terça-feira, 18 de outubro de 2011

O PORTELA MAGAZINE NÃO QUER TENDÊNCIAS, IDEOLOGIA, OU PARTIDARISMO
Seria um drama, um horror, uma tragédia...


Mal tinha acabado de ler este post sobre o apartidarismo democrático e estava para aqui a magicar que também ainda há por aí à solta muito apartidarismo do antigo, do tempo da outra senhora, de que aliás o post também fala, quando me cai no Gmail, reenviada por um amigo, uma circular da Associação de Moradores da Portela, a anunciar o lançamento de uma nova revista, o Portela Magazine.

Fui lá espreitar a novel publicação, e não é que logo no 2º paragrafo do Editorial de Apresentação tropeço com este naco de prosa (sublinhado dos próprios), que bem podia ter saído directamente da caneta dum daqueles legionários que o fascismo ás vezes conseguia pôr à frente das colectividades populares(*) da época:


Não faço ideia se o lápis azul lá do magazine está entregue a alguém em particular, ou se é irmãmente partilhado por todos, mas parece-me que alguma coisa está por lá a falhar.

É que após tão anti-séptica e enfática promessa, logo na página 7 ... DRAMA ... HORROR ... TRAGÉDIA ... deparo com uma fotografia do ubíquo Carlos Teixeira, PS, Presidente da Câmara de Loures (inaugurador compulsivo que não escolhe local nem época para atacar) a participar na inauguração do novo Centro de Actividades da AMP.

E daí, pensando melhor, talvez não. Talvez não tenha havido nenhuma falha do lápis azul. Talvez, como nos tempos de Salazar e Caetano, a acusação de fazer politica, pelos critérios destes senhores/as, nunca se aplique a eles próprios, aos que se identificam com a Situação.

Só os outros, os que não são da cor deles, é que terão tendências, ideologias e partidarismo.



(*) Que não era o caso das colectividade populares destas bandas que podem, quase todas, orgulhar-se dum passado digno e respeitável, sem subserviência ao regime ou posturas de abstracta e anti-séptica independência e apoliticismo, mas sim de participação activa e empenhada no movimento popular anti fascista que tão decisivamente contribuiu para a criação das condições que tornaram possível o 25 de Abril.

4 comentários:

  1. Não percebo o espanto do Dédé; o Carlos Teixeira aparece logo no primeiro número porque é FRESCO, HETEROGÉNEO, APELATIVO e MODERNO, tanto no que PENSA e DIZ, como na forma como se ATAVIA.

    Fernando Torres

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  2. Do que vejo na foto, não é só o Carlos Teixeira que aparece, a Manuela Dias também está lá, não será esta uma prova do que prometem ser?

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  3. (Comentário 2 em 1 para estes dois posts: http://bit.ly/nggtDO e http://bit.ly/nWKquI)

    Lamento desapontar alguns dos anónimos comentadores, mas não tenho, nem nunca tive, nada a ver com a Câmara de Loures, para além de munícipe, com a Junta de freguesia da Portela, sou freguês doutra freguesia, ou com a AMP, de que também não sou sócio.

    Não percebo algumas das considerações que fazem (e por mim nem quero perceber, não percam o vosso precioso tempo a explicar-me, OK?), como a referência a Manuela Dias, que, asseguro, não conheço, nem está nas minhas minhas listas de Gmail, FB ou télélé.

    A referência ao Magazine da Portela foi por me parecer um bom exemplo do assunto do post, o APARTIDARISMO e, como até digo no post, estar ali mesmo à mão. Até teria o maior gosto em trocar opiniões sobre o assunto do post, mas como sobre isso ninguém fala...

    Informo ainda que no Essência não há direcção, secretariado, ou comissão politica, e que cada um é o único responsável por aquilo que escreve, sem aprovações prévias ou póstumas de ninguém. Por isso quando se referirem aos meus posts e comentários façam a fineza de usar o singular.

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  4. Isso da dor de cotovelo é mesmo f.o...... É da vida. heheh

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