas, chamado pela administração da fábrica, na qualidade de administrador do concelho, fala com os «rapazes de 13 a 20 anos» e convida-os a retomarem o seu trabalho, por estarem a cometer uma falta punida por lei, dizendo-lhes ainda que perdoava a sua atitude por serem de pouca idade.
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Na parte da tarde, o trabalho não foi retomado, Dário Canas volta à fábrica e depois de mais uma conversa tudo parece voltar ao normal.
Quatro dias depois, durante a noite, é lançada para uma janela da casa do mestre-geral uma bomba que causa apenas estragos materiais. Uma patrulha do Regimento de Artilharia Pesada nº 1 vai policiar o local e é avisada a Polícia de Vigilância e Defesa do Estado (PVDE). Como consequência, por insistência da PVDE ao administrador do Concelho, são presos três operários e uma operária para averiguações.
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No mês seguinte, no dia 9, um grupo de cinco operários dirige-se, no fim do dia de trabalho, ao mestre-geral «intimando-o a promover a imediata soltura dos seus companheiros presos». Esta atitude faz suspeitar que qualquer coisa de grave poderia acontecer, colocando em alerta a administração da fábrica, o administrador do concelho e as forças militares presentes em Sacavém.
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De facto, no dia seguinte comparecem no local vários agentes da PVDE e os militares de Artilharia. Às 7h45 entram na fábrica cerca de mil operários, mas o pessoal da oficina que tinha feito a greve no mês anterior é retido e impedido de entrar. De seguida são procurados e detidos os cinco operários, que intimaram o mestre-geral, aos quais se juntaram mais dezassete criteriosamente escolhidos pelos agentes da PVDE.
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Quando a viatura que os conduziria a Lisboa se prepara para sair, ouve-se tocar a rebate o sino da igreja, acorrendo aos portões da fábrica grande número de mulheres, «que em altos
gritos pediam a libertação dos presos», assim como os operários abandonam o seu trabalho e começam a protestar, barricando-se dentro da fábrica.
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Perante a debilidade de forças para suster a multidão amotinada, foi solicitada a presença da Guarda Nacional Republicana, que invade a fábrica para retirar os operários «mercê d’algumas pancadas dadas nos mais renitentes». Às treze horas «todos voltaram normalmente ao trabalho sem que mais perturbações se tenham dado».
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A 14 de agosto de 1937, Dário Canas, que também era o presidente da Câmara Municipal de Loures, elabora um relatório muito pormenorizado da sua visão dos acontecimentos aqui resumidos, conhecidos futuramente como a «Greve dos rapazes» e um marco do movimento operário em Sacavém.
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<i>Também poderá visualizar o documento no Portal do Arquivo, através do link:</i> http://app.cm-loures.pt/portalarquivo/agenda.aspx?displayid=148.
J Eduardo Brissoshttp://www.blogger.com/profile/01001742885356206359noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4067479070225137402.post-20176222088142597152017-10-04T18:59:00.000+01:002017-10-18T19:00:28.173+01:00NÃO, NÃO FOI SÓ O EFEITO PS<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://4.bp.blogspot.com/-xYUr8t9DboQ/WeeWPhEbrnI/AAAAAAAAUiE/l2tSlilWH1gfMspIZ1gIWj5z9j8V7Zo8gCLcBGAs/s1600/fs.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://4.bp.blogspot.com/-xYUr8t9DboQ/WeeWPhEbrnI/AAAAAAAAUiE/l2tSlilWH1gfMspIZ1gIWj5z9j8V7Zo8gCLcBGAs/s320/fs.jpg" width="225" height="320" data-original-width="675" data-original-height="960" /></a></div>
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Em 2013, pondo termo a 12 anos de governação PS, a CDU conquistou a Câmara de Loures, no que foi um importante vitória da CDU nesse ano.
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Com Bernardino Soares a lista para a Câmara ganhou com uma vantagem de 2873 votos sobre o PS, e a lista com Fernanda Santos como primeira candidata à Assembleia Municipal ganhou com mais 1484 votos que o PS.
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Agora em 2017 Bernardino Soares conquista de novo a Câmara de Loures reforçando a vantagem sobre o PS para 3964 votos.
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Já para a Assembleia Municipal em que, sem motivo conhecido, a CDU decidiu substituir Fernanda Santos como primeira candidata à Assembleia Municipal, a CDU perdeu a AM com menos 1583 votos que o PS.
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(Aproveito para aqui deixar uma palavra de justo e merecido agradecimento à Fernanda Santos pelo trabalho realizado durante os últimos 4 anos como Presidente da Assembleia Municipal de Loures)
<br/><br/>J Eduardo Brissoshttp://www.blogger.com/profile/01001742885356206359noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4067479070225137402.post-38055879932147785172017-09-24T18:52:00.000+01:002017-10-18T18:54:34.742+01:00ELEIÇÕES EM LOURES: A RIQUEZA DA DIVERSIDADE E DA PARTICIPAÇÃO <div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://4.bp.blogspot.com/-NLoNLYBcoU8/WeeUZjD7yiI/AAAAAAAAUh4/wIVenCBjK3QwxlqEHPdpe2peSJ3HbHDlACLcBGAs/s1600/mp.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="560" data-original-width="1600" height="140" src="https://4.bp.blogspot.com/-NLoNLYBcoU8/WeeUZjD7yiI/AAAAAAAAUh4/wIVenCBjK3QwxlqEHPdpe2peSJ3HbHDlACLcBGAs/s400/mp.jpg" width="400" /></a></div>
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Com 7 listas a concorrer a Moscavide e Portela, e 10 à câmara de Loures, não é a falta de diversidade, nem de conhecimento dos candidatos (muitos até teremos amigos, familiares ou conhecidos nas listas), que será desculpa para não votarmos a 1 de Outubro.
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Aos cerca de dois milhares de candidatos às autarquias do concelho, aqui fica o justo reconhecimento e apreço pelo empenho cívico, bem como o voto de que continuem todos, mesmo os que não forem eleitos, a dedicar algum tempo e interesse a acompanhar a vida das nossas freguesias e concelho.
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Como apoiante da CDU destaco a postura construtiva e responsável da CDU na Assembleia de Freguesia de Moscavide e Portela neste mandato, em que, apesar das diferenças politicas e mesmo em momentos conturbados, nunca inviabilizou a gestão de Manuela Dias.
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Com propostas sérias e consistentes a CDU, agora com Carlos Luz (que muitos conhecemos como professor da Gaspar Correia), pessoa competente e de excelente trato, continuará a ser um factor de normalidade e estabilidade, especialmente no caso mais provável de nenhum partido vir a ter maioria absoluta na próxima Assembleia de Freguesia.
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Quanto à câmara de Loures partindo em 2013 duma situação muito problemática, estrangulamento financeiro, degradação dos serviços, urgência de travar a desastrosa privatização dos SMAS, Bernardino Soares e a CDU, conjugando rigor financeiro e de gestão com reforço da capacidade de intervenção da câmara, fazendo mais e melhor, abrindo-se à colaboração com a Sociedade Civil, ouvindo as populações, conseguiram dar a volta por cima sem deixar ninguém para trás.
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Com a merecida reputação de politico sério, competente e dialogante, Bernardino Soares, uma voz ouvida e respeitada a nível nacional, é o candidato com mais condições para, em diálogo com a diversidade de vivências, religiões e culturas que é uma das riquezas deste município, dar continuidade à mudança iniciada em 2013 e de, junto das instâncias politicas, económicas, sociais e culturais do concelho e do País melhor afirmar e defender os interesses de Loures e dos seus habitantes.
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J Eduardo Brissos
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(Cronica no jornal "moscavide portela" de Setembro 2017)
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J Eduardo Brissoshttp://www.blogger.com/profile/01001742885356206359noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4067479070225137402.post-55603838191703150572017-08-11T22:13:00.001+01:002017-08-11T22:15:04.722+01:00ELEITORES DE LOURES NÃO SÃO RATOS DE LABORATÓRIO<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://2.bp.blogspot.com/-HQJCV7HCwJ0/WY4dho3xeKI/AAAAAAAAUZ0/IZ3Jj7lp9cA9hCgXoDhuALuM9TC7UC7TwCLcBGAs/s1600/rato.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://2.bp.blogspot.com/-HQJCV7HCwJ0/WY4dho3xeKI/AAAAAAAAUZ0/IZ3Jj7lp9cA9hCgXoDhuALuM9TC7UC7TwCLcBGAs/s400/rato.jpg" width="400" height="249" data-original-width="455" data-original-height="283" /></a></div>
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O DN de ontem, 2/8, põe bem a questão ao chamar a atenção para tentativas de algumas candidaturas de transformar as eleições para a Câmara de Loures num "<a href="http://www.dn.pt/portugal/interior/loures-um-laboratorio-da-politica-nacional-8678823.html">laboratório nacional</a>" em que, acrescento eu, os eleitores de Loures seriam os ratos de laboratório de experiências que nada têm a ver com este concelho.
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Primeiro foi o candidato do PSD/PNR que decidiu aproveitar as eleições à Câmara de Loures para lançar um balão de ensaio a avaliar o potencial dum novo projecto politico de extrema direita, racista e xenófobo. http://bit.ly/2hpO4K2
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Agora é a candidatura do BE Loures que parece mais interessada em usar estas eleições para ensaiar uma aproximação a forças politicas que se afastaram daquele partido, do que centrar-se nas ideias e propostas a apresentar aos eleitores de Loures.
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Talvez estas, e outras candidaturas que eventualmente enveredem pelo mesmo caminho, ainda acabem por ter uma grande surpresa, a de que os eleitores de Loures se recusam a ser parte de experiências de "laboratório" que nada lhes dizem e, a 1 de Outubro, votem em quem está genuinamente empenhado em contribuir para o desenvolvimento e progresso do concelho de Loures.
<br/><br/>J Eduardo Brissoshttp://www.blogger.com/profile/01001742885356206359noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-4067479070225137402.post-14142487749745286912017-08-01T17:07:00.000+01:002017-08-01T17:07:15.617+01:00DE MAO A MADURO<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://3.bp.blogspot.com/-cfd7zAzP7Gg/WYCmtx5uhOI/AAAAAAAAUZE/-ts08X9_Lx8qlfooxpazuC4epjgtTCNPgCLcBGAs/s1600/elei2.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="431" data-original-width="542" height="317" src="https://3.bp.blogspot.com/-cfd7zAzP7Gg/WYCmtx5uhOI/AAAAAAAAUZE/-ts08X9_Lx8qlfooxpazuC4epjgtTCNPgCLcBGAs/s400/elei2.jpg" width="400" /></a></div>
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Em "Da Contradição" Mao Tse Tung fala-nos de contradições antagónicas (ex: entre exploradores e explorados) e contradições não antagónicas (ex: no seio do povo) e explica que em "qualquer processo há uma série de contradições, uma delas é a contradição principal, que desempenha o papel decisivo, enquanto as outras ocupam uma posição secundária e subordinada".
<br /><br />
Ora na Venezuela no processo de mudança social, económica e politica iniciado por Chavez, a contradição principal e antagónica é entre a oposição oligárquica, pró imperialista e reaccionária, e o bloco popular, patriota e progressista.
<br /><br />
As naturais diferenças no seio do bloco popular (ou entre as forças de esquerda que fora da país seguem com natural interesse o que se passa na Venezuela), são contradições secundárias e que por isso se devem subordinar à contradição principal, aquela que opõe a direita liderada pelo fascista Capriles ao bloco popular liderado por Maduro.
<br /><br />
Numa altura em que na Venezuela se agudiza o conflito entre a oposição de direita e o bloco popular, numa escalada que ameaça desembocar num golpe fascista, cada pessoa, cada força politica, escolhe o seu lado da barricada.
<br /><br />
Não nos venham é dizer que, nesta conjuntura, estar contra Maduro (ou ficar sentado em cima do muro) é uma posição que tem o que quer que seja de esquerda.
<br /><br />J Eduardo Brissoshttp://www.blogger.com/profile/01001742885356206359noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-4067479070225137402.post-14323339729933729772017-07-26T17:18:00.000+01:002017-07-26T17:18:15.874+01:00O CANDIDATO PSD/PNR NÃO É PROPRIAMENTE CANDIDATO À CÂMARA DE LOURES<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://2.bp.blogspot.com/-thsy6u5-DfA/WXjAFaVHoHI/AAAAAAAAUYg/s-ikUEMPCXclxtFBdLOoc80AUIOCpztTwCLcBGAs/s1600/qf1.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://2.bp.blogspot.com/-thsy6u5-DfA/WXjAFaVHoHI/AAAAAAAAUYg/s-ikUEMPCXclxtFBdLOoc80AUIOCpztTwCLcBGAs/s400/qf1.jpg" width="400" height="258" data-original-width="620" data-original-height="400" /></a></div>
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Como o próprio ontem disse à SIC Noticias "Lancei um tema (racismo e xenofobia) que os portugueses há muito queriam discutir", só se confirma o que já sabíamos, que é o país o verdadeiro móbil desta alegada candidatura à câmara de Loures.
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O candidato racista e xenófobo não só não é de Loures nem vive em Loures (o que em principio não e óbice) mas sobretudo mostra que não sabe, nem quer saber o que é a realidade do município. Por exemplo, alguém que põe na rua um cartaz a dizer que vai criar 10 MIL novos empregos em Loures não só não tem sequer uma vaga ideia, como nem se informou, de qual é a população do concelho.
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DEZ MIL novos empregos em Loures é o equivalente a MEIO MILHÃO de novos empregos em Portugal o que, nem no tempo das vacas gordas, nunca ninguém se atreveu a prometer (o máximo que me lembro foram 150 mil novos empregos, o que esteve longe de ser cumprido).
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O verdadeiro objectivo desta alegada candidatura de extrema direita é testar o potencial para o lançamento duma força politica abertamente racista e xenófoba (dentro ou fora do PSD de Passos que para já se dispôs a funcionar como barriga de aluguer) que, em termos de apoio e votos, pudesse dar um novo fôlego ao desastroso e miserável projecto neo liberal pafista que Passos & comandita afundaram.
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E nem sequer escolheram Loures para o lançamento deste balão de ensaio, direccionado em primeiro lugar contra os ciganos, por haver uma grande população cigana neste concelho. Em Loures os ciganos são apenas os mesmos 0,5 % da população que nos concelhos vizinhos de Lisboa e Amadora.
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Nem escolheram Loures por no concelho haver particulares problemas de tensões sociais, insegurança ou crime. Pelo contrário em Loures o crime tem baixado nos últimos anos, e as politicas de diversidade cultural e social têm elevada adesão e apoio da população e das instituições da sociedade civil e religiosa, e apresentam resultados muito positivos.
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O que levou à escolha de Loures para esta campanha racista e xenófoba de intenção nacional é não só a visibilidade que resulta da dimensão e importância económica, social e cultural deste concelho, mas sobretudo por estar à frente da Câmara de Loures o destacado dirigente do PCP Bernardino Soares.
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Além do habitual ataque anti comunista, esperam os provocadores que tal ajude à dramatização politica desta manobra de extrema direita e concite a atenção e empenho dos Mass Mérdia (como aliás já está a acontecer) sempre ávidos em promover tudo o que há de mais negativo na sociedade portuguesa.
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Alheia a Loures, alheia aos mais elementares princípios éticos, cívicos e democráticos, claramente racista e xenófoba, que o próprio CDS já rejeitou retirando-se da coligação, veremos agora quem em Loures (e no país) assume a ignomínia de integrar, apoiar ou tirar partido desta repugnante provocação de extrema direita mascarada de candidatura à Câmara de Loures.
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(Na foto um grupo acompanha a pintura dum painel de arte urbana no bairro da Quinta da Fonte, freguesias de Camarate Apelação e Unhos, Loures).
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<br/>J Eduardo Brissoshttp://www.blogger.com/profile/01001742885356206359noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4067479070225137402.post-76316476499941736812017-07-24T01:25:00.000+01:002017-07-24T01:25:56.787+01:00REVITALIZAÇÃO URBANA E DITADURA DO PÓPÓ<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://2.bp.blogspot.com/-SsTwpeNS10w/WXU-GZo9vuI/AAAAAAAAUXU/bKf6LYzAASYRKivRGv7TP0pnVPoQIgv0gCLcBGAs/s1600/loures.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://2.bp.blogspot.com/-SsTwpeNS10w/WXU-GZo9vuI/AAAAAAAAUXU/bKf6LYzAASYRKivRGv7TP0pnVPoQIgv0gCLcBGAs/s400/loures.jpg" width="400" height="268" data-original-width="960" data-original-height="643" /></a></div>
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Se um autarca se atreve a tornar as ruas da sua vila ou cidade um pouco mais agradáveis e amigas dos cidadãos é certo e sabido que, como agora acontece a Fernando Medina em Lisboa e a Bernardino Soares em Loures, logo tem à perna o pessoal que está contra tudo o que, no centro das cidades, se traduza em menos alguns lugares de estacionamento ou redução do volume do tráfego.
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É um facto que nas últimas décadas, e independentemente das nossas preferências, muitos nos vimos compelidos a organizar a nossa vida profissional e pessoal baseada no uso do automóvel, o que torna tudo o que se prende com a nossa dependência do transporte individual matéria altamente sensível.
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Mas também não podemos esquecer o efeito desastroso do transporte individual no tecido urbano, e por isso inverter a espiral de degradação da qualidade de vida nas nossas vilas e cidades, como é o caso agora em Loures, só pode ser bem vindo.
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Por muitos estudos que se tenham produzido e pareceres se tenham obtido (e tudo isso foi feito), só a pratica, o ver como as coisas funcionam na vida real (em vez do papel), permitirá avaliar o que foi feito e identificar eventuais falhas. E também sabemos que em Loures temos um Executivo na Câmara que já provou que ouve os munícipes, e que decerto estará aberto e empenhado em corrigir o que for preciso.
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Agora que o centro de Loures mesmo com as obras ainda a decorrer já parece outro, não há como negar.
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J Eduardo Brissoshttp://www.blogger.com/profile/01001742885356206359noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4067479070225137402.post-16489258731679065932017-07-21T00:16:00.002+01:002017-07-21T00:16:34.121+01:00 RIDICULARIZAR OS GAJOS
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://2.bp.blogspot.com/-mPFexVRn3nc/WXE5U6oC7vI/AAAAAAAAUWI/5tV2cTlP4b4V49-U2a4OrWlkkSEDW67xwCLcBGAs/s1600/slaves2.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://2.bp.blogspot.com/-mPFexVRn3nc/WXE5U6oC7vI/AAAAAAAAUWI/5tV2cTlP4b4V49-U2a4OrWlkkSEDW67xwCLcBGAs/s400/slaves2.jpg" width="400" height="335" data-original-width="443" data-original-height="371" /></a></div>
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Quando os politicos, como é o caso do candidato do PSD, recorrem ao racismo para ganhar a notoriedade que nunca alcançariam com suas ideias, propostas e trabalho, fazem-no por saber que não há publicidade negativa, que toda a publicidade é "boa" quando se trata de tornar o produto ou o politico conhecido.
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No caso do racismo (como noutras questões) a narrativa da extrema direita, que apresenta "soluções" pretensamente simples para questões complexas, dirige-se pouco à razão (aí perde sempre), mas assenta sobretudo na falta de informação e na exploração de sentimentos (como a desconfiança, a insegurança, a baixa auto estima) daqueles a quem se dirigem as arengas racistas e fascistas.
Por isso sendo fundamental desmontar ponto por ponto as insinuações, meias verdades e mentiras que são a base da narrativa racista e fascista, tal não basta.
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No FB, onde o aprofundamento das questões e a complexidade não passam, para além da insistência nos factos, apresentados de forma clara e concisa, podemos sempre debochar dos gajos (tem resultado a fazer recuar a chamada AltRight trumpista). Como diz o provérbio O RIDÍCULO MATA.
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No FB de 20/7/2017
<br/>J Eduardo Brissoshttp://www.blogger.com/profile/01001742885356206359noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4067479070225137402.post-7661227932262731192017-06-12T12:03:00.001+01:002017-06-12T12:03:33.898+01:00ELEIÇÕES E O REGRESSO À POLÍTICA DE CLASSES<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://1.bp.blogspot.com/-x77I4AB477g/WT50r14xH7I/AAAAAAAAUNE/ssQLsshYCXUMdVv0U8IpQ7rHhx6zOaGAgCLcB/s1600/Classes.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="567" data-original-width="960" height="236" src="https://1.bp.blogspot.com/-x77I4AB477g/WT50r14xH7I/AAAAAAAAUNE/ssQLsshYCXUMdVv0U8IpQ7rHhx6zOaGAgCLcB/s400/Classes.jpg" width="400" /></a></div>
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Depois de mais de três décadas a dizerem-nos que já não havia esquerda nem direita e que agora somos todos classe média, eis senão quando, em eleições em 3 países tão importantes e diferentes como os USA a França e a a Grã Bretanha, os eleitores vêm desmentir nas urnas tão sábias e categóricas conclusões.
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E não se trata apenas do retorno da separação de águas entre a esquerda e a direita que remonta a 1789, mas também do recuo eleitoral da esquerda dos ideais liberais, das politicas identitárias e das causas fracturantes (que nalguns casos até têm contribuído para avanços civilizacionais que sempre tiveram o apoio de toda a esquerda, mas que não são o centro da luta politica), e o regresso em força da politica de classes herdeira de 1848.
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Apenas um exemplo (que hoje é fds e os estimados amigos têm coisas mais interessantes para fazer).
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Dum Inquérito a 14 mil eleitores realizado por Lord Ashcroft Polls no dia das eleições do UK http://bit.ly/2sOizuI publico aqui um quadro com as principais motivações de quem votou Conservador e Labour.
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E o resultado só pode surpreender quem tenha andado muito distraído. As duas questões comuns aos dois grupos de eleitores, o BREXIT e a ECONOMIA, não só estão uns furos mais abaixo na ordem de prioridades dos eleitores do Labour, como certamente têm na base preocupações bem distintas, no caso dos Conservadores a da manutenção dos lucros, rendas ou ordenados confortáveis, da parte do Labour, o desemprego, a precariedade e os baixos salários.
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E no que toca às outras questões, que motivaram o voto nos Conservadores e no Labour, e à sua importância relativa, parecem retiradas dum manual que explique as diferenças entre direita e esquerda, nomeadamente da esquerda dos trabalhadores e do povo miúdo.
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J Eduardo Brissoshttp://www.blogger.com/profile/01001742885356206359noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4067479070225137402.post-43332785038646045182017-06-08T20:39:00.000+01:002017-06-08T20:39:33.728+01:00 TERRORISMO: CUI BONO?<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://3.bp.blogspot.com/-SK5JXiqbwNU/WTmnfEydYoI/AAAAAAAAUMU/8rDTf8EUCwoVBlVrq4VehtAYSONYwmFiQCLcB/s1600/may.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="409" data-original-width="530" height="307" src="https://3.bp.blogspot.com/-SK5JXiqbwNU/WTmnfEydYoI/AAAAAAAAUMU/8rDTf8EUCwoVBlVrq4VehtAYSONYwmFiQCLcB/s400/may.jpg" width="400" /></a></div>
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Se numa investigação judicial o "cui bono" é um método que a partir de quem beneficia dum crime tenta chegar ao seu autor, nem sempre quem tira proveito dum crime é de facto quem o pratica.
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Afastando aqui em principio um eventual envolvimento directo dos governos nestes hediondos crimes sobre as suas populações, não podemos no entanto esquecer que isso já aconteceu no passado (por exemplo terrorismo do Gládio e dos Gal), e que não há garantia que tal não se possa repetir no presente ou no futuro.
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Mas que este terrorismo é também o efeito boomerang do terrorismo que o chamado Ocidente tem apoiado, financiado, treinado e armado para desestabilizar países e derrubar regimes, é facto comprovado (os terroristas do ultimo atentado em Londres foram "combatentes da liberdade" na Líbia e na Síria).
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Por outro lado só nos pode causar fundadas dúvidas em que medida sectores dentro de serviços de segurança fortemente infiltrados pela extrema direita (em França 47% dos policias votaram na candidata da estrema direita Le Pen), inspiram, apoiam ou facilitam este terrorismo indiscriminado. O abate sistemático dos autores ou envolvidos só pode agravar as suspeitas sobre o papel daquelas policias.
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Agora do que não restam dúvidas é do aproveitamento sistemático que estes governos fazem dos atentados, não só em termos eleitoralistas, mas sobretudo para concretizar os seus objectivos de limitar as liberdades individuais e reprimir a intervenção social, sindical e politica dos movimentos e organizações que se opõem às actuais politicas neo liberais, autoritárias, e anti trabalhadores.
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Do Patriot Act nos USA (com vigilância generalizada aos cidadãos, movimentos e organizações, e uso da tortura), até ao prolongado estado de emergência em França, e agora esta tentativa dos Tories de agravar as restrições às liberdades individuais e colectivas, o que podemos afirmar é que, independentemente do seu grau de responsabilidade nestes crimes, os governos das chamadas democracias ocidentais são de facto os principais beneficiários do actual terrorismo.
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Link para o artigo do Guardian: http://bit.ly/2qU1jTx
<br /><br />J Eduardo Brissoshttp://www.blogger.com/profile/01001742885356206359noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4067479070225137402.post-48312172871465826942017-03-08T13:26:00.000+00:002017-03-08T13:26:22.179+00:00O 8 DE MARÇO DE 1917 EM SÃO PETERSBURGO<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://4.bp.blogspot.com/-5opeYYJZ4Ao/WMAGNJ11bSI/AAAAAAAATtU/JtRlt9Z8060DF-Uvfv-Ry9odttKaRK1twCLcB/s1600/Russian%2BRevolution%2BFeb-March.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="266" src="https://4.bp.blogspot.com/-5opeYYJZ4Ao/WMAGNJ11bSI/AAAAAAAATtU/JtRlt9Z8060DF-Uvfv-Ry9odttKaRK1twCLcB/s400/Russian%2BRevolution%2BFeb-March.jpg" width="400" /></a></div>
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A 8 de Março de 1917 (23 de Fevereiro no calendário antigo) as mulheres da industria têxtil de São Petersburgo desencadeiam uma greve que coincide com a manifestação de 8 de Março do Dia da Mulher (na foto), manifestação que é um ponto de viragem da contestação popular ao Czar da Russia.
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Ao contrário do que era habitual a policia recusou disparar sobre as manifestantes, no dia seguinte o numero de grevistas na área sobe de cerca de 70 mil para mais de 150 mil, as manifestações sucedem-se, 5 dias depois o Czar da Russia é derrubado (Revolução de Fevereiro), e 8 meses mais tarde os bolcheviques iniciam a Grande Revolução de Outubro de que este ano comemoramos o 100º aniversário.
<br /><br />J Eduardo Brissoshttp://www.blogger.com/profile/01001742885356206359noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4067479070225137402.post-17854628397069515022017-01-28T12:52:00.000+00:002017-01-29T11:07:57.727+00:00FOI VOCÊ QUE SE INDIGNOU COM O PALEIO DO PADEIRO HIPSTER?<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://3.bp.blogspot.com/-W346hRMmFbY/WIyTrs5uT4I/AAAAAAAATo4/M7PF4uGx6908l8Q-pnDOHYrO4GX5BSlVACLcB/s1600/exploitation1.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="400" src="https://3.bp.blogspot.com/-W346hRMmFbY/WIyTrs5uT4I/AAAAAAAATo4/M7PF4uGx6908l8Q-pnDOHYrO4GX5BSlVACLcB/s400/exploitation1.jpg" width="400" /></a></div>
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Acho que fez o prezado leitor muitíssimo bem, indignar-se, denunciar o alarve, ameaçar com boicote. É preciso é que não fique só por aí.
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O que o <a href="http://www.sabado.pt/dinheiro/detalhe/opiniao_de_dono_da_padaria_portuguesa_sobre_leis_laborais_despoleta_polemica.html">padeiro careca</a> diz é o que a maioria dos patrões pensa, faz, ou gostaria de fazer. É essa a lógica do capitalismo, de hoje e de sempre, e se há excepções, que as há, são isso mesmo, excepções.
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O episódio do padeiro hipster é também uma boa metáfora do capitalismo neo-liberal-pós-moderno, a versão tuga da fusão do consumismo da moda com a exploração desenfreada dos trabalhadores, que nos USA/Ásia produz iPhones e em Portugal faz papo-secos.
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É este o modelo económico e social que nos andam a vender há uma data de anos, o do "empreendedorismo" que conjuga "inovação" com "flexibilidade do trabalho", e que, com um ar mais ou menos modernaço, vai-se a ver, não passa duma remake pindérica do capitalismo que sempre conhecemos.
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Para lá da indignação, denuncia e boicote, o que faz falta, além de avisar a malta, é pôr o pessoal a bulir contra todos os "padeiros" do trabalho sem direitos, dos salários baixos e da precariedade.
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<br />J Eduardo Brissoshttp://www.blogger.com/profile/01001742885356206359noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-4067479070225137402.post-69711243546407516022017-01-24T20:23:00.003+00:002017-01-24T20:26:50.519+00:00JOSÉ GOUVEIA NA RESISTÊNCIA ANTI FASCISTA E NA ALVORADA DO PODER LOCAL DEMOCRÁTICO<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<img alt="" border="0" height="400" src="https://1.bp.blogspot.com/-09DUkvu9V9Q/WIexERLggyI/AAAAAAAAToA/d5BcM6zj4Q8Dn8x5XIckMlx8AMu3USIYwCLcB/s400/Jos%25C3%25A9%2BGouveia%2B%2BBreve%2BBiografia%2B600.jpg" width="279" /><span id="goog_773491512"></span><span id="goog_773491513"></span><a href="https://www.blogger.com/"></a></div>
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No âmbito das comemorações do Poder Local Democrático, a Câmara Municipal de Loures publicou uma nova edição, a 2ª, da biografia e colectânea de testemunhos sobre José Gouveia, resistente e lutador anti fascista, e no pós 25 de Abril Presidente da Comissão Administrativa da Câmara de Loures.
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Aproveitando essa feliz oportunidade decidiram os autores daquela colectânea introduzir no capítulo “Breve Biografia” alguns elementos que, sem a pretensão de fazer História, ajudem as gerações mais recentes a compreender o contexto em que se desenrolou a vida e a luta de José Augusto Gouveia.
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O livro está a ser distribuído pela Câmara de Loures a quem podem ser solicitados exemplares, e o 1º capitulo revisto, a <a href="https://mega.nz/#!JZgSCSgK!RIudYWYnkN9gtQBIrPqO-W7L05_d4-4sdtGopIFu0DE">Breve Biografia</a>, pode ser descarregado clicando <a href="https://mega.nz/#!JZgSCSgK!RIudYWYnkN9gtQBIrPqO-W7L05_d4-4sdtGopIFu0DE">AQUI</a>.
J Eduardo Brissoshttp://www.blogger.com/profile/01001742885356206359noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4067479070225137402.post-15441893611477105112017-01-19T18:53:00.002+00:002017-01-19T18:53:40.097+00:00 SER FÃ DE TRUMP OU CLINTON, DE PUTIN OU MERKEL, NÃO SÓ É RIDÍCULO COMO É PERIGOSO<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://3.bp.blogspot.com/-fmtI4t9PGno/WIDQEhkslgI/AAAAAAAATm4/shbDFO3nD1cBcIKI6KyY0ciImTfQSUwrQCLcB/s1600/f%25C3%25A3s.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="290" src="https://3.bp.blogspot.com/-fmtI4t9PGno/WIDQEhkslgI/AAAAAAAATm4/shbDFO3nD1cBcIKI6KyY0ciImTfQSUwrQCLcB/s400/f%25C3%25A3s.png" width="400" /></a></div>
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A Crise sem fim à vista em que estamos mergulhados leva inevitavelmente ao agudizar das contradições entre diversas facções do grande Capital, dum país e/ou entre países, contradições que podem desembocar em conflitos mais ou menos agudos, ou até em guerras como as de 14-18 ou 39-45.
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Ainda com contornos mal definidos estamos agora a assistir ao estalar de novos conflitos entre as classes dirigentes do chamado mundo ocidental, nos USA entre as facções que apoiam Trump e Clinton, a nível internacional entre o Reino Unido e a Alemanha, entre os USA e a UE, entre os USA e a China.
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Não cabe à esquerda instituir-se em claque de apoio de nenhuma daquelas facções (ou pior ainda dividir-se em várias claques, cada uma à volta do seu santinho padroeiro), tomando as dores e servindo de joguete de quem nos pilha e explora e que desse modo poderia ainda mais facilmente fazer de nós gato sapato.
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Como também não podemos ignorar o que se está a passar com o argumento de que isso é lá entre eles, que são disputas que não nos dizem respeito, até porque nos dizem respeito, e muito (no fim somos sempre nós a sofrer as consequências e a pagar as contas), e sem complexos nem demasiadas expectativas, não vejo ainda problema, antes pelo contrário, em avaliar positivamente ou apoiar as decisões ou iniciativas que eventualmente nos possam vir a ser favoráveis.
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Neste como noutros casos os trabalhadores e a esquerda não se devem atrelar a interesses que lhe são alheios, mas sim definir a sua própria agenda, acompanhar o evoluir dos acontecimentos, e concretizar as formas de intervenção que façam avançar os interesses dos trabalhadores e do povo, no nosso e nos outros países.
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<br />J Eduardo Brissoshttp://www.blogger.com/profile/01001742885356206359noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4067479070225137402.post-88709247594077338012017-01-10T12:36:00.001+00:002017-01-10T12:36:14.405+00:00FAZ TEMPO QUE NÃO VIA TANTA GENTE A FAZER TANTA CITAÇÃO<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://1.bp.blogspot.com/-cZRGo0QSPGQ/WHTUzwJcvvI/AAAAAAAATl0/ydv_qE4jgnUfyKXlHmdU9Sdtep55cn40gCLcB/s1600/brain1.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="249" src="https://1.bp.blogspot.com/-cZRGo0QSPGQ/WHTUzwJcvvI/AAAAAAAATl0/ydv_qE4jgnUfyKXlHmdU9Sdtep55cn40gCLcB/s400/brain1.jpg" width="400" /></a></div>
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Se o prezado leitor era jovem e andava pelos meios do Contra em finais dos anos 60 e princípios dos 70, aposto que tinha pelo menos um amigo especialista a catar citações revolucionárias que provavam de forma categórica e definitiva que ele é que tinha razão e que o Partido (era assim que então chamávamos ao PCP) tinha enveredado pelo revisionismo, a colaboração de classes e outros caminhos igualmente deletérios.
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Talvez o actual ressurgir desta velha pratica do verbalismo pseudo revolucionário seja prenuncio de alguma coisa, de algo interessante que esteja a caminho, o certo é que cada vez vejo mais citações revolucionárias por aqui no FB, as mais das vezes usadas com o mesmo objectivo, denegrir o PCP e todos os que se situam nessa área da esquerda.
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Recorrendo à velha receita de curar a ferida do cão com o pêlo do próprio cão, aqui deixo, a esses amigos especialistas em citações, uma saborosa citação sobre o vício das citações, com o desafio de nos dizerem onde e quem assim tão acertadamente falou:
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"Quem procura respostas a tudo em Marx, acaba por descarrilar. Repare, Marx não predisse isto ou aquilo na Crítica do Programa de Gotha. Você precisa usar a sua própria cabeça em vez de coleccionar citações. Há novos factos e novas relações de forças. Faça a fineza de usar o seu cérebro."
<br /><br />J Eduardo Brissoshttp://www.blogger.com/profile/01001742885356206359noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4067479070225137402.post-59427336755221092332016-12-30T14:49:00.004+00:002017-01-07T11:42:26.406+00:00SÓ ESTÁ DESILUDIDO QUEM SE QUIS ILUDIR<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://2.bp.blogspot.com/-Ps4Llv1d1oo/WGZzjlCJcAI/AAAAAAAATkM/UO4dlFF0_k0bwkf8ykrY-lxKU3Td6YAfwCLcB/s1600/acordo.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="300" src="https://2.bp.blogspot.com/-Ps4Llv1d1oo/WGZzjlCJcAI/AAAAAAAATkM/UO4dlFF0_k0bwkf8ykrY-lxKU3Td6YAfwCLcB/s400/acordo.jpg" width="400" /></a></div>
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Só o estado de absoluta necessidade (não ser pazokizado por apoiar implícita ou explicitamente um governo pafista do PSD/CDS) levou o PS, pela primeira vez na sua já longa história de partido central do arco do governanço, a assinar os Acordos à esquerda imprescindíveis e incontornáveis para poder ser governo.
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<br />
Se é certo que para os trabalhadores e o povo miúdo os Acordos foram importantes para travar o desvario neoliberal austeritário de Passos & Cia, para reverter algumas (poucas) das acintosas medidas anti trabalhadores e reformados do governo PSD/CDS, para atenuar um certo sentimento de pessimismo e impotência que então se vivia e trazer-nos uma breve esperança, um ano passado pouco mais há para mostrar.
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<br />
Com a desculpa (entendível) das imposições de Bruxelas o governo PS prosseguiu a politica de contenção do défice com as conhecidas e desastrosas consequências: unidades de Saúde à beira da ruptura, escolas com falta de pessoal e problemas de instalações, transportes públicos em estado calamitoso, investimento publico mais baixo desde 1951 no tempo do fascismo de Salazar.
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<br />
Mas, como não era difícil de prever, mesmo em áreas onde o governo podia e devia ter alterado o rumo criminoso do governo PSD/CDS, manteve-se quase tudo na mesma. O governo PS continuou a despejar milhares de milhões nos buracos da Banca, manteve intocáveis as PPPs e outras formas de parasitação do Estado pelos interesses privados (com a honrosa excepção dos contratos com os colégios particulares), não mexeu com um dedo na fascistóide legislação laboral, recusa discutir a renegociação da Divida, e fecha o ano com uma inusitada provocação a pretexto da actualização do Salário Mínimo.
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Na Feira de Gado da Concertação Social (Santos Silva dixit), na actualização do Salário Mínimo, o PS foi ainda mais longe do que o governo PSD/CDS ao quase duplicar (de 0.75% para 1,25%) o roubo na TSU, parte integrante da remuneração dos trabalhadores, entregue como prémio ao gado patronal, com a anuência do boi manso chamado UGT.
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Com esta provocação o PS não só mostra mais uma vez o que sempre foi, um fiel e dedicado serventuário do patronato e do Capital, como, animado pelos recentes resultados das sondagens, ensaia um claro ultimato à esquerda: ou aceita tudo o que o PS quiser, ou então que rompa os Acordos e abra o caminho a uma maioria (que sonham absoluta) do PS.
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<br />
Um ano passado sobre a tomada de posse do governo PS a correlação de forças é agora substancialmente mais favorável aos trabalhadores e à esquerda a quem, independentemente das posições de força do PS, compete definir os seus objectivos para esta nova fase da vida politica do país, como aliás o fez com a maior justeza em Outubro de 2015.
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Ensina a arte da guerra que não se deixa ao inimigo a escolha do campo da batalha, aos trabalhadores e à esquerda compete definir os terrenos onde nos vamos bater, o que, dada a correlação de forças parlamentar, não será apenas nem sobretudo na AR, mas será seguramente nos locais de trabalho por aumentos salariais e contra a repressão patronal, nos movimentos sociais contra a destruição dos serviços públicos, nas ruas por uma efectiva mudança de politica que não faça de 2017 mais um ano perdido da vida, ou sobrevivência, dos trabalhadores e do povo.
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<br />
É isto, basicamente, e entretanto tenham todos a fineza de fazer por um Feliz Ano Novo.
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<br />J Eduardo Brissoshttp://www.blogger.com/profile/01001742885356206359noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4067479070225137402.post-24540999056246785232016-12-19T15:34:00.000+00:002016-12-19T15:34:06.850+00:00EM LOURES O PODER LOCAL DEMOCRÁTICO TEM 42 ANOS<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://2.bp.blogspot.com/-AafhmjAeHI8/WFf9Q-GXz4I/AAAAAAAATjQ/QHcVsCAVhnEJ61zKnjt6L8yUEVkjwi3lgCLcB/s1600/42.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="225" src="https://2.bp.blogspot.com/-AafhmjAeHI8/WFf9Q-GXz4I/AAAAAAAATjQ/QHcVsCAVhnEJ61zKnjt6L8yUEVkjwi3lgCLcB/s400/42.jpg" width="400" /></a></div>
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A efeméride que agora se assinala é os 40 ANOS DE PODER LOCAL ELEITO - (1976/2016), facto da maior relevância politica da vida do nosso país. Recorde-se que antes os executivos camarários eram nomeados pelo governo, além de que durante os 48 anos de fascismo não existirem eleições livres.
<br /><br />
Não se percebe por isso que, em Loures, em vez do nome das comemorações incluir e realçar as ELEIÇÕES de 1976, se omita esse importante acontecimento atrás duma designação não só enganadora como desprestigiante para os democratas que assumiram os destinos da Câmara de Loures logo após o 25 de Abril.
<br /><br />
Democratas que quer pelo seu passado anti fascista quer pela sua pratica à frente dos destinos de Loures são tão ou mais democratas do que os autarcas que lhes sucederam nos últimos 40 anos.
<br /><br />
Autarcas que logo após o 25 de Abril em muitos municípios, e nomeadamente na Câmara de Loures, naquilo que é a essência da Democracia, nortearam a sua acção pelo serviço às populações, à resolução dos seus muitos problemas concretos, em permanente diálogo com os munícipes e muitas das vezes com a sua directa participação.
<br /><br />
Enfim, um episódio infeliz e desnecessário, este da designação dada às comemorações dos 40 anos das ELEIÇÕES de 1976, por parte dum Executivo que até penso ser o mais coerente continuador do que de melhor <a href="https://www.facebook.com/FascismoNuncaMais/photos/a.559109110865139.1073741828.558291707613546/1012131565562889/">José Gouveia</a> e os seus companheiros do período que vai de Maio de 1974 a Dezembro de 1976, de forma democrática, inovadora, e criativa realizaram na Câmara de Loures.
<br /><br />J Eduardo Brissoshttp://www.blogger.com/profile/01001742885356206359noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4067479070225137402.post-71959853734687303352016-12-06T11:44:00.000+00:002016-12-06T13:31:46.291+00:00ESPERO QUE, TAL COMO LENINE, JERÓNIMO TAMBÉM NÃO ACERTE.<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://2.bp.blogspot.com/-2idgjSMbQXI/WEaiyX2Hd8I/AAAAAAAATiE/F-VnJZRkOJY2c9XVko5vxJp6E1RvhyNXQCLcB/s1600/xx.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="279" src="https://2.bp.blogspot.com/-2idgjSMbQXI/WEaiyX2Hd8I/AAAAAAAATiE/F-VnJZRkOJY2c9XVko5vxJp6E1RvhyNXQCLcB/s400/xx.png" width="400" /></a></div>
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Embora tenha sido com alguma tristeza que ouvi Jerónimo dizer, no discurso de encerramento do XX Congresso, que o objectivo que nos anima "<a href="http://www.pcp.pt/xx-congresso-pcp/intervencao-encerramento"><i>possivelmente só será materializado para além das nossas vidas</i></a>", enfim, é a lei da vida e já muitos dos que nos antecederam e acompanharam na luta contra o fascismo também infelizmente não viveram para ver o 25 de Abril, embora estivessem certos de que esse dia iria chegar.
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Mas foi tristeza momentânea pois logo me vieram à memória as célebres palavras de Lenine, muito parecidas com estas de Jerónimo, dirigindo-se a um grupo de estudantes na Suiça, em Janeiro de 1917, pouco antes do seu regresso à Russia em Abril:<br />
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"<i><a href="https://www.marxists.org/archive/lenin/works/1917/jan/09.htm">Nós da geração mais velha talvez não vivamos para ver as batalhas decisivas da revolução que aí vem. Mas creio que posso expressar a esperança confiante de que a juventude que trabalha tão esplendidamente no movimento socialista da Suíça e do mundo inteiro terá a sorte não só de lutar, mas também de vencer, a próxima revolução proletária que aí vem</a></i>".<br />
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Que esteja próxima ou mais afastada, que seja ainda connosco ou com os que nos seguirão, o importante é que se faça por isso e que esta comum certeza na materialização da revolução proletária integre e seja a bússola de todos os combates presentes e futuros.J Eduardo Brissoshttp://www.blogger.com/profile/01001742885356206359noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4067479070225137402.post-54658164646622325082016-11-08T12:32:00.000+00:002016-11-08T12:32:41.446+00:00A ESCOLHA IMPOSSÍVEL<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://1.bp.blogspot.com/-TDigP9-nY4Y/WCHFTfir5UI/AAAAAAAATfI/DWDGicV8B5cf2m0aVddlfdgCWf7CxX97wCLcB/s1600/ht1.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://1.bp.blogspot.com/-TDigP9-nY4Y/WCHFTfir5UI/AAAAAAAATfI/DWDGicV8B5cf2m0aVddlfdgCWf7CxX97wCLcB/s400/ht1.jpg" width="400" height="225" /></a></div>
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Daqui a umas horas já saberemos se os eleitores americanos escolheram o vigarista, racista, misógino e meio fascista, Donald Trump ou a corrupta, serial killer e "mulher de mão" de Wall Street, Hillary Clinton.
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Candidatos em que também muitos americanos não se revêm, como ficou patente na mobilização à volta de Bernie Sanders, candidato independente que concorreu nas primárias do partido Democrático com o compromisso de apoiar o democrata que vencesse as primárias.
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Acontece que Sanders, quando o aparelho do partido Democrático começou a sabotar a sua campanha e a favorecer ilegitimamente Hillary Clinton, em vez de denunciar o acordo e continuar como candidato independente, traiu a esperança e confiança dos seus apoiantes e amochou.
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Ao estilo da nova vaga de improváveis "heróis da esquerda", como Tsipras, Iglésias e Corbyn, Sanders limitou-se primeiro a comer e calar, e depois a arrastar pelos palcos da campanha de Clinton a sua patética mensagem de apoio a Killary, a tudo o que antes dizia combater.
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Mas, como sabemos, as diferenças entre os personagens que ocupam a Casa Branca ficam-se mais pela retórica e o "window dressing" do que por alguma coisa de substancial. Naquilo que conta, as políticas internas no que respeita aos trabalhadores, ou as politicas externas para os povos súbditos do Império, a coisa mais parecida com um qualquer presidente dos USA é outro presidente dos USA.
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Dizia-se no tempo do fascismo que "isto não vai lá com eleições", verdade que a vida não se cansa de comprovar. Também nos USA as grandes mudanças (por exemplo contra a descriminação racial ou o fim da guerra do Vietnam) nunca foram resultado de eleições, mas sim de grandes mobilizações e luta populares.
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Logo à noite, com a vitória de Hillary Clinton ou Donald Trump, quer nos USA, quer no mundo, a História não vai parar.<br/><br/>J Eduardo Brissoshttp://www.blogger.com/profile/01001742885356206359noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-4067479070225137402.post-8580536191387523312016-10-26T20:03:00.001+01:002016-10-26T20:05:24.098+01:00MAIS UMA DERROTA PARA AS TESES DA ESQUERDA EUROPEÍSTA<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://4.bp.blogspot.com/-H3VVmzXze7U/WBD865n5uMI/AAAAAAAATdk/B5FF19lzOdgZONHLOr6DK_MZqueKdM6hACLcB/s1600/ceta.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="306" src="https://4.bp.blogspot.com/-H3VVmzXze7U/WBD865n5uMI/AAAAAAAATdk/B5FF19lzOdgZONHLOr6DK_MZqueKdM6hACLcB/s400/ceta.png" width="400" /></a></div>
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Por muito que a esquerda europeísta tente desacreditar as lutas travadas pelos trabalhadores e o povo no quadro nacional, é precisamente a este nível, dos países, que a UE começa a perder importantes batalhas que levarão à sua inevitável desagregação.
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Há um ano, 2015, foi na Grécia onde apesar da pesada (auto) derrota do Syriza e do povo grego, a UE perdeu, aos olhos da Europa e do Mundo, a pouca legitimidade que ainda lhe restava depois de anos de austeridade e estagnação, de crescente desemprego e pobreza.
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Neste ano de 2016, e em poucos meses, a UE perde o Reino Unido, algo de impensável há uns anos atrás, e rombo de que não se irá nunca recompor, e agora é a vez da Valónia, região da pequena Bélgica, travar o aberrante e desastroso tratado de comércio da UE com o Canadá.
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Os nossos prezados amigos europeístas de esquerda (dos varoufakis aos rui tavares) que façam agora a fineza de nos dizer quais foram os empolgantes resultados que a sua super estratégia, a nível europeu, de luta pela reforma da UE já rendeu até à presente data.
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<i>Sobre o CETA, ver aqui: <a href="http://mobile.lemonde.fr/les-decodeurs/article/2016/10/18/tout-comprendre-du-ceta-le-petit-cousin-du-traite-transatlantique_5015920_4355770.html">Tout comprendre au CETA, le « petit-cousin » du traité transatlantique</a></i>
J Eduardo Brissoshttp://www.blogger.com/profile/01001742885356206359noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4067479070225137402.post-49952632011940719612016-10-21T14:56:00.000+01:002016-10-21T14:56:33.124+01:00COSTA E A TEORIA DOS BANQUEIROS MARAVILHA<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://2.bp.blogspot.com/-5fQNsm3TWh8/WAod8T9v7fI/AAAAAAAATck/_0HdH0nxUg0krNB6Dw2YxYPMgnl3GT0wgCLcB/s1600/Banqueiroa%2Bmaravilaha.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://2.bp.blogspot.com/-5fQNsm3TWh8/WAod8T9v7fI/AAAAAAAATck/_0HdH0nxUg0krNB6Dw2YxYPMgnl3GT0wgCLcB/s400/Banqueiroa%2Bmaravilaha.png" width="400" height="305" /></a></div>
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Durante anos, andaram-nos a impingir a teoria dos financeiros e banqueiros maravilha que, com a sua sapiência, grande talento, e um especial toque de Midas, transformavam TOSTÕES em MILHÕES, e a quem se tinha de pagar principescamente para poder desfrutar dos seus superiores talentos e serviços.
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Depois os bancos começarem a estoirar uns atrás dos outros, fomos todos obrigados a entrar com MILHARES DE MILHÕES para tapar os buracos criados por vigaristas e jogadores de roleta, e ficou bem claro que o que é preciso à frente da Banca é meia dúzia de burocratas certinhos nas contas, que não embarquem em aventuras ruinosas, nem metam uns milhões nos bolsos próprios e/ou dos amigos.
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É neste contexto que agora nos aparece o 1º ministro Costa a desenterrar a teoria dos banqueiros maravilha para "justificar" uma remuneração de quase MEIO MILHÃO de euros ao presidente da da CGD.
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Além de que a função da CGD, como banco público, não é ( ou não devia ser), igual às dos bancos privados, o de competir no mercado pelo lucro máximo, mas sim o de apoiar as empresas e famílias nas suas necessidades de crédito, aforro, e agilização de pagamentos.
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Mais uma razão para em vez dum "banqueiro maravilha", dum mercenário pago a peso de ouro, o que a CGD precisa é dum profissional competente e que, tal como muitos outros que felizmente servem os Estado nas escolas, nos hospitais, nos ministérios e autarquias , tenha igualmente um elevado sentido de SERVIÇO PUBLICO.
<br/><br/>J Eduardo Brissoshttp://www.blogger.com/profile/01001742885356206359noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-4067479070225137402.post-83343892050502110572016-10-06T13:56:00.001+01:002016-10-06T13:57:34.463+01:00PARA OS NEO LIBERAIS O MERCADO RESOLVE SEMPRE TUDO<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://4.bp.blogspot.com/-rS9n06W14DI/V_ZJUNALKAI/AAAAAAAATac/loq-UEKS9AgGZl7Te3CWT2UJz1xVBtzPQCLcB/s1600/FAST%2BFOOD.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://4.bp.blogspot.com/-rS9n06W14DI/V_ZJUNALKAI/AAAAAAAATac/loq-UEKS9AgGZl7Te3CWT2UJz1xVBtzPQCLcB/s400/FAST%2BFOOD.png" width="400" height="309" /></a></div>
Claro que com o novo imposto o objectivo do governo é sacar mais umas massas aos consumidores, mas é de assinalar que mesmo este governo PS, supostamente à esquerda, alinhe pela cartilha neo liberal e considere que o problema (sério) de Saúde que é a excessiva quantidade de açúcar e gordura na comida processada, se resolve recorrendo à bendita lei da oferta e da procura (pagas mais, consomes menos).
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Acresce que este imposto, além de regressivo (afecta mais quem tem menos rendimentos), vai incidir precisamente sobre aquelas camadas da população sem acesso aos produtos de maior valor nutricional como carne, peixe e vegetais, e que basicamente matam a fome com comida com elevada percentagem de açucares e gorduras de pouca qualidade.
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Se o governo quer realmente contribuir para a melhoria da alimentação dos portugueses, pode (para além do uso de politicas de melhoria de rendimentos) investir na educação nutricional, exigir mais e melhor informação nos produtos alimentares, e fixar limites máximos da percentagem de produtos como açucares e gordura na comida processada.
<br><br>
Mas mesmo considerando este governo (que é quem tem os votos na AR e toma as decisões que entende) que a questão da melhoria da Saúde dos cidadãos se resolve via impostos e mercado, então em simultâneo com a introdução do imposto sobre produtos nocivos como os açúcares e as gorduras, que corte o IVA de produtos mais saudáveis como os vegetais e a fruta.
<br><br>J Eduardo Brissoshttp://www.blogger.com/profile/01001742885356206359noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4067479070225137402.post-32601120360127089172016-08-06T14:17:00.000+01:002016-08-06T14:17:21.689+01:00O IMI É UM IMPOSTO LEGITIMO, MAS ESTE IMI NÃO É "JUSTIÇA FISCAL"<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://4.bp.blogspot.com/-DhD9akjour0/V6Xi4BxEPwI/AAAAAAAATKI/pX9KrHVzPOIjENF3TjTfLV79z3vjAsbWQCLcB/s1600/imi.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="310" src="https://4.bp.blogspot.com/-DhD9akjour0/V6Xi4BxEPwI/AAAAAAAATKI/pX9KrHVzPOIjENF3TjTfLV79z3vjAsbWQCLcB/s400/imi.jpg" width="400" /></a></div>
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Bem pode o PS, para tentar esconder o tiro no pé da sua canhestra tentativa de utilizar a lei do PSD e CDS (de 2003) para sacar mais uns cobres ao pessoal contribuinte, com a desculpa de que "aproximar a tributação ao valor de mercado da casa" é "Justiça Fiscal", que este IMI, e a presente alteração, de fiscal ou social só têm mesmo INJUSTIÇA.
<br /><br />
O IMI é um legitimo imposto sobre a propriedade, mas que da maneira como está colide frontalmente com o Direito à Habitação, aliás um dos direitos consagrados na própria Constituição da Republica.
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Para respeitar o Direito à Habitação o IMI tem de conter um regime diferenciado para a primeira habitação, que deixe de fora da cobrança da taxa a totalidade ou parte do valor da primeira habitação.
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Assim todas as primeiras habitações, por exemplo até ao valor de 100 mil euros, deviam estar isentas de IMI, e acima disso deduzir-se 100 mil euros no calculo do valor do IMI (também só para as primeiras habitações).
<br /><br />
Além disso o calculo do IMI devia assentar apenas em critérios objectivos, dimensão e tipo de habitação, e mandar para o caixote do lixo a lógica neo liberal de a tudo atribuir um valor monetário e taxar, incluindo valores sociais, afectivos, e naturais, como é o caso da famigerada "taxa sobre o Sol" da autoria do PSD e CDS.
<br /><br />
Que os acordos à esquerda não incluem a reversão da legislação do IMI todos sabemos, e que cadelas apressadas parem filhos cegos também, mas uma coisa é manter melhorando o que está (como foi o caso da redução da taxa máxima do IMI de 0,5% para 0,45%, iniciativa do PCP apoiada por toda a esquerda e com os votos contra do PSD) outra é vir agitar a demagogia da "Justiça Fiscal" para sobrecarregar ainda mais os já exaustos contribuintes (sobretudo trabalhadores e povo miúdo).
<br /><br />
Ainda não é tarde para corrigir a pontaria, e faço votos para que ao menos o bom senso acabe por imperar.
<br /><br />J Eduardo Brissoshttp://www.blogger.com/profile/01001742885356206359noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4067479070225137402.post-58372283331106578312016-07-04T19:59:00.000+01:002016-07-04T19:59:31.956+01:00CALMA, QUE AINDA NÃO É ESTE BREXIT QUE VAI MUDAR NADA QUE INTERESSE<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://2.bp.blogspot.com/-XBDT6aCfHRU/V3qxMpUeLaI/AAAAAAAATCE/CUx1l4fTebILmLmKB0YB2clF8CPHcTaowCLcB/s1600/ma2.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="266" src="https://2.bp.blogspot.com/-XBDT6aCfHRU/V3qxMpUeLaI/AAAAAAAATCE/CUx1l4fTebILmLmKB0YB2clF8CPHcTaowCLcB/s400/ma2.jpg" width="400" /></a></div>
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Em primeiro lugar é difícil sair dum lugar onde não se está e, como sabemos, o UK não só não faz parte do projeto central da UE, o EURO, como além disso sempre teve um estatuto de exceção (ainda há pouco reforçado com mais algumas "concessões" da UE) e sempre deixou bem claro que o UK nunca seria parte do aprofundamento da união prosseguido por Berlim e Bruxelas.
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Depois muita água há de correr sob as pontes do Tamisa antes que se saiba se o resultado do Referendo (que agora nos dizem ser apenas indicativo, cabendo a decisão de facto ao Parlamento) é ou não para concretizar e, em caso afirmativo, que tipo de Saída irá ter lugar.
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Não me parece que o nem o Capital Europeu nem o seu congénere americano tenham ficado muito preocupados com o resultado do Brexit, e serão eles que em ultima estância não só irão decidir se vai ou não haver Leave como, no caso de a saída se concretizar, qual o tipo de ligação que o UK manterá no futuro com a EU: com mais ou menos circulação de pessoas (provavelmente com restrições apenas a não "europeus"), mas garantindo seguramente as sacrossantas liberdades de circulação de mercadorias, serviços e capitais.
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Já para as nomenklaturas de Berlim e Bruxelas, e para os indefectíveis apoiantes "europeístas" de todos os quadrantes, o Leave está a provocar uma compreensível comoção que, tudo visto, não passará disso mesmo, uma pequena agitação e alvoroço, de quem tudo faz para ignorar as verdadeiras e profundas contradições que minam um projecto europeu pensado e implacavelmente executado pelo Capital Europeu sob a asa do american brother, e que só uma alternativa claramente anti capitalista poderá derrotar.
<br /><br />J Eduardo Brissoshttp://www.blogger.com/profile/01001742885356206359noreply@blogger.com0