Cavaco Silva diz que o Portugal uno e indivisível (ou melhor, deveria ter dito, que o triunvirato constituído pelo PSD-CDS/PP e PS), tem que cumprir os compromissos que assumiu com a troika do FMI-CE-BCE, mas esqueceu-se de lembrar que os governantes não têm cumprido as promessas e os compromissos que sistemáticamente costumam assumir com os portugueses, na altura de eleições, e não só.
Cavaco Silva diz que está muito preocupado e condoído com os portugueses que não irão contribuir para o imposto extraordinário, pois isso significa que não têm recursos para tal, nem para tudo o resto, só lhes restando irem até à Santa Casa ou à sopa dos pobres, como ele gosta de aconselhar, mas esqueceu-se, ou deixou voluntariamente de fora, todos os outros portugueses, que tendo bastos e fartos recursos, mais uma vez foram poupados e deixados de fora, dessa e de outras contribuições, tanto normais como extraordinárias.
Por essas e por outras, começa a questionar-se (mais vale tarde do que nunca) se Sua Abrangência será efectivamente o presidente de todos os portugueses, ou apenas de alguns.
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