segunda-feira, 16 de julho de 2012
EQUIDADE À BURLÃO PASSOS
Ou como o Governo PSD/CDS reparte os sacrifícios entre os rendimentos do trabalho e do capital.
A propósito das declarações do Presidente do Tribunal de Contas, que veio lembrar que no Acórdão que declara a inconstitucionalidade do corte dos subsídios de Férias e de Natal, a expressão detentores de rendimentos se refere tanto a rendimentos do trabalho como do capital, logo apareceu Passos Coelho num ecrã de TV a dizer que a equidade nos sacrifícios pedidos aos detentores de rendimentos do capital já estava assegurada visto o IRC, imposto sobre o rendimento dos capitais, ter subido de 20 para 25%, ou seja um aumento de 25%.
Vejamos então como é que se esse aumento se compara com os sacrifícios impostos a um casal de reformados (que por acaso até tenham ambos trabalhado toda sua vida no privado), um com uma reforma de 1000 euros, e outro com uma de 800 euros. Se não tiver quaisquer deduções, o casal teria de pagar por ano 1840 euros de IRS. Se somarmos a isto o confisco do 13º e 14º mês, o casal vê o seu contributo agravado em mais 3600 euros, ou seja mais cerca de 200%; passam a descontar o triplo.
Portanto para Passos equidade dos sacrifícios é os rendimentos do capital serem agravados 25%, e os dum casal de reformados 200%.
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Sem contar que os reformados não podem utilizar qualquer esquema da fiscalidade agressiva de que falava João Salgueiro (http://dinheirodigital.sapo.pt/news.asp?section_id=&id_news=73485)
ResponderEliminarTem toda a razão, para a maioria das empresas, especialmente as grandes, 25% é um numero teórico. Na pratica pagam sempre muito menos.
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