terça-feira, 3 de janeiro de 2012
A Saúde a Contas com Banqueiros e Jardins
Paulo Macedo, o respeitável banqueiro e gestor fiscal que nos anda a tratar da saúde, depois de aplicados uns "saudáveis" cortes orçamentais para 2012, veio agora admitir a falência técnica em mais de metade dos hospitais portugueses, dando a entender, nas entrelinhas do discurso, que o Serviço Nacional de Saúde, tal como conhecemos, estará por um fio, como convém. Fazendo coro com o ministro, um tal Jardim Ramos, secretário regional dos Assuntos Sociais do governo do outro Jardim, garantiu que há muito esbanjamento e desperdício na área dos cuidados de saúde na Madeira, apelando à racionalização dos recursos, embora não dizendo onde nem como.
Ainda não perceberam o que é que eles querem? É simples! Com a “emigração sustentada”, coordenada pela agência de emigração da autoria do eurodeputado Paulo Rangel, o objectivo é esvaziar o país, e para os que cá ficam, caso não se curem com as sopas das misericórdias e os cabazes das caridadezinhas, sempre há disponíveis alguns cuidados de saúde, mas atenção, devem pagar as respectivas taxas moderadoras, com a obrigação suplementar de virem com o banho tomado, trazerem de casa a arrastadeira, os toalhetes, o papel higiénico, as seringas, a gaze, o adesivo, a betadine, as embalagens de soro e a pomada para as escaras. As seringas serão reutilizadas, depois de fervidas.
Havia muito mais a acrescentar, como por exemplo a história dos transplantes hepáticos em crianças, que só voltarão a ser praticados lá para Março, mas agora ficamos por aqui…
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