NA SEMANA em que o número de desempregados atingiu os 11,1% (619.000 trabalhadores, fora os que não contam para as estatísticas porque já não recebem ou nunca receberam subsídio, o que eleva a taxa para 13,5%, afectando 760.000 pessoas), veio o secretário de estado do Trabalho, um tal de Valter Lemos, que se notabilizou no ministério da Educação do anterior governo PS por algumas tiradas notáveis, mostrar-se surpreendido com os números e contrapor que, apesar do aumento do desemprego, o número de inscritos nos Centro de Emprego baixou, ou melhor, está em “desaceleração”, o que é um óptimo sinal. Como diria o meu amigo Z.A., tanta confiança (ou falta de informação) deve ser resultante de ter chegado agora de alguma visita oficial à Canzânia. Entretanto, não satisfeito com o seu optimismo e contrariando as afirmações do próprio governador do Banco de Portugal, este “especialista” descartou a possibilidade de o país entrar em recessão económica (parece que já está), que como se sabe é potenciador de desemprego, pois, diz ele, as exportações estão a carburar bem e foram eleitas a alma da nossa recuperação económica.
Já existiam os fenómenos do Entroncamento, agora, para que fique mais composta a extraordinária segunda governação do engenheiro incompleto, estamos confrontados com um novo fenómeno, este localizado em Lisboa, mais exactamente na Praça de Londres, no edifício do Ministério do Trabalho (também conhecido por ministério do desemprego).
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