quarta-feira, 22 de dezembro de 2010
A ÉTICA REPUBLICANA JÁ TEVE MELHORES DIAS.
Num comentário a um post sobre a utilização do tema da pobreza nas actuais eleições para a Presidência da República, um friend no FB insurgia-se contra as mordomias de que gozam os ocupantes daquele cargo de topo do Estado.
O que me trouxe à memória ter ouvido, já faz tempo numa viagem do eléctrico 28 para a Estrela, que Teófilo Braga foi também utente regular daquela carreira, de 1910 a 1911, nas suas deslocações diárias para São Bento onde desempenhava as funções de Chefe de Estado.
Mesmo em tempos menos recuados, num daqueles domingos em que não há nada para fazer e se acaba a tarde nos pastéis de Belém, cruzei-me uma vez com o general Eanes, então PR, a sair do Palácio de Belém ao volante do seu despretensioso carro pessoal, sem segurança nem escolta.
Mas voltando a Teófilo Braga, quando andava a tentar confirmar aquela estória na Net, o que não consegui, encontrei outra que me pareceu ainda mais interessante: os inquilinos do Palácio de Belém, residência oficial do Presidente da República a partir de 1911, pagavam renda ao Estado para residirem no palácio, para não serem acusados de gozarem de privilégios.
Que diferença com o comportamento ético de grande parte dos actuais políticos. Por isso, e não é difícil perceber porquê, este foi mais um tema, a Ética Republicana, que ficou de fora das desenxabidas comemorações do Centenário da República, ou do debate nestas presidenciais.
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O 1º Presidente da República Manuel de Arriaga, foi eleito em 1911.
ResponderEliminarTeófilo Braga, Presidente do Governo Provisório, desempenhava as funções de Chefe de Estado e do Governo, que a partir de 1911, e de acordo com a nova Constituição, passariam a ter dois titulares, o Presidente da República e o 1º Ministro.
A Ética Republicana (e não só) diz que o serviço de cargos públicos e políticos, é para os seus detentores SERVIREM A COLECTIVIDADE, e não SERVIREM-SE DA COLECTIVIDADE.
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