O SERVIÇO de Utilização Comum dos Hospitais (SUCH), tutelado pelo Ministério da Saúde, pagou a três consultoras (CapGemini, Accenture e SGG Deloitte), contratadas sem concurso público, até ao final de 2009, mais de 21 milhões de euros, pelo seu envolvimento na constituição de três unidades de serviços partilhados, sem qualquer estudo prévio de viabilidade económico-financeira. Como milagres é coisa cada vez mais escassa, veio a verificar-se a falência do modelo, o que gerou um prejuízo quatro vezes superior ao registado nesse ano por aquele organismo.
Depois disto, quase que garanto que alguém, sem puxar muito pela cabeça, terá sugerido uma solução, simples e escorreita, para compensar as perdas sofridas e voltar tudo ao seu lugar: como o povo é próspero, sereno e compreensivo, de uma penada, aumentavam-se as taxas moderadoras e reduziam-se as isenções das mesmas. Ora, como já foi prometido, a solução vai entrar em vigor no dia 1 de Janeiro de 2011, pondo o povo a solucionar mais aquele respeitável cambalacho.
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