quarta-feira, 31 de agosto de 2011
AMÉRICO AMORIM: A TRABALHAR NO DURO HÁ MAIS DE 8 MIL ANOS.
Agora que se anda por aí a falar em taxar os ricos, ficámos a saber que Américo Amorim, que herdou uma pequena corticeira de família e é hoje o homem mais rico de Portugal com uma fortuna de mais de DOIS MIL MILHÕES de euros, considera-se um trabalhador e declara de rendimento anual 250 MIL euros.
Se a minha máquina de calcular está a funcionar bem, o homem anda por aí a trabalhar no duro (sim que não deve ser de papo para o ar que se ganha 250 mil euros por ano) há, mais coisa menos coisa, uns 8 MIL ANOS.
Adenda
E não é que agora o Vítor vai pôr o Américo a pagar mais 450 euros de imposto por mês? Lá vai o homem dar um trambolhão no Ranking dos Podres de Ricos. Mas o Pedro já foi a correr garantir à chefe do Reich que é só por dois anos.
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terça-feira, 30 de agosto de 2011
Facilidades, Só para o Golfe!
OUVI anunciar - ou será que sonhei? - que durante o passado fim-de-semana de 27 e 28 de Agosto, o Governo iria decidir sobre a tributação dos mais ricos de Portugal. Até agora, ainda não ouvi nada. Habituados como estão a tributar, com celeridade e dureza, qual certa e segura fonte de receita, os rendimentos de trabalho, começam a engolir em seco quando se coloca a questão de tributar o património, as sucessões, doações e os rendimentos do capital, bem como cortar as voltas a quem sistematicamente exporta capitais para os "offshores", conseguindo furtar-se ao atrofiado braço fiscal. Já nem falo da forma como depois a receita é escandalosamente espatifada pelos governantes de serviço... Mas voltemos ao assunto: será que estão à espera de ver como os outros parceiros da UE reagem ao problema, considerando que em Itália já ficou tudo em águas de bacalhau, pois sendo Berlusconi, actual primeiro-ministro, uma das maiores fortunas de Itália, seria uma espécie de "harakiri" o "cavalieri" dispor-se a legislar contra os seus próprios interesses, e de todos os outros que com ele se refastelam na mais doce e bem-aventurada das isenções. Ou será que cá se arrependeram da promessa, depois de confrontados com as reacções internas que não se fizeram esperar, sendo preciso dar tempo ao tempo, para que os "tubarões" encontrem novas formas de se acautelarem? Fosse qual fosse a razão, o facto é que o Governo não esperou pela demora e saltou, mais uma vez, em cima de quem usa transportes públicos, indo colher mais receita aos bolsos de quem menos tem, por via da actualização do modelo e dos preços dos títulos de transporte, isto para não falar de outras malfeitorias, umas que já cá cantam, outras que vêm a caminho. Em contrapartida, o golfe, como é produto de primeira necessidade e muito utilizado pelas classes mais desfavorecidas, passou a beneficiar da taxa mínima de seis por cento de IVA…
segunda-feira, 29 de agosto de 2011
GOVERNO QUER VENDER ÁGUAS DE PORTUGAL ATÉ FINAIS DE 2012
E o Ar de Portugal, ninguém quer comprar?
Só a água? E não pensaram ainda em vender o ar? Olhem que era capaz de ser bom negócio, isto por aqui é tudo pessoal com o vício de respirar 24 horas por dia.
Dizia um grande senhor: "E já agora, privatize-se também a puta que os pariu a todos".
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domingo, 28 de agosto de 2011
sábado, 27 de agosto de 2011
O TEMPO DAS CEREJAS NÃO ACABOU, APENAS MUDOU DE MORADA.
Se percebi bem, o Vítor Dias ficou trancado fora do blog, e agora nem consegue lá entrar pela janela. Para não ter de ir blogar para debaixo da ponte mudou-se para um novo endereço, O TEMPO DAS CEREJAS2, onde continua a dar-nos a habitual música de fim de semana Porque hoje é sabado.
quinta-feira, 25 de agosto de 2011
LUTA SEM TRÉGUAS NA BLOGA
Eu próprio, quando menos esperava, fui BARRADO no 5Dias e acabei DESMASCARADO no AspirinaB.
A nomeação dum destacado blogger do 5 Dias para o Gabinete do ministro Relvas pôs a nossa bloga política em pé de guerra: os assassinatos de carácter sucedem-se a um ritmo vertiginoso, amigos de longa data juram inimizade eterna, desenterram-se episódios antigos mais ou menos escabrosos, enfim um espectáculo mesmo feio de se ver.
Como sempre acontece nos grandes conflitos da história da humanidade, não faltam sequer os inevitáveis danos colaterais de que este vosso escriba é mais um infeliz exemplo: depois de há uns dias ter sido BARRADO no 5 Dias, fui hoje cruelmente DESMASCARADO no Aspirina B.
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EU NÃO VOU BOICOTAR O SOL
Diz a Helena, tão bem que até dá gosto ler, a propósito do artigo homofóbico do Saraiva.
Recebi no facebook um convite para boicotar o semanário Sol devido a este texto de José António Saraiva.
Não o vou fazer, por duas razões:
- nunca comprei o semanário Sol, pelo que dizer agora que o vou boicotar era uma grande piada para a insider que há em mim;
- a liberdade de expressão existe para promover o debate de ideias - e é o debate que nos faz avançar.
Ora então, por partes:
1. À data em que este artigo de opinião foi escrito, o casamento de pessoas do mesmo sexo já era permitido na Holanda há dez anos, na Bélgica há oito, em Massachusetts (EUA) há sete, na Espanha e no Canadá há seis. Nos últimos cinco anos, muitos outros estados se juntaram a essa lista. Em Portugal, a respectiva lei foi aprovada há mais de um ano - e após um intenso debate.
Ou seja: hoje em dia, qualquer pessoa minimamente informada que leia sobre um casal em que ambos os cônjuges têm nomes masculinos, não precisa de ler segunda vez para verificar se leu bem. Pode concluir logo à primeira leitura que se trata de um casal de pessoas do mesmo sexo.
2. "Separado? Mas os gays, que travaram uma luta tão grande, tão longa e tão dura para poderem casar-se, separam-se afinal com a mesma facilidade dos outros casais? Não seria normal que, pelo menos nos primeiros tempos de vigência da nova lei, procurassem ser exemplares, até para provarem aos opositores que as suas convicções eram fortes e sua luta era justa?"
Sim, os gays separam-se afinal com a mesma facilidade dos outros casais. O que está em causa é a igualdade: o direito de casar, e o direito de se separar com a mesma facilidade dos outros casais.
(nesta frase, gosto especialmente da palavra "facilidade" - não fazia ideia que os casais heterossexuais se separavam com facilidade, o que pressupõe uma certa leviandade na decisão de casar - e eu a pensar que os heterossexuais levavam essa instituição muito a sério!)
E não, não seria normal que, pelo menos nos primeiros tempos de vigência da nova lei, procurassem ser exemplares. Um casamento não é uma bandeira, é um acto fundado no amor. Se a relação não funciona e não se lhe vê futuro, o mais normal é que se desfaça o casamento: por respeito a si próprio, ao outro membro do casal e até à própria instituição.
Surpreende-me que alguém sequer imagine que se possa prolongar o vínculo do casamento por motivos exteriores à relação, mascarando e pervertendo a sua verdade.
3. "Acresce que um dos membros do ‘casal’, Jorge Nuno de Sá, na altura deputado, pessoa com alguma notoriedade social, ao assumir o risco de tornar pública a sua homossexualidade e o seu amor por um homem, parecia querer dizer a todos que a decisão de se casar fora devidamente amadurecida. Ora, depois disso, qual o sentido de se separar ao fim de meia dúzia de meses?"
Acontece nas melhores famílias. Alguém precisa de exemplos?
4. "Mas a leitura de mais pormenores sobre o ‘casal’ ajuda a lançar alguma luz sobre a história. O ainda marido (ou mulher?) de Nuno de Sá é um massagista de nacionalidade venezuelana, de nome Carlos Eduardo Yanez Marcano (e não Maceno como dizia o DN), com menos 10 anos do que ele. Perante este bilhete de identidade, compreendem-se melhor as zangas, as agressões – e finalmente a lavagem de roupa suja na praça pública."
Depois do conselho às raparigas portuguesas para pensarem duas vezes antes de casar com muçulmanos, vem o conselho aos rapazes portugueses para que pensem duas vezes antes de casar com estrangeiros 10 anos mais novos e com profissões mal remuneradas. Atentem no aviso que vos é feito: podem meter-se num monte de sarilhos!
Caramba, está cada vez mais difícil escolher a pessoa certa e infalível para casar.
Agora, a sério: não caia na tentação de generalizar, José António Saraiva. Não venha com insinuações sobre os sul-americanos de baixos rendimentos que são mais novos que o parceiro. Olhe que o Ben Kingsley pode não achar muita graça.
5. Que nome dar a um dos elementos de um casal de homens: marido ou mulher? É uma questão complicada, reconheço, porque nos habituámos a dizer casamento-marido-mulher, e agora é preciso construir novos troços nas auto-estradas dos neurónios. Boas notícias para todos: consta que essas obras nas auto-estradas cerebrais são um óptimo exercício para prevenir o Alzheimer.
Quanto ao mais, esclareça-se que um marido é um cônjuge do sexo masculino. Não há que hesitar.
Porquê chamar-lhe mulher? Um homem não é uma mulher (sim, eu sei: foi a lapalissade do dia). Pese embora a polissemia do termo "mulher", parece-me que dizer que um homem é a mulher de outro comporta o seu quê de chacota e humilhação premeditadas, atitudes que convinha evitar nos discursos que se pretendem construtivos, respeitadores e pacíficos.
Porque (cá vamos nós fazer uma pequena revisão da matéria dada) a Democracia defende a liberdade de expressão não para que cada um diga tudo o que lhe apetece, mas para que as suas ideias possam enriquecer o debate público e alargar os horizontes da sociedade. Esse direito pressupõe a aceitação dos princípios básicos da mesma Democracia, nomeadamente o respeito pela dignidade do ser humano.
6. "As palavras que usamos têm um significado que o tempo e o uso foram consolidando – e ‘casamento’ na nossa civilização quer dizer a união entre um homem e uma mulher, ou seja, o acto fundador de uma família. Querer que a palavra tenha outros significados é uma aberração que põe em causa as próprias referências do meio em que vivemos."
O significado das palavras não é imutável. O tempo e o uso tanto consolidam como transformam. Na nossa civilização (atenção: já vamos na segunda década do séc.XXI) o casamento está cada vez mais assente no aspecto afectivo.
Olhemos para a História, observemos como foi evoluindo o modo como a sociedade entende esta instituição. Porquê parar algures em meados do século passado, porquê recusar à sociedade o direito de se continuar a transformar? Concretamente: se nos nossos dias o elemento fundador do casamento é o amor, porquê recusá-lo aos casais do mesmo sexo?
Olhemos também para as contradições do nosso presente: o casamento (heterossexual) é muitas vezes usado para fins diferentes daqueles que se diz serem a sua essência, o que põe em causa as referências do meio em que vivemos. Pensemos no casamento tipo golpe do baú, no casamento entre o estudante de vinte anos e a velhota que lhe subaluga o quarto, no casamento para sair finalmente da casa dos pais, ...
7. "(...) não é necessário pôr em causa as nossas referências nem baralhar os nossos pobres espíritos. Nem – já agora – complicar a vida aos pobres jornalistas, pondo-os a pensar se estará certo dizer ‘o ex-marido de Jorge Nuno de Sá’."
"baralhar os nossos pobres espíritos" e "complicar a vida aos pobres jornalistas, pondo-os a pensar"
Homem, porque não avisou logo no princípio? Poupava-me o trabalho de o levar a sério!
Helena Araújo no blog "2 Dedos de Conversa"
terça-feira, 23 de agosto de 2011
BARRADO NO CINCO DIAS
(A propósito da nomeação dum blogger do 5 Dias para o Gabinete do ministro Relvas)
Para que fique claro, não me estou a queixar. Tem o Cinco Dias todo o direito de não publicar os comentários que entender, como eu tenho todo o direito de aqui falar nisso. No Essência também não publicamos tudo, embora na propria caixa de comentários anunciemos que não publicámos e indiquemos a razão, normalmente por linguagem ofensiva e/ou acusações graves não fundamentadas contra terceiros.
Mas vamos aos factos que estão na origem da coisa. Tomei conhecimento através deste post do 5 Dias que um dos seus mais destacados autores foi nomeado para o Gabinete do ministro Relvas, aparentemente para um daqueles lugares de spin habituais nos Gabinetes dos ministros de maior peso político. A si a coisa não o surpreende? A mim surpreendeu, daí ter lá deixado este comentário (que foi publicado) de 3 letras: "WTF?".
A seguir o próprio visado faz também um post sobre o assunto, e é em resposta ao dito colaborador do Gabinete do ministro Relvas num comentário em que afirma "vou servir a função pública (...) deveria recusar em nome de quê?", que deixei o seguinte comentário não publicado (citação de cabeça) :
"Vai servir a função publica? É que a ideia que fica é que vai colaborar na propaganda do Governo. Se for este o caso pela minha parte, por razões óbvias, só faço votos para que a coisa lhe corra o pior possível. Em qualquer dos casos, se se sente bem no papel, acho que não há de facto nenhum motivo para recusar".
Concordo que o comentário possa ser desagradável para o visado, mas não vejo francamente motivo para ser barrado, até porque como digo (sem ironia) no comentário, e aqui mais miudamente reafirmo, não vejo nada de ilegal ou imoral na nomeação ou na aceitação do cargo. Como também não vejo que alguém possa ficar ofendido por, pela minha parte, fazer votos para que a propaganda do ministro Relvas seja o mais ineficaz possível.
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segunda-feira, 22 de agosto de 2011
Respeitinho, Senão...
HÁ UMA semana atrás, Daniel Oliveira, num artigo publicado no semanário EXPRESSO, foi muito contundente com Alexandre Soares dos Santos, presidente da Jerónimo Martins (Pingo Doce), ao comentar a iniciativa que aquele grupo ia levar a cabo, criando uma estrutura de apoio aos seus funcionários em dificuldades, dando uma ajuda com mercearias e promovendo formação adequada, para que eles enfrentassem com mais discernimento e acuidade, os problemas relacionados com a gestão das suas economias domésticas, ao mesmo tempo que lhes continuava a pagar salários miseráveis. Ficavam assim saldadas as contas, e daí lavava as mãos.
Esta semana o mesmo semanário EXPRESSO, publicou um texto, ao abrigo do direito de resposta, da autoria do administrador-delegado da Jerónimo Martins, Pedro Soares dos Santos, em que brada contra as calúnias insidiosas e desanca no Daniel Oliveira, ameaça com os tribunais, sugere que os trabalhadores do grupo até são livres de escolher outro patrão (não fossem as limitações impostas pela actual crise de emprego), repreende quem critica sem ter dado provas, fazendo tanto ou melhor que os outros em dada matéria, e outras coisas assim, arremete contra quem usa e abusa da liberdade de imprensa e de opinião (não há direito!), para denegrir e enxovalhar a obra, o bom nome e a dignidade das pessoas, contudo, acaba por não desmentir nem acrescentar nada de novo ao que ficou dito, deixando a ideia de que as opiniões só são boas quando se comparam a elogios, e podem ser usadas como publicidade. Está visto! Apenas não gostaram que se falasse deles.
sexta-feira, 19 de agosto de 2011
19 DE AGOSTO DE 1989 NA URSS
Gorbatchov diz que erro foi ir de férias. Ele ou os 19 milhões de membros do PCUS?
Diz um comunicado do PCP sobre os acontecimentos de 19 de Agosto de 1989 na URSS que se tratou dum "episódio mais da aguda luta que então se travava na União Soviética pelos destinos deste poderoso país multinacional e do seu sistema socialista". Este acontecimento chave da implosão da URSS foi segundo o comunicado do PCP "uma tentativa desesperada e fracassada de altos dirigentes do Partido e do Estado para impedir a desagregação da URSS".
Uma das minhas perplexidades é o que andavam, nesse mês de Agosto de aguda luta, a fazer os outros 19 milhões de membros do PCUS, enquanto alguns altos dirigentes se envolviam nas tais desesperadas tentativas? Será que, como Gorbatchov, foram também todos de férias?
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Assobiar para o Ar
ENTRE Janeiro e Maio deste ano, ALGUNS portugueses, por sinal os mais prósperos e endinheirados - e também os menos patriotas - continuaram a colocar os seus "pés-de-meia" a recato dos cobradores de impostos e de outros fenómenos do foro contributivo, transferindo-os para os paraísos fiscais, também conhecidos por "offshores". O Banco de Portugal apurou que os valores envolvidos nestas exportações de capitais rondarão os 1,32 mil milhões de euros, o que dá uma simpática média de 9 milhões de euros diários, representando um aumento de 700 por cento, relativamente a 2010. Quanto ao Governo, mais preocupado em manter-se submisso e nas boas graças da troika, e insensível para com as dificuldades que está a criar aos OUTROS portugueses, continua a assobiar para o ar, deixando que os milhões lhe passem mesmo ao lado, ao mesmo tempo que vai imaginando novas formas de extorquir mais fundos aos contribuintes do costume, os tais OUTROS portugueses que continuam a viver - dizem os economistas aparentados com o sistema - acima das suas possibilidades.
quarta-feira, 17 de agosto de 2011
SÓCRATES PROMETE, PASSOS CUMPRE
Ainda se lembra dos 150 000 postos de trabalho que Sócrates ia criar?
Quando já começava a descrer completamente deste Governo, ouço finalmente num telejornal uma medida que, apesar de não constar no programa de ajuda da Troika, pode de facto representar aquele raio de luz ao fundo do túnel porque todos os portugueses há tanto anseiam.
Enquanto que Sócrates prometia mais emprego, e aquilo que realmente vimos foi o desemprego crescer a um ritmo assustador, temos agora Passos Coelho, com um pequeno investimento, a criar duma assentada trabalho para 150000, ainda por cima numa zona tão martirizada pela desertificação como é o nordeste trasmontano.
É certo que a medida não vai ter qualquer repercussão positiva nas exportações, e o chamado valor acrescentado parece também não ser famoso, mas a beleza da coisa é que, tal como os estágios oferecidos por muitas empresas, tod@s vão trabalhar à borla, o que, para além de dever ser bom para a redução do défice, vai permitir ao Governo testar a viabilidade de generalizar de forma massiva a pratica já hoje muito popular de ter pessoal a trabalhar não apenas com salários de miséria, mas a custo totalmente zero.
terça-feira, 16 de agosto de 2011
PORTELA: LIGAÇÃO À ESTAÇÃO DE METRO DE MOSCAVIDE.
Na caixa de comentários do post Já que o Metro não vem à Portela... Qual a melhor maneira de ligar a Portela ao Metro? o nosso vizinho GNL deixou uma sugestão realmente pratica, eficiente, e amiga do ambiente para fazer a ligação da Portela à estação de metro de Moscavide: um tapete rolante em túnel.
Diz-nos Gustavo Neves-Lima que no Metro de Seoul viu tapetes rolantes mais extensos do que aquele que seria necessário para fazer a ligação da Portela à estação de metro de Moscavide, e muitos de nós já vimos também ligações por tapete rolante realmente bastante longos. Para melhor poder avaliar do que se está a falar neste caso, medi, com a ajuda do Google Maps, a distância que vai da estação da rua João Pinto Ribeiro em Moscavide ao Jardim Almeida Garrett da Portela, que, em linha recta, se fica por um pouco menos dum quilómetro, à volta de 900 metros.
Claro que uma solução destas teria custos iniciais relativamente elevados, mas a longo prazo talvez até fosse mais económica do que a ligação por transporte rodoviário. Os custos podiam ter a contrapartida do diferencial entre o passe L aplicável a Moscavide e o L1 aplicável à Portela. O controlo dos bilhetes e passes poderia ser feito à saída/entrada do tapete rolante na própria estação de Moscavide.
Como já se referia no post Metro e interface rodoviário em Moscavide: Melhorar a mobilidade na parte oriental do concelho de Loures, numa altura em que já não falta muito para a entrada em funcionamento da extensão da linha Vermelha do Metro, o que nos parece importante é que, aproveitando as ideias já adiantadas e outras que certamente surgirão, os moradores da Portela e os seus representantes autárquicos, da Junta de Freguesia e da Câmara de Loures, procurem em conjunto com as empresas de transporte (Metro e/ou Carris) uma solução pratica, eficiente, e exequível, que contribua para melhorar a mobilidade dos que aqui moram.
domingo, 14 de agosto de 2011
Motins em Inglaterra
CRIME, CASTIGO, E VINGANÇA.
Como talvez já tenham visto nas notícias as Magistrates Courts (tribunais de pequena instância em Inglaterra) têm andado atarefadíssimas a julgar todos os detidos no decorrer dos motins, os identificados através das câmaras de vigilância (ubíquas em Londres e outras cidades do reino) ou denunciados pelos vizinhos.
Os julgamentos não se restringem a quem agrediu e pilhou, incluem igualmente outras casos como o de Ursula Nevin, jovem mãe de 2 crianças, que não só não participou nos motins como nem andou por lá perto, condenada a 5 meses de prisão por ter aceite um par de calções roubados nas pilhagens por outro hóspede da casa onde vive.
Claro que na mesma Inglaterra quando se trata de cidadãos respeitáveis a bitola da Justiça é radicalmente diferente, por exemplo nem um único beneficiário do saque ao dinheiro publico conhecido como expenses scandal chegou sequer perto dum tribunal, quanto mais ser condenado, apesar das importâncias envolvidas serem muito superiores a milhares de pares de calções.
Sob o manto diáfano da Justiça, o que está a acontecer nas Magistrates Courts, vai muito para além de sancionar quem cometeu ilícitos, trata-se sim duma vergonhosa vingança do Poder sobre os amotinados deste Agosto de 2011, tenham eles incendiado, agredido, roubado um par de sapatilhas, ou apenas vindo para a rua exprimir o seu descontentamento e revolta.
Dos casos ouvidos até ontem nas Magistrates Courts, dos acusados de crimes violentos 60% ficaram em prisão preventiva quando a média de prisões preventivas nestes casos é de 10%. No total dos ouvidos 50% ficaram igualmente em prisão preventiva, sendo que a média de preventivas nestes tribunais é de apenas 3,5%.
Entretanto a Câmara Tory de Wandsworth, com o apoio do 1º ministro David Cameron, entregou na passada 6ª feira a primeira (de muitas que se vão seguir) ordem de despejo da habitação social à mãe dum jovem de 18 anos acusado de comportamento violento e roubo mas ainda não julgado.
Mais uma vez não se trata dum caso isolado, outras Câmara estão também a preparar ordens de despejo para famílias de jovens envolvidos nos motins, não se sabendo ainda se tal como no tempo dos Távoras a vingança atingirá todos os membros da família até ao 3º grau, ou se apenas querem despejar os parentes mais próximos.
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sexta-feira, 12 de agosto de 2011
MOTINS E SAQUES EM INGLATERRA
Deputado apanhado a abotoar-se com TV de plasma e cama de couro.
A comunicação social, a blogosfera de direita e arrastados do costume, não têm poupado condenações e moralismo para os jovens que se aproveitaram dos motins para pilharem lojas daqueles artigos da moda como smartphones e TVs de plasma. Só se esquecem de dizer que o exemplo vem de cima.
E não pense que Jim Sheridan é um caso isolado. Em termos relativos, é muitíssimo maior a percentagem de deputados envolvidos no que ficou conhecido por expenses scandal, a lista é de facto impressionante, do que a percentagem de jovens ingleses envolvidos nas pilhagens.
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quinta-feira, 11 de agosto de 2011
MOTINS EM INGLATERRA
Para o New Statesman a preocupação é o crime juvenil e as famílias desfeitas.
Este artigo no site do New Statesman (em tempos uma influente e respeitada publicação da esquerda socialista) , é o primeiro escrito da esquerda britânica sobre os acontecimentos dos últimos dias em que ponho a vista em cima.
Apesar duma abertura algo promissora "A terrível rapidez com que a violência se propagou sugere um sentimento complexo e profundo de alienação social", o artigo prossegue com uma série de considerações habituais nestes casos, para acabar por se ficar pela constatação de que "a criminalidade juvenil é um problema dos países desenvolvidos e que assume maior gravidade nas sociedades em que o fosso entre ricos e pobres é maior" (Reino Unido e Portugal são na Europa os países que apresentam maiores desigualdades entre ricos e pobres).
Soluções? "O partido Trabalhista e a esquerda em geral devem prestar maior atenção aos factores culturais - em especial à desagregação familiar - que muitas vezes têm sido subestimados". O que irão propor para promover a estabilidade da família é que me deixa intrigado. Aumentar o numero de conselheiros matrimoniais?
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quarta-feira, 10 de agosto de 2011
O fascismo é uma minhoca que se infiltra na maçã.
Ou vem com botas cardadas ou com pézinhos de lã.
The london vigilante support group no Facebook.
Com o apoio da EDL, English Defense League, muito activa nestes dias: "Apoiantes da EDL já tomaram posição nas ruas para ajudar a defender as suas comunidades e prepararem-se para as operações de limpeza que se devem seguir aos dias de tumultos e saques. Já temos membros a organizar-se em Londres, Manchester, Liverpool, Birmingham e Norwich, e a planear os esforços em Bristol, Leeds, Wolverhampton, Salford, Nottingham, Leicester e Hull. Queremos proteger empresas locais através de uma forte presença física, e desencorajar os desordeiros a concentrarem-se nos centros das nossas cidades."
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domingo, 7 de agosto de 2011
Acredite se Quiser
Artigo de opinião de Manuel António Pina, publicado no JORNAL DE NOTÍCIAS em 3 de Agosto de 2011. O título do post respeita o título do artigo.
«O ACTUAL Governo começa a parecer-se de mais com uma comissão liquidatária do património do Estado a preços de saldo (e com os contribuintes a financiar os compradores).
A eliminação das "golden shares" a troco de nem um cêntimo não foi outra coisa senão uma escandalosa liberalidade ao capital privado. E não se diga que foi imposição da "troika" pois a "imposição" foi aceite, é bom não esquecê-lo, por PSD, CDS e PS e apesar de Alemanha, França, Reino Unido, Itália, Irlanda, Grécia, Finlândia, Bélgica e Polónia continuarem a manter "golden shares" em empresas estratégicas (provavelmente terão é governos menos servis).
O BPN será, por sua vez, "vendido" ao BIC com o Estado a suportar os encargos dos despedimentos e ter que nele meter ainda mais 550 milhões, além dos 2,4 mil milhões que já lá estão. Tudo por... 40 milhões.
Seguir-se-ão os transportes, as estruturas aeroportuárias, os Correios, a água... O processo será o mesmo dos transportes: primeiro limpam-se os passivos das empresas à custa dos contribuintes (os aumentos "colossais" das tarifas dos transportes públicos dão uma ideia do que está para vir) depois são entregues de bandeja ao capital privado.
Para isso, o Orçamento Rectificativo agora apresentado na AR prevê 12 mil milhões para a banca mais um aumento de 20 para 35 mil milhões em garantias. Assim não faltarão à banca dinheiro nem garantias do Estado para ir aos saldos do Estado.»
Meu comentário: Aguardo, na expectativa, que os cidadãos se comecem a indignar, porque o que está a ser feito não tem por objectivo desendividar o país, mas sim entregar o património nacional aos usurários do costume, continuando a crescer a factura da dívida e a deixar definhar a economia nacional, em prejuízo de quem vive do trabalho, com baixos salários, precariedade e exploração até ao tutano, isto enquando trabalho houver. E quando esse deixar de haver, os desempregados para terem direito ao subsídio - que é um produto dos seus descontos - vão ter que desempenhar trabalho gratuito (a ver vamos) nas instituições de solidariedade social, senão mesmo nas empresas do sector privado, à boa maneira da residual escravatura do século XIX, praticada nos campos de algodão da Virgínia e do Mississipi, ou nas explorações e engenhos de cana do açúcar no Brasil. Quem nos governa é insensível. Nem sequer tem a curiosidade de assomar às janelas pela noite dentro - pois andam pelos concertos, pelas recepções, pelas “vernissages” - e não têm oportunidade de se confrontarem com quem anda a respigar nos caixotes do lixo, na mira de uns trocos, sabe-se lá porquê e para quê. Ah, é verdade! Não convém esquecer as pessoas que em estado de necessidade vão passar a dispor, gratuitamente, penso eu, de medicamentos no limite do prazo de validade. O Estado, substitui-se ao caixote do lixo, ao contentor, à lixeira e ao aterro sanitário. Enfim, caricaturas desenhadas por economistas sedentos de protagonismo, que nada têm a ver com “estado social”, nem com “estado assistencial”; antes tem a ver, nesta Europa dos 27, com um rascunho de projecto de“estado demencial”, isto para não lhe chamar “estado de sítio”.
«O ACTUAL Governo começa a parecer-se de mais com uma comissão liquidatária do património do Estado a preços de saldo (e com os contribuintes a financiar os compradores).
A eliminação das "golden shares" a troco de nem um cêntimo não foi outra coisa senão uma escandalosa liberalidade ao capital privado. E não se diga que foi imposição da "troika" pois a "imposição" foi aceite, é bom não esquecê-lo, por PSD, CDS e PS e apesar de Alemanha, França, Reino Unido, Itália, Irlanda, Grécia, Finlândia, Bélgica e Polónia continuarem a manter "golden shares" em empresas estratégicas (provavelmente terão é governos menos servis).
O BPN será, por sua vez, "vendido" ao BIC com o Estado a suportar os encargos dos despedimentos e ter que nele meter ainda mais 550 milhões, além dos 2,4 mil milhões que já lá estão. Tudo por... 40 milhões.
Seguir-se-ão os transportes, as estruturas aeroportuárias, os Correios, a água... O processo será o mesmo dos transportes: primeiro limpam-se os passivos das empresas à custa dos contribuintes (os aumentos "colossais" das tarifas dos transportes públicos dão uma ideia do que está para vir) depois são entregues de bandeja ao capital privado.
Para isso, o Orçamento Rectificativo agora apresentado na AR prevê 12 mil milhões para a banca mais um aumento de 20 para 35 mil milhões em garantias. Assim não faltarão à banca dinheiro nem garantias do Estado para ir aos saldos do Estado.»
Meu comentário: Aguardo, na expectativa, que os cidadãos se comecem a indignar, porque o que está a ser feito não tem por objectivo desendividar o país, mas sim entregar o património nacional aos usurários do costume, continuando a crescer a factura da dívida e a deixar definhar a economia nacional, em prejuízo de quem vive do trabalho, com baixos salários, precariedade e exploração até ao tutano, isto enquando trabalho houver. E quando esse deixar de haver, os desempregados para terem direito ao subsídio - que é um produto dos seus descontos - vão ter que desempenhar trabalho gratuito (a ver vamos) nas instituições de solidariedade social, senão mesmo nas empresas do sector privado, à boa maneira da residual escravatura do século XIX, praticada nos campos de algodão da Virgínia e do Mississipi, ou nas explorações e engenhos de cana do açúcar no Brasil. Quem nos governa é insensível. Nem sequer tem a curiosidade de assomar às janelas pela noite dentro - pois andam pelos concertos, pelas recepções, pelas “vernissages” - e não têm oportunidade de se confrontarem com quem anda a respigar nos caixotes do lixo, na mira de uns trocos, sabe-se lá porquê e para quê. Ah, é verdade! Não convém esquecer as pessoas que em estado de necessidade vão passar a dispor, gratuitamente, penso eu, de medicamentos no limite do prazo de validade. O Estado, substitui-se ao caixote do lixo, ao contentor, à lixeira e ao aterro sanitário. Enfim, caricaturas desenhadas por economistas sedentos de protagonismo, que nada têm a ver com “estado social”, nem com “estado assistencial”; antes tem a ver, nesta Europa dos 27, com um rascunho de projecto de“estado demencial”, isto para não lhe chamar “estado de sítio”.
sexta-feira, 5 de agosto de 2011
POBRES ARE US
Nova campanha do ministro Álvaro para turistas virem ver como gostamos dos pobrezinhos em Portugal.
Depois da campanha para os reformados do norte da Europa virem viver para Portugal, o cromo do neo liberalismo tuga que o Pedro botou na Economia está a estudar uma nova campanha para turistas, de países onde há muito deixou de haver pessoal de mão estendida à caridade, virem a Portugal constatar o sucesso dos governos PS e PSD em recriar de novo no país a casta de pobres de que o pessoal rico já tanta falta sentia.
Como exemplo dos eventos que farão parte do programa, o professor do Canadá adiantou já visitas guiada aos locais onde se tomam as medidas que nos deixam cada vez mais nas lonas: São Bento, Belém, Praça de Londres, Terreiro do Paço, e claro Rua da Horta Seca onde os turistas receberão 60 cêntimos para ir beber cerveja e comer bolos e o Álvaro, himself, aplicará uma dose de protector solar a duas reformadas do norte da Europa, como forma de as cativar a vir morar para cá de vez.
O programa, que continua aberto a sugestões de todos os ministros, e tias da Quinta da Marinha, incluirá ainda, sob o alto patrocínio do mísero professor que ganhou 147 500 euros no negócio das acções do BPN, almoços servidos nas traseiras de restaurantes com os restos da comida do dia anterior, e jantares no Pingo Doce do Jerónimo Martins que generosamente criou um programa de apoio à alimentação a 1100 dos seus trabalhadores que já estão a passar fome devido aos salários de miséria pagos pelo caritativo patrão, seguidos de distribuição de medicamentos em fim de prazo para todos os conjugues candidatos a viuv@.
Os turistas podem ainda deixar os filhos nas creches onde o ministro Mota do CDS quer meter 30 putos em salas feitas para 20, o que deixará os progenitores turistas mais libertos para apreciarem devidamente a refinada experiência de retorno ao genuíno espírito caritativo da Idade Média.
Para os que curtem cenas radicais podem sempre pôr à prova a resistência do seu aparelho digestivo nos refeitórios das IPSS, agora sem fiscalização da ASAE, e vão ser duplicados os lugares de pernoita à porta da estação de Santa Apolónia, com direito à sopinha da noite, versão lusa das meals on wheels.
terça-feira, 2 de agosto de 2011
GOVERNO VAI APOIAR FAMÍLIAS CARENCIADAS
Lá vai o pessoal espatifar os 60 cêntimos a beber cerveja e a comer doces...
"O Governo vai destinar 5 milhões de euros de apoio às famílias vulneráveis, nomeadamente na eletricidade e no gás", estando "prevista uma tarifa social para pessoas de menores rendimentos e esperamos que a tarifa social de eletricidade abranja 700 mil famílias e que a tarifa social de gás abranja 150 mil famílias", anunciou o cromo do neoliberalismo tuga que o Pedro botou no ministério da Economia.
Dividindo os 5 milhões de euros, por 12 meses e 700 mil familias, resulta um apoio de 60 cêntimos por mês. Espera-se agora que o pessoal atribua o devido valor a este Colossal esforço do Governo em tempo de Crise, dê aos 60 cêntimos uma utilização responsável e sobretudo não vá, como dizia a ex-deputada do PSD, espatifar o dinheiro todo "a beber cerveja e a comer doces".
segunda-feira, 1 de agosto de 2011
Receita dos governos dos últimos 30 anos: vender barato aos amigos e nacionalizar os seus prejuízos
SUBSCREVO e passo a transcrever o post (e o título) de Tiago Mota Saraiva, publicado no blog 5DIAS.net em 1 de Agosto de 2011
«A “venda” do BPN que hoje se anuncia é um roubo.
A coisa era gerida entre cavaquistas e conhecidos “socialistas” com vontade de se alambazar com o bloco central. Distribuíam-se grandes casas e juros impossíveis de pagar. Assim que a bolha se tornou incomportável, PS/PSD/CDS decidiram que todos a devíamos assumir, mantendo a parte rentável do banco nas mãos dos seus amigos especuladores. Ainda não se sabe bem quanto é que terá sido o dinheiro que todos tivemos de pagar pela rambóia – o [jornal] PÚBLICO garante que já pagámos 2,4 mil milhões de euros (três vezes a receita prevista com o corte no 13º mês).
Hoje anuncia-se que o banco retornará às mãos de cavaquistas com 830 trabalhadores a menos – devidamente despedidos e indemnizados, que cobrirá os ridículos 40 milhões que pagarão por recuperar o banco limpinho de dívidas.
Se a gestão do banco foi criminosa, a nacionalização dos seus prejuízos, proposta e aprovada pelo bloco central dos interesses, também o foi.»
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