quinta-feira, 3 de março de 2016

QUE FAZER COM ESTA AUSTERIDADE?


O sadismo austeritário dos pafista acabou (morto de morte matada), mas a Austeridade continua para lavar e durar, e não é o OE de 2016, apesar de algum pequeno alivio para os trabalhadores e o povo miúdo, que vai pôr fim aos sacrifícios, nem promover o indispensável crescimento económico.

Lá de fora as perspectivas ainda são mais sombrias. Para além do desolador panorama económico a nível mundial, a economia europeia continua estagnada e a crise da Divida publica alarga-se a outros países. A isto junta-se a alta probabilidade de a nova onda da especulação financeira recair novamente sobre as dívidas soberanas, com Portugal a ser um dos primeiros alvos na mira dos agiotas.

Claro que existe um governo PS, apoiado por uma maioria à esquerda no Parlamento que já tiveram o mérito de nos devolver, entre outras coisas, a esperança.

E convém também lembrar que mesmo com austeridade é possível lutar contra a desigualdade, o desperdício e a corrupção. Repor direitos retirados e alargar outros. Combater a fuga ao fisco dos grandes rendimentos. Melhorar os serviços públicos. Controlar as grande empresas que nos impõem preços e outras condições escandalosas. Enfim, de pôr direito muito do que andamos há décadas a tentar consertar.

Já quanto à Austeridade propriamente dita não há repostas simples. Há que, com realismo e sem receios nem tabus, promover um debate alargado, que pelo menos nos aponte uma luz ao fundo do túnel, e que nos vá preparando para algum percalço (como sermos expulsos do euro ou o euro implodir).

O que não pode é ficar tudo isto apenas nas mãos do governo e da maioria à esquerda na AR. Só uma larga e empenhada mobilização social à volta destas questões, e um apoio claro às soluções que se forem construindo, poderá fazer da inédita, importante e indispensável convergência à esquerda, um efectivo contributo para a saída desta decadência sem fim à vista.

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