terça-feira, 19 de outubro de 2010

OS BOIS PELOS NOMES



Sou um expectador autoflagelador do programa Prós-e-Contras da RTP 1. O programa agonia-me, a “jornalista” irrita-me, a maioria dos comentadores desespera-me. Passo por vezes o programa inteiro à espera que alguém diga qualquer coisa que me aqueça o coração.
Ontem, a participação do Manuel Carvalho da Silva proporcionou vários bons momentos no debate, sem muitas surpresas, porque quem acompanha com atenção o que ele tem dito e escrito, conhece a sua perspectiva sobre o país. Daí, que o momento que mais me tenha empolgado foi quando num impulso de alma, Carvalho da Silva, fez o que cada vez mais é necessário fazer, denunciou a hipocrisia e a demagogia de Mira Amaral.
Durante, o debate o ex-ministro da indústria afirmou que, apesar de defender as medidas de redução salarial, também tinha sensibilidade social, que também era um trabalhador e que sempre tinha trabalhado.
Carvalho da Silva respondeu-lhe que a esmagadora maioria dos portugueses passa a vida a trabalhar e não trabalharão menos que o Eng. Mira Amaral, contudo nunca terão os seus níveis salariais.
Fez bem, só lhe faltou ilustrar a sua afirmação com a seguinte informação; o Eng. Mira Amaral trabalhou 1 ano e 9 meses na Caixa Geral de Depósitos e ao fim desse período passou a receber uma pensão de 18 000€ (dezoito mil euros, +- 36 mil contos).

2 comentários:

  1. 18 mil euros são 1.600 contos. Mas assim mesmo, é imenso, sim.
    Enquanto lia o teu artigo, ouvia, de uma colega sentada aqui ao lado - uma daquelas colegas que ganha uma miséria, não é aumentada há 10 anos mas que também não luta por nada: 'o carvalho da silva é tão irritante. ontem até conseguiu enervar o mira amaral, coitado'. há gente que merecia um par de estalos de vez em quando, não? aniri

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  2. Não me baralhem, que os tempos são de crise. Então 18.000 euros não são 3.600 contos? Mesmo que fossem 1.600, coitado do Amaral...

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