quinta-feira, 20 de outubro de 2011
"O ESTADO NOVO NUNCA FECHOU AS PORTAS AOS MAIS CAPAZES"
Então o problema era os filhos dos operários serem todos burros?
Um daqueles cronistas que regularmente escrevem na ultima página do Publico conta que o pai "Inteligente, bom aluno, foi o primeiro da sua família a pôr os pés na faculdade, porque o Estado Novo, embora expusesse a maioria ao analfabetismo, nunca fechou as portas do ensino aos mais capazes".
Interrogo-me se o cronista acha que os filhos dos operários eram na esmagadora maioria burros, se o burro é ele por acreditar nas patranhas que está a impingir, ou se sabe bem do que fala e está é a tratar os leitores do Público como se fossemos todos burros?
É que, se outros dados não houvesse, basta recordar o à época tão falado II Grande Inquérito à Juventude Universitária, realizado pela JUC, Juventude Universitária Católica, em 1967, para perceber qual era o grau de abertura das portas do ensino superior aos mais capazes, no tempo do fascismo.
Por exemplo, apesar dos operários serem à data mais de 30% da população activa, diz o II Inquérito que apenas 2% dos estudantes universitários eram filhos de operários.
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Escrevi uma carta ao Provedor do Público a protestar contra o conteúdo da crónica que considero uma apologia ao regime fascista que nos desgovernou durante 48 anos.
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