quinta-feira, 23 de junho de 2011

A utilidade marginal dos votos do BE em Rui Tavares.


Não faço ideia se se trata dum caso intencional de aplicação do princípio da utilidade marginal às eleições, ou se Miguel Madeira chegou lá sozinho. Whatever, o que não tenho dúvida é que se trata da maior posta de bullshit a defender o direito de Rui Tavares ter levado os votos do BE para os Verdes Europeus que encontrei pela blogosfera. Ora façam a fineza de ler:

"O Bloco de Esquerda teve 382.667 votos nas eleições para o PE; se o partido tivesse tido 379.786 votos, teria sido a CDU (com 379.787) a eleger o 3º deputado.

Ou seja, menos 2.881 votos e o Bloco não teria eleito o 3º deputado (por outras palavras, bastaria que 1 em cada 125 eleitores de BE não tivesse votado assim, para que este só tivesse 2 representantes). Ora, Rui Tavares é uma figura conhecida, o ele ser candidato foi várias vezes referido na comunicação social e na campanha creio que houve alguns discursos do género "vamos ver se levamos o Rui Tavares a Bruxelas!".

Assim, é bastante provável que algumas pessoas terão votado BE por lá estar o Rui Tavares; será que a hipótese de pelo menos 1 em cada 125 votantes do BE ter sido influenciado pela sua presença é assim tão descabida?

Por outras palavras, atendendo ao perfil público de Rui Tavares e à margem estreitissima pelo qual o Bloco elegeu o 3º candidato, parece-me possível que tenha sido mesmo ele a trazer efectivamente os votos que permitiram a sua eleição."

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