quarta-feira, 26 de outubro de 2016
MAIS UMA DERROTA PARA AS TESES DA ESQUERDA EUROPEÍSTA
Por muito que a esquerda europeísta tente desacreditar as lutas travadas pelos trabalhadores e o povo no quadro nacional, é precisamente a este nível, dos países, que a UE começa a perder importantes batalhas que levarão à sua inevitável desagregação.
Há um ano, 2015, foi na Grécia onde apesar da pesada (auto) derrota do Syriza e do povo grego, a UE perdeu, aos olhos da Europa e do Mundo, a pouca legitimidade que ainda lhe restava depois de anos de austeridade e estagnação, de crescente desemprego e pobreza.
Neste ano de 2016, e em poucos meses, a UE perde o Reino Unido, algo de impensável há uns anos atrás, e rombo de que não se irá nunca recompor, e agora é a vez da Valónia, região da pequena Bélgica, travar o aberrante e desastroso tratado de comércio da UE com o Canadá.
Os nossos prezados amigos europeístas de esquerda (dos varoufakis aos rui tavares) que façam agora a fineza de nos dizer quais foram os empolgantes resultados que a sua super estratégia, a nível europeu, de luta pela reforma da UE já rendeu até à presente data.
Sobre o CETA, ver aqui: Tout comprendre au CETA, le « petit-cousin » du traité transatlantique
sexta-feira, 21 de outubro de 2016
COSTA E A TEORIA DOS BANQUEIROS MARAVILHA
Durante anos, andaram-nos a impingir a teoria dos financeiros e banqueiros maravilha que, com a sua sapiência, grande talento, e um especial toque de Midas, transformavam TOSTÕES em MILHÕES, e a quem se tinha de pagar principescamente para poder desfrutar dos seus superiores talentos e serviços.
Depois os bancos começarem a estoirar uns atrás dos outros, fomos todos obrigados a entrar com MILHARES DE MILHÕES para tapar os buracos criados por vigaristas e jogadores de roleta, e ficou bem claro que o que é preciso à frente da Banca é meia dúzia de burocratas certinhos nas contas, que não embarquem em aventuras ruinosas, nem metam uns milhões nos bolsos próprios e/ou dos amigos.
É neste contexto que agora nos aparece o 1º ministro Costa a desenterrar a teoria dos banqueiros maravilha para "justificar" uma remuneração de quase MEIO MILHÃO de euros ao presidente da da CGD.
Além de que a função da CGD, como banco público, não é ( ou não devia ser), igual às dos bancos privados, o de competir no mercado pelo lucro máximo, mas sim o de apoiar as empresas e famílias nas suas necessidades de crédito, aforro, e agilização de pagamentos.
Mais uma razão para em vez dum "banqueiro maravilha", dum mercenário pago a peso de ouro, o que a CGD precisa é dum profissional competente e que, tal como muitos outros que felizmente servem os Estado nas escolas, nos hospitais, nos ministérios e autarquias , tenha igualmente um elevado sentido de SERVIÇO PUBLICO.
quinta-feira, 6 de outubro de 2016
PARA OS NEO LIBERAIS O MERCADO RESOLVE SEMPRE TUDO
Claro que com o novo imposto o objectivo do governo é sacar mais umas massas aos consumidores, mas é de assinalar que mesmo este governo PS, supostamente à esquerda, alinhe pela cartilha neo liberal e considere que o problema (sério) de Saúde que é a excessiva quantidade de açúcar e gordura na comida processada, se resolve recorrendo à bendita lei da oferta e da procura (pagas mais, consomes menos).
Acresce que este imposto, além de regressivo (afecta mais quem tem menos rendimentos), vai incidir precisamente sobre aquelas camadas da população sem acesso aos produtos de maior valor nutricional como carne, peixe e vegetais, e que basicamente matam a fome com comida com elevada percentagem de açucares e gorduras de pouca qualidade.
Se o governo quer realmente contribuir para a melhoria da alimentação dos portugueses, pode (para além do uso de politicas de melhoria de rendimentos) investir na educação nutricional, exigir mais e melhor informação nos produtos alimentares, e fixar limites máximos da percentagem de produtos como açucares e gordura na comida processada.
Mas mesmo considerando este governo (que é quem tem os votos na AR e toma as decisões que entende) que a questão da melhoria da Saúde dos cidadãos se resolve via impostos e mercado, então em simultâneo com a introdução do imposto sobre produtos nocivos como os açúcares e as gorduras, que corte o IVA de produtos mais saudáveis como os vegetais e a fruta.
Acresce que este imposto, além de regressivo (afecta mais quem tem menos rendimentos), vai incidir precisamente sobre aquelas camadas da população sem acesso aos produtos de maior valor nutricional como carne, peixe e vegetais, e que basicamente matam a fome com comida com elevada percentagem de açucares e gorduras de pouca qualidade.
Se o governo quer realmente contribuir para a melhoria da alimentação dos portugueses, pode (para além do uso de politicas de melhoria de rendimentos) investir na educação nutricional, exigir mais e melhor informação nos produtos alimentares, e fixar limites máximos da percentagem de produtos como açucares e gordura na comida processada.
Mas mesmo considerando este governo (que é quem tem os votos na AR e toma as decisões que entende) que a questão da melhoria da Saúde dos cidadãos se resolve via impostos e mercado, então em simultâneo com a introdução do imposto sobre produtos nocivos como os açúcares e as gorduras, que corte o IVA de produtos mais saudáveis como os vegetais e a fruta.
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