Num comentário a um post do Portela dos Pequeninos, em que se fala da proibição de estacionamento em certas zonas da Portela, diz um leitor :
"Nos arruamentos sem saída, não incomoda nada que se estacione nos passeios, pois as pessoas mesmo sem viaturas, caminham normalmente pelo meio da estrada sem criar problemas também a ninguém. As pessoas entendem-se bem. As irregularidades dos passeios ate aconselham a utilizar o meio destes arruamentos sem saída."
Esta forma de partilha da rua entre peões e carros, que é de facto pratica generalizada nas ruas residenciais da Portela, tem sido noutros países objecto de estudo por parte de especialistas que concluíram das suas vantagens em diversos casos, como o de ruas residenciais, e aconselham que seja orientada por alguns princípios, como:
- Todos os utilizadores, peões, ciclistas, carros, têm os mesmo direitos
- Circulação e prioridade à direita
- Redução da diferença de velocidade entre os diversos utilizadores
- Criar, e provocar, o contacto visual entre os diferentes tipos de utilizadores
- Pôr as pessoas, independentemente do modo como circulam, no centro das atenções
- Os carros não são um problema, mas uma parte da solução
- A mobilidade é um meio, não um fim
Em termos práticos, na Portela haveria que adequar o traçado da rua a este tipo de utilização partilhada, removendo os passeios (estacionamento dos dois lados junto aos muros), diferenciando o piso do das ruas circundantes, e assinalando o tipo de utilização partilhada à entrada da rua.
Para os nossos autarcas estas praticas não devem ser novidade pois são inclusive referidas no "Manual de Metodologia e Boas Práticas para a Elaboração de um Plano de Mobilidade Sustentável”, resultado dum estudo levado a cabo por técnicos dos Municípios do Barreiro, Loures e Moita (Ver pagina 204 sobre zonas de prioridade ao peão).
Boa ideia, o "oficializar" o uso pedonal destas ruas.
ResponderEliminarActualmente em relação aos residentes, peões e automobilistas, já funciona bem.
O problema são alguns fitipaldis que aqui vêm (entregas, reparações, etc) e que precisam de ser informados que são ruas para peões, onde podem circular mas com cuidado (sem prioridade sobre os peões).