terça-feira, 17 de janeiro de 2012

NÃO ME OCORRE NADA PARA DAR TÍTULO A ESTE TEXTO

As posições da CGTP costumam ser desvalorizadas pelos apaniguados da situação, que repetidamente dizem que a Intersindical já não representa os trabalhadores.
A UGT representa em número de sindicalizados, cerca 23% dos trabalhadores sindicalizados, contra 71% da CGTP, sendo que em sindicatos independentes/não filiados estão 6% dos sindicalizados (estes números são da única fonte com alguma credibilidade que encontrei, um estudo de Alan Stoleroff e Reinhard Naumann).
Contudo, quando a UGT cumpre o seu papel histórico de proporcionar ao poder económico a legitimação das suas aspirações, é sempre tratada como se fosse a grande representante dos trabalhadores portugueses, dando azo a títulos como “Trabalhadores e patrões chegam a acordo” ou “Acordo junta empresários, trabalhadores e governo”.
Ninguém ousa escrever o que seria mais verdadeiro. “A ESMAGADORA MAIORIA DOS TRABALHADORES E DOS SEUS REPRESENTANTES ESTÁ CONTRA O ACORDO ASSINADO” Sendo verdade, este título nunca seria publicável, vá lá saber-se porquê?!

2 comentários:

  1. ANIRI, que nunca lhe falte a voz! Faz muita falta quem desanque naqueles que embarcam na viagem rumo ao precipício, melhor, rumo ao século XIX...

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  2. Com a "mãozinha" que o sindicalista Proença deu ao Governo PSD/CDS no último acordo de "concertação" social e as suas posteriores justificações, o sindicalista realizou três "milagres" simultâneamente só aproximáveis de uma "nossa senhora de Fátima" dos anais sindicalistas: 1º- ajudou objectivamente e subjectivamente o Governo no ataque aos trabalhadores portugueses; 2º- alijou responsabilidades do heróico feito para sindicalistas não-socialistas da CGTP que o pressionaram a fazê-lo; 3º- intentou limpar qualquer nódoa (como se possuísse estatuto moral para o fazer!) da bancada socialista na AR, com quem discutiu o assunto, e que "o deixaram inteiramente livre para tomar a decisão que entendesse".
    É claro que, implicitamente, sem se dar conta, revelou que é pressionável e que tem um inegável talento para bufo...
    A infãmia e o dislate cometidos foram tais que até um histórico dirigente sindical, de currículo igualmente indesejável, veio tocar a rebate afirmando que se assistia ao enterro da UGT. Será bom se assim for...
    Eduardo Tavares Costa, 25 de Janeiro de 2012

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