terça-feira, 7 de dezembro de 2010

É TÃO BOM VER COMO ELES REPARTEM OS SACRIFÍCIOS


Na semana passada, a Câmara Municipal de Loures anunciou às associações e colectividades do Concelho de Loures que na senda do momento de austeridade, em 2011 o apoio regular a estas entidades iria sofrer um corte de 100%! Isto é, passará a ser 0 (zero). Isto, depois de uma semanas antes ter anunciado a essas mesmas associações que a cedência de transporte municipal para as suas actividades também iria sofrer reduções até 60%.
O esforço financeiro do município no apoio a mais de 200 colectividades e associações de Loures, que envolvem centenas de dirigentes voluntários e milhares de utentes em actividades regulares no âmbito do desporto, lazer, cultura e recreação, cifrou-se em 400 mil euros no ano passado.
Estes anúncios foram embrulhados no lustroso papel da crise internacional, nacional e local. Que os tempos não davam ao município qualquer margem de manobra. Custava muito, mas tinha de ser. Que o bom político, é aquele que nos momentos difíceis não ilude a realidade e dá as más, mas necessárias e inevitáveis, notícias de peito aberto.
Hoje, passando os olhos sobre as últimas deliberações municipais percebi que este município, que vive tempos de “brutal” austeridade, vendo-se na contingência de cortar este tipo de apoios, decidiu alugar, no passado dia 2, 34 novas viaturas, sendo que 8 são de alta cilindrada, pelo valor final com IVA de 822 800€ (oitocentos e vinte e dois mil euros)
Estas viaturas ficarão afectas ao Presidente da Câmara, Vereadores e assessores.

6 comentários:

  1. Apesar da crise e da austeridade, os autarcas têm que manter a sua dignidade, e não pode ser apenas nos discursos e aparências, mas com com FACTOS concretos.

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  2. O argumento da dignidade do cargo é sempre evocado nestes momentos. Em momentos de crise e austeridade apenas a dignidade destes não pode ser beliscada. A dos outros, dos que trabalham, dos que os elegem, dos que os sutentam, essa é sempre relativizada.

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  3. Espero que os senhores vereadores da CMLoures peçam entretanto CONTAS, enquanto os munícipes não voltam a dar o seu VEREDICTO.

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  4. Em primeiro lugar os valores aqui mencionados não são verdadeiros, segundo não existe nenhuma viatura para os assessores, até porque os mesmos não têm viatura da CML, terceiro é de longe a melhor opcção para gestão de uma frota, é a mais vantajosa financeiramente. Por ultimo vou colocar aqui um post de um camarada vosso, que por acaso até escreve neste blog. Já agora dizer que com este tipo de gestão de frota é possivel também intruduzir cada vez mais, viaturas mais amigas do ambiente, que é o caso, de 4 em 4 anos.

    """"Terça-feira, 3 de Junho de 2008Frotas municipais e subsidiárias: mudar, muito e bem.
    Se eu fosse Presidente da Câmara, assumiria pessoalmente a liderança de uma equipa de projecto que, no período de um mandato, reconvertesse a frota municipal e trouxesse ao município ganhos económicos e ambientais. Toda ela.

    Os ligeiros e os pesados, as máquinas e todos os veículos e motores intervenientes na actividade municipal. Os veículos ao serviço da Administração Municipal estariam incluídos, bem como as frotas dos Serviços Municipalizados e das Empresas Municipais. As prestações de serviços ao município seriam, neste domínio, alvo de reflexão e mudança. O financiamento municipal à aquisição de viaturas pelas Associações Locais, sofreria alterações importantes.

    O que está em causa é não apenas a Câmara de Loures ser o exemplo que devia ser, mas mais do que isso, garantir uma redução substancial dos custos com o consumo de combustíveis líquidos derivados do petróleo e assim libertar meios para investir onde faz falta: na construção de escolas, por exemplo, onde há anos que nada se faz.

    A questão ganha relevância à medida que prossegue a escalada dos preços dos combustíveis. E como não há nenhuma esperança que os preços venham a regredir, bem pelo contrário, uma tal medida é adequada, urgente e indispensável num futuro próximo. Quanto mais tarde se começar, tanto pior!

    Mas está também em causa, o exemplo que a Câmara de Loures deveria ser no domínio da defesa do ambiente, da saúde pública e no combate às alterações climáticas. Se eu fosse Presidente da Câmara esta problemática estaria (sempre) no centro das políticas municipais.

    A sustentabilidade não seria questão irrelevante, nem mero chavão para dourar discurso. Não seria uma daquelas "prioridades" eleitorais habituais. Seria uma atitude incontornável e uma matriz genética da gestão municipal.

    Se eu fosse Presidente da Câmara, a frota mudaria no período de um mandato. Sem apelo, nem agravo.

    Publicada por Rui Pinheiro em 13:12""""

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  5. Agradeço ser largamente citado e ver reconhecida (aparentemente por alguém do círculo do poder municipal) a minha perspectiva sobre a gestão da frota, mas como é evidente, no meu artigo advoga-se uma profunda alteração na frota municipal e municipalizada (sublinho, toda) e não apenas nas viaturas ligeiras ao serviço da administração, adjuntos e assessores.

    Se os assessores não têm direito a viatura, porque passam eles a vida com elas nas mãos ? Intrigante!

    Resulta claríssimo que os principios e orientações que eu advogo, não são as que estão a ser seguidas, portanto, a invocação do meu post é aqui um tanto descontextualizada.

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  6. És mesmo demagogico. As pessoas já vos conhcem. És bom é mesmo nos blogs, a falares para os teus camaradas. Esses é que ainda têm paciencia para te aturar.

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