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PORQUE os amigos são para as ocasiões, temos, portanto, um governo com fórmula reforçada, contribuindo para que os portugueses continuem despreocupados. Renegociar a dívida e incentivar a economia nacional não é coisa que se proponha, nem coisa que se discuta. Na Assembleia da República a proposta do PCP nesse sentido, levou com a “indignação” e os votos contra da “troika” PSD+CDS/PP+PS, e não se fala mais nisso (mas voltará, estou certo disso!). Concordar com a renegociação - dizem eles - seria o mesmo que equipararmo-nos à Grécia, desafiar os agiotas do BCE e as divindades do FMI, não honrar compromissos e comportarmo-nos como um parceiro rebelde e mal agradecido. Pois é, o remédio está aqui mesmo à mão, enquanto houver empresas para privatizar, património e pratas para vender, e os portugueses continuarem a ter calças para baixar, desemprego em abundância, banco contra a fome, cintos para apertar, salários, bolsos, carteiras e porta-moedas para serem esvaziados.
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