quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

Algumas Decisões do Estado deste Sítio


A Guarda Nacional Republicana passa a denominar-se Guarda Nacional das Autoestradas ex-Scut;

As portagens devidas e não pagas pelos utentes das autoestradas, passam a ser pagas com a penhora do veículo do infractor;

Com a redução e eliminação de muitas carreiras de transportes públicos, sobretudo aos fins-de-semana, os portugueses que não têm transporte individual, passam à condição de suspeitos sob prisão domiciliária;

A “grande troika”, a verdadeira governante deste protectorado, advertiu a “pequena troika” de que as novas taxas moderadoras do Serviço Nacional de Saúde (SNS) são insuficientes, e terão que ser agravadas ainda mais;

Devido a um problema de pilhas fracas na calculadora da “pequena troika”, o excedente das contas públicas não é de 2.000 milhões de euros, mas sim de 3.000 milhões. No entanto, continua a não ser excedente, nem folga, nem almofada, nem travesseiro. É apenas um pé-de-meia para o que der e vier, caso os banqueiros se sintam em dificuldades;

Passos Coelho, o chefe da "pequena troika", garantiu infáticamente que a melhor solução é o limite do défice ser inscrito na Constituição. Diz que isso apenas exige disciplina e não acarreta perda de soberania. Como é fácil de perceber, mais uma vez estamos a ser ludibriados, pois não se pode perder aquilo que já não possuímos...

A “pequena troika” passa a reunir o conselho de ministros aos domingos (fica a dúvida se presidida por Passos Coelho ou Ricardo Salgado), a fim de evitar ser perturbada com concentrações, manifestações e acções de protesto, aproveitando o facto de os portugueses estarem sob sequestro dominical, devido à escassez de transportes públicos;

Por decisão do ministro “vespa” Soares, os candidatos ao Rendimento Social de Inserção (RSI), isto é, pessoas que estão em situação de carência económica grave, abrangendo, maioritáriamente, jovens, idosos e deficientes, vão ser sujeitos a novas regras. Terão que preencher cinco formulários e apresentar uma mão-cheia de documentos da Segurança Social, além de caderneta predial e autorização para acesso a informação bancária. Só então estarão aptos a assinar com o Estado um contrato de inserção, que impõe o cumprimento de um determinado conjunto de obrigações;

O senhor Gaspar, ministro das Finanças da “pequena troika”, garantiu que a transferência dos fundos de pensões dos bancos para a Segurança Social não ameaça as pensões dos reformados do sector bancário. Ora, como é que ele pode garantir uma coisa dessas, se os dois mil milhões de euros do fundo de pensões vão servir para pagar dívidas do Estado às empresas, e melhorar a liquidez dos bancos?

1 comentário:

  1. Bem relatado, com humor qb. Gostei. Contudo faço uma observação. As fotos iniciais são dos funcionários executivos da troika pequena. A estes há que acrescentar os funcionários da troika grande que forma a troika pequena e inclui os que sendo, agora, "oposição violenta" aprovam tudo o que a troika grande manda.

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