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No Publico de ontem Ana Benavente faz um retrato arrasador do Governo e direcção do PS, destacando, com toda a razão, a sua submissão ao neo liberalismo triunfante no que, digo eu, não passam de mais uns tristes seguidores da dupla Thachter/Blair, e demais discípulos do "socialismo moderno".
No fundo a social democracia dos nossos dias limita-se a prosseguir, de forma revista, aumentada, e actualizada, a sua vocação original e nunca renegada: a fiel defesa e, quando a deixam, cogestão do sistema capitalista.
Agora claro com consequências mais gravosas para os trabalhadores, pois longe vão os tempos em que o capitalismo, confrontado com a pressão do "perigo vermelho", se via na necessidade de aceitar formas mitigadas de concertação social, e pôr de pé e gerir o, agora em processo de desmantelamento, Estado Social.
Mas nunca é tarde para perceber o sarilho em que estamos (quase) todos metidos, e só faço votos para que Ana Benavente, e outros socialistas que ainda lá andem pelo PS se decidam a agir em conformidade com aquilo que muitos deles sentem, e alguns, poucos, já vão dizendo.
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