
E destes massacres (29/4, e 1/5) nem uma operação conjunta dos três ramos das forças armadas nos safam.


EM declarações registadas pela agência LUSA, Pedro Passos Coelho, o auto-nomeado candidato a primeiro-ministro estagiário, garantiu que, caso ganhe as eleições, não vai “enxamear” o Estado com "boys" do PSD. Ora pelas minhas contas, e atendendo aos esforços que foram feitos nos últimos seis (6) anos pela manápula distribuidora de sinecuras do aparelho socrático, se o PSD repetisse a façanha, iria confrontar-se com os "boys" do PS, e haver guerra fratricida pela certa, pois tanto as técnicas de exploração aviária como os provérbios populares, reconhecem que é muito difícil haver dois galos na mesma capoeira, quanto mais no mesmo poleiro.

UMA pessoa com três dedos de testa e que não esteja com muitos gramas de álcool no sangue, custa-lhe a acreditar que vinte e três (23) dias depois de ocorrido a última correcção do défice orçamental de 2010, ainda se estejam a descobrir esquecimentos, descuidos, deslizes e capotanços que contribuem para o agravamento do dito cujo. Foi ontem, Sábado, dia 23 de Abril, que o Instituto Nacional de Estatística anunciou a revisão do défice de 8,6 por cento do PIB, para 9,1 por cento, por causa da “grande complexidade” de três contratos de Parcerias Público Privadas, o que me leva a concluir que por aquelas bandas se estão a fazer horas extraordinárias e a queimar os neurónios, desenfreadamente. Esta nova revisão de última hora veio agravar as necessidades de financiamento da Administração Central, que passam dos 15.304,7 milhões de euros, anunciados em 31 de Março, para uns actualizados 16.175,7 milhões de euros, isto é, uma bagatela de 871 milhões de euros que, sem luvas nem derrapagens, quase chegava para comprar mais um submarino. Só espero que por causa da tolerância de ponto decretada pelo Governo, não tenha sido esquecido ou deixado para trás mais algum pormenor com importância para as contas, e que daqui a dias voltem a surgir novas actualizações à ditadura esquizofrénica do défice orçamental.
«(...) Os problemas do emprego resolvem-se com crescimento, empresas dignas e eficientes, relações laborais saudáveis. Não é pela degradação do mercado de trabalho que se defende o emprego. Discuta-se, definitivamente, onde estão as causas da baixa produtividade em Portugal e analise-se a enorme deficiência organizacional das empresas e as razões por que muitos se declaram incapazes de pagar um simples salário mínimo. (...)»

JÁ QUE insistem com esta questão da tributação de IVA a 6% para o golfe, a fim de estimular o turismo e a empregabilidade no sector, tornando o país mais competitivo, eu sugiro ir um pouco mais longe. Muito embora saiba que isto é entendido por muita boa gente como um escândalo, melhor, uma forma de proteccionismo, com a qual os nossos parceiros da União Europeia estariam visceralmente em desacordo, sugiro que para incentivar a economia nacional e desincentivar o desemprego, nesta peculiar fase que Portugal atravessa, seria uma boa medida, reduzir substancialmente (senão mesmo isentar) o IVA em TODOS OS PRODUTOS DE FABRICO NACIONAL, durante os próximos seis (6) anos. Não fui convidado para dar o meu parecer, mas se tivesse sido não descartaria esta solução, pois tirar o país do buraco é bem mais importante que andar a meter bolas nos buracos.


DIZ-NOS a comunicação social que Portugal vai assumir o comando de mais uma missão naval da União Europeia, contra a pirataria no Oceano Índico, junto à costa da Somália, entre as ilhas Seicheles e o Golfo de Áden, com a fragata Vasco da Gama, a qual vai desempenhar as funções de navio almirante. Não é uma missão de soberania na verdadeira acepção da palavra, mas sim uma missão de policiamento e dissuasão, no quadro dos compromissos internacionais da UE, que não se percebe muito bem, porque razão é entregue a um país que atravessa uma grave crise económica e financeira, quando deveria ser ele próprio a refrear os seus ímpetos e envolvimentos em operações desta natureza. 
OTELO Saraiva de Carvalho, reflectindo sobre o 25 de Abril, as queixas que escuta ao povo, e o estado calamitoso em que se encontra hoje o país, disse que se em 1974 possuísse dons divinatórios e soubesse que iríamos desembocar nesta situação, não teria aderido ao Movimento das Forças Armadas (MFA), nem teria realizado o 25 de Abril.Acho que está errado! A revolução do 25 de Abril não se pode avaliar pela projecção das suas intenções, sobre a situação e as realidades actuais, direi mesmo, reconhecer a sua inutilidade, apenas serve para desculpabilizar todos os que de lá para cá, claudicando e sabotando-a das mais variadas formas, subverteram os seus princípios, desígnios e objectivos, e não será muito diferente do que incautos e saudosistas andam por aí a perorar, lamuriando-se, quando dizem à boca pequena "volta Salazar que estás perdoado".



HÁ BOCADO, pouco antes do telejornal da tarde, tinha assistido a um programa da BBC sobre primatas (há tantos! Isto deve ser alguma mensagem sub-liminar!), para logo a seguir, em tempo de “notícias”, ser bombardeado com o “concílio tupperware” do PS (partido Sócrates). Para quem viu as duas coisas, e se for uma pessoa dotada de discernimento e sensibilidade, é óbvio que dará vantagem aos primatas, por duas razões: eles (os primatas) são genuínos, são solidários, não mentem, e esforçam-se por aprender dentro da sua comunidade, e quando surge um conflito, se a solução não lhes agrada, rebelam-se ou desandam... Quanto aos outros, valha-me deus, que sou incréu… O engenheiro incompleto e demissionário José Sócrates, está formalmente em campanha eleitoral, muito embora, em abono da verdade, isso seja uma coisa em que ele nunca deixou de estar. Os três dias de congresso do PS (partido Sócrates), não passaram de um ajuntamento, de tipo comicieiro, para ver o piloto a exercitar-se, a exibir-se e a manter o aparelho aquecido. Não tem rumo, vai voando assim, ao desbarato, a fazer de conta de ainda está a governar. Em campanha está como peixe na água, e então quando lhe deixam o caminho livre para exibir as suas aptidões e dotes oratórios, onde prevalece o discurso espertalhaço, o ataque, a camuflagem, a evasão, e quando é preciso, recorrendo aos seus dotes de manipulador, também consegue ser patriotão e popularucho, não tem competidor à altura, que o estorve ou consiga agarrar. O general, afinal, não passa de soldado raso, bem temperado, bem embrulhado, mas...


«A Bolsa de Lisboa estava entre as que mais valorizavam hoje [ontem] de manhã na Europa, puxada pelas acções do sector bancário, cujas cotações disparavam após o anúncio ontem de que Portugal pediu ajuda financeira à União Europeia. (...) As acções do BES valorizavam 5,75 por cento, as do BCP 4,41 por cento, as do BPI 4,32 por cento e as do BANIF 3,09 por cento (...)» Excerto da notícia do jornal PÚBLICO (suplemento Economia) de 7 de Abril de 2011
Meu comentário: Os senhores presidentes dos 5 MAGNÍFICOS BANCOS e os seus senhores accionistas, estão de parabens.
NO CURTO período de 37 anos, esta é a terceira vez que o país recorre ao Fundo Monetário Internacional (FMI). Considerando os habituais padrões de classificação dos clientes, Portugal devia passar a ser considerado "passageiro" frequente, com acesso a condições especiais de tratamento e direito a descontos.
«Portugal não tem alternativa senão solicitar já um empréstimo intercalar de curto prazo, que permita financiar a economia até à tomada de posse do próximo governo. Se não for pedido um empréstimo intercalar, a solvência da República correrá risco.»Declaração de Ricardo Salgado, presidente do BES, numa entrevista ao Jornal Nacional da TVI, conduzida por Judite de Sousa.

