ESPERO bem que a prometida dose de metadona que Sócrates quer injectar no BPN, no valor de 500 milhões, sofra um acidente de percurso, na sua passagem pela Assembleia da República, onde devem ser apreendidas as seringas e as “doses” de Natal com que o governo quer obsequiar a quadrilha dos “amigos” e dos “queridos adversários”.
Depois de José Sócrates ter cometido um erro crasso (dizem que o erro foi deliberado), ao nacionalizar uma instituição bancária gerida por salteadores, que era um gritante e escandaloso caso de polícia, e todos os responsáveis e cúmplices pela extorsão andarem à solta, não tendo sido chamados a contribuir com um único cêntimo, para as falhadas tentativas de reabilitação da instituição, acabando aquelas por recair, na sua totalidade, sobre os ombros dos contribuintes, prepara-se agora, de forma quase clandestina, mais um suculento manjar para a goela do monstro. Na verdade, estes 500 milhões não passam de mais uma “doação”, destinada a salvar os interesses de alguns poucos, super-protegidos por figuras das altas instâncias (Presidente da República incluído, o homem que se gaba de já ter salvo Portugal umas poucas de vezes), dizem que a nata dos investidores, tudo gente fina, com quem o governo gosta de trocar favores e manter boas relações, contribuindo para o descrédito da classe política.
Por cá faz falta um juiz da estirpe de um Baltazar Garzón, disposto a usar grandes medidas para grandes casos. A solução do caso BPN (e também do BPP) devia começar com a emissão de alguns mandatos de captura, a começar pelo maior cúmplice da vigarice, um “foragido” de nome Victor Constâncio, que se foi acoitar nos gabinetes dourados do Banco Central Europeu (BCE).
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