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Admito ser penalizado pela impopularidade do Governo", são palavras do candidato Manuel Alegre, e tal queixa não é coisa que surja apenas agora, saída do nada. A impopularidade do governo já vem de longe, Alegre sabia disso e bem se esforçou para que Sócrates o apoiasse. E Sócrates agradeceu. Ao ter aceite que Alegre se tornasse candidato do PS, depois de aquele ter recebido o apoio do BE, abriu o caminho para que a reeleição de Cavaco Silva ocorresse sem grandes sobressaltos, afinal a solução que mais lhe agradava e em que mais investiu. No estado em que Sócrates está a deixar o país, a cavacal solidariedade institucional e a passividade presidencial são bens inestimáveis. E Cavaco já o garantiu, quando disse anteontem que não quer complicar a vida ao governo, que é um defensor da estabilidade política e tem "pouco apetite" para dissolver o Parlamento e convocar eleições legislativas.
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