domingo, 23 de janeiro de 2011

O PRESIDENTE DE 23,15% DE TODOS OS PORTUGUESES.


Embora o pessoal jovem é que tenha a fama de não perceber puto de Matemática, parece-me que os mais cotas também deixam muito a desejar.

Com 99,75% dos resultados apurados, votaram em Cavaco Silva 2.228.154 eleitores dos 9.629.630 inscritos. Segundo a minha folha de cálculo 23,15%.

Se isto é um bom resultado, vou ali e já volto


Adenda em 29/1/2011

Ao fim de quase uma semana em estado de negação, ontem a direita, pela voz de Vasco Pulido Valente, começou a admitir que afinal a coisa não correu lá muito bem a Cavaco:

"Temos de voltar ao essencial. O dr. Cavaco perdeu. E fez mais do que perder uma eleição. Comprometeu gravemente o regime, que daqui em diante já não pode funcionar com qualquer espécie de “regularidade”. Com 54 por cento de abstenção, um Presidente, este ou outro, não tem a força e o prestígio para dissolver a Assembleia ou sequer para exercer uma influência pesada sobre o Governo. Está sempre numa posição de claríssima fraqueza, porque nada lhe garante que os poucos votos de 23 de Janeiro (menos de um quarto dos portugueses) lhe cheguem para sancionar ou impor uma decisão [...] obrigado a negociar a todo o momento cada passo e cada palavra.

E assim o homem, que devia assegurar a estabilidade da República, acabou em cinco anos por a comprometer. [...] Andou por aí, como um fantasma, sem uma palavra pertinente, um gesto de afirmação, uma vontade clara. E ficou, como era de esperar, sozinho. O que não importaria muito, se Portugal não precisasse, como precisa, de um Presidente."

Ler a crónica completa no Publico de 28/1

5 comentários:

  1. Eu que cota me confesso, confirmo a bondade da sua folha de calculo.

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  2. Talvez fosse interessante fazer os mesmos cálculos para os demais candidatos.

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  3. Manuel Alegre 8,6% e Francisco Lopes 3,1%

    Seguindo o link do post tem os números para calcular as percentagens de todos.

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  4. Os comentadores de serviço não se cansam de repetir que a fraca votação em nada afecta a legitimidade do Presidente.

    É evidente que os poderes são os mesmos de que se tivesse o dobro dos votos, mas politicamente esta vai ser uma presidência diminuída.

    Por um lado é a eleição por 23% dos inscritos, por outro os casos das acções do BPN e da casa da Quinta da Coelha, vulgo condomínio BPN.

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  5. A avaliar pelo pesporrente discurso de vitória, os portugueses vão ter de gramar, NÃO UM PRESIDENTE ANIMADO mas antes, um AGENTE AMUADO, ressabiado, rancoroso e vingativo. Alguns têm mau perder mas Cavaco Silva não soube ganhar, porque é medíocre e culturalmente ignorante e veste a casaca de democrata-manequim da Rua dos
    Fanqueiros.

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