sexta-feira, 5 de agosto de 2011

POBRES ARE US
Nova campanha do ministro Álvaro para turistas virem ver como gostamos dos pobrezinhos em Portugal.


Depois da campanha para os reformados do norte da Europa virem viver para Portugal, o cromo do neo liberalismo tuga que o Pedro botou na Economia está a estudar uma nova campanha para turistas, de países onde há muito deixou de haver pessoal de mão estendida à caridade, virem a Portugal constatar o sucesso dos governos PS e PSD em recriar de novo no país a casta de pobres de que o pessoal rico já tanta falta sentia.

Como exemplo dos eventos que farão parte do programa, o professor do Canadá adiantou já visitas guiada aos locais onde se tomam as medidas que nos deixam cada vez mais nas lonas: São Bento, Belém, Praça de Londres, Terreiro do Paço, e claro Rua da Horta Seca onde os turistas receberão 60 cêntimos para ir beber cerveja e comer bolos e o Álvaro, himself, aplicará uma dose de protector solar a duas reformadas do norte da Europa, como forma de as cativar a vir morar para cá de vez.

O programa, que continua aberto a sugestões de todos os ministros, e tias da Quinta da Marinha, incluirá ainda, sob o alto patrocínio do mísero professor que ganhou 147 500 euros no negócio das acções do BPN, almoços servidos nas traseiras de restaurantes com os restos da comida do dia anterior, e jantares no Pingo Doce do Jerónimo Martins que generosamente criou um programa de apoio à alimentação a 1100 dos seus trabalhadores que já estão a passar fome devido aos salários de miséria pagos pelo caritativo patrão, seguidos de distribuição de medicamentos em fim de prazo para todos os conjugues candidatos a viuv@.

Os turistas podem ainda deixar os filhos nas creches onde o ministro Mota do CDS quer meter 30 putos em salas feitas para 20, o que deixará os progenitores turistas mais libertos para apreciarem devidamente a refinada experiência de retorno ao genuíno espírito caritativo da Idade Média.

Para os que curtem cenas radicais podem sempre pôr à prova a resistência do seu aparelho digestivo nos refeitórios das IPSS, agora sem fiscalização da ASAE, e vão ser duplicados os lugares de pernoita à porta da estação de Santa Apolónia, com direito à sopinha da noite, versão lusa das meals on wheels.

3 comentários:

  1. Nem com ironia à mistura fico menos deprimido. Era isto que TODOS os que votaram nesta gentinha queriam? Será que vamos permitir que isto continue por muito mais tempo?

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  2. Dentro deste espírito assistencial/caritativo o ministro Mota acaba de apresentar um programa que
    "no primeiro ano, esperamos alocar cerca de 400 milhões de euros”, sendo que o referido projecto vai "apoiar três milhões de portugueses".

    Dividindo os 400 milhões de euros por três milhões de pobres dá 133 euros por ano, cerca de 11,1 euros por mês.

    De ter ainda em conta que parte dos tais 400 milhões são REAFECTAÇÕES, o que quer dizer que há outros subsídios que vão ser reduzidos ou acabar.

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  3. Ou como diz o José Barata Moura, Vamos brincar à caridadezinha:
    http://www.youtube.com/watch?v=VDNjIuY1Z2w&feature=share

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