terça-feira, 31 de maio de 2011

Ele é mais tipo My Fair Lady
PASSOS NÃO QUER CÁ TRAGÉDIA GREGA.


O homem que teve nota positiva num casting do La Feria para a produção do My Fair Lady no Politema, não quer tragédia grega em Portugal, está mais na onda dos musicais.

Depois, é bom ter em conta, o ter sido escolhido num casting do tio Ângelo não é sequer qualificação para mordomo da troika e, pelo que vimos até agora, o mais certo é isto acabar tudo numa cegada, tipo revista à portuguesa ali para os lados do Parque Mayer.

O problema é que entretanto vai continuar a agravar-se a tragédia à portuguesa: dos que têm pensões de miséria, dos desempregados sem subsídio de desemprego, dos que não têm dinheiro para pagar a Saúde que se quer entregar a privados, dos que ficam de fora das Universidades por motivos económicos, dos jovens que têm de optar entre emigrar e uma vida de precários, enfim dos que trabalham e gostariam de fazer deste um país melhor.

Cuidado com as Imitações

FIXEM bem a cara destes senhores e senhoras (sobretudo o do canto superior esquerdo), e haja cuidado com as reciclagens e imitações, pois foram eles, entre outros aventureiros e inaptos, os derradeiros autores da desgraça do país e dos portugueses, para os próximos anos, e que não serão poucos. Têm tanto a ver com o socialismo como o vinho a martelo tem a ver com o Arinto de Bucelas.

segunda-feira, 30 de maio de 2011

Cromos do neo liberalismo tuga
O AVÔ PINTELHOS

A falar de pintelhos na SIC. Aqui numa sessão de Educação Sexual.

O homem que negociou os PECs e coordenou a redacção do Programa do PSD, ameaça: “Nós vamos ser muito mais radicais no nosso programa do que a troika, vamos ser muito mais radicais”.
Ainda vamos ter saudades do Teixeira que ajudou a levar o país à bancarrota.

sábado, 28 de maio de 2011

Este Fim-de-Semana em Sevilha

Um bom pretexto para revisitar Saramago.
Clique na imagem para aumentar.

"ESPERO QUE O SEU CURSO LHE SIRVA PARA MUITO"
Responde rancoroso o trol de Massamá à jovem que lhe "agradeceu" ter-lhe chamado ignorante.


POR FAVOR NÃO ALIMENTE ESTE TROL, VOTE NOUTRO GAJO QUALQUER

Na passagem do líder do PSD pelo mercado de Vila Real uma jovem acercou-se dele dizendo que lhe queria agradecer uma coisa: «Queria só agradecer-lhe ter-me chamado ignorante. Estou a frequentar um curso EFA (Novas Oportunidades) e sou a melhor aluna da minha turma», disse em alusão às declarações lamentáveis de Passos Coelho que classificou o programa Novas Oportunidades como «uma credenciação à ignorância».

Aí o trol de Massamá ainda balbuciou um "Eu não lhe chamei", mas logo de seguida, apercebendo-se da inutilidade da desculpa, embatucou, e em forma de despedida só conseguiu largar um rancoroso "ESPERO QUE O SEU CURSO LHE SIRVA PARA MUITO".

sexta-feira, 27 de maio de 2011

AFINAL QUEM É INTOLERANTE?
O PCP que evita confrontos e dialoga com os contra manifestantes, ou o PS que chama a PSP para identificar e prender?











A sempre invocada tolerância do PS foi chão que há muito deixou de dar uvas, e se em tempos é certo que o PCP dizia querer partir os dentes à reacção, afinal acaba por ser o que quando confrontado com protestos a perturbar a realização de comícios eleitorais, não parte para a violência nem para a repressão policial.

PAULO PORTAS CRITICA PS, PSD E CDS
“ninguém responde no sistema por aquilo que acontece e nem por aquilo que não acontece”.


Já viram aquela rábula do Paulo Portas na TV, em que cada um diz que a culpa é do outro? Quando o vídeo estiver disponível ponho aqui. Entretanto sempre podem ir lendo nos jornais esta sua, dele Portas, autocrítica ao sistema que nos desgoverna há mais de 35 anos: “ninguém responde no sistema por aquilo que acontece e nem por aquilo que não acontece”. Devia estar a pensar nos submarinos, nos sobreiros, e outras cenas macacas em que andou metido.

PASSOS PROPÕE REFERENDO AO 25 DE ABRIL
Basta um grupo de cidadãos pedir e, claro, depois de uma avaliação.


Ao 25 de Abril, ou ao Aborto, sei lá. O que tenho a certeza é se ainda resta por aí alguma coisa boa, ou menos má, o gajo está contra.

quarta-feira, 25 de maio de 2011

Apelo aos estudantes de Coimbra
(a propósito das manobras provocatórias a pretexto da defesa do património da Universidade)


"Que os estudantes de Coimbra - as duas dezenas de milhar de estudantes que não foram ontem à escadas monumentais protagonizar um triste espectáculo de arruaça e provocação política, e mesmo os que foram, pensando que estavam bem intencionados - reflictam sobre este acontecimento, sobre o que ele significa, sobre a História da Academia e sobre o papel da Associação Académica que é suposto representá-los.

(...)

É natural que alguns dos que estiveram ontem envolvidos na provocação à CDU não saibam a história toda daquelas escadas e da luta estudantil em Coimbra (antes e depois do 25 de Abril, antes e depois das lutas das propinas). Mas faço um apelo, que se informem e concluam que pintar as escadas monumentais com slogans que defendem os estudantes e o ensino superior público gratuito e de qualidade foi um profundo acto de respeito! Não para com as escadas, que são pedras, mas para com aquilo que de melhor já lá se passou, para com a Universidade, para com os estudantes, para com a Academia e para com a cidade de Coimbra. Foi um acto de propaganda legítima, mas também uma homenagem!

E foi também um grito de alerta para chamar a atenção que a política não passa apenas na televisão, como uma qualquer novela. Que a política é criatividade, é esforço pessoal, é generosidade e pode e deve ser feita por todos!

Aos estudantes e às gentes de Coimbra fica o apelo: reflictam… reflictam se vale a pena tentar calar aqueles que não se resignam à política espectáculo, à política “plástica” desprovida de ideias, ideais e sonhos.

Reflictam se é nos que insistem – como a CDU - num método de propaganda legal e legítimo, que está referenciado nos anais da História da Universidade de Coimbra e que inclusive faz parte do acervo que agora é candidato a património mundial, que está o perigo de destruição do património da Universidade, dos Estudantes, da AAC e da bonita cidade de Coimbra."

Ângelo Alves - 25.05.2011 (Texto integral e mais fotos no FaceBook)


ADENDA
A CDU COIMBRA no FaceBook informa que a Comissão Nacional de Eleições já emitiu um Parecer sobre este caso, em que entre outras considerações cita o o artigo 139.° da Lei n.° 14/79, de 16 de Maio:
"Aquele que roubar, furtar, destruir, rasgar ou por qualquer forma inutilizar, no todo ou em parte, ou tornar ilegível, o material de propaganda eleitoral afixado ou o desfigurar, ou colocar por cima dele qualquer material com o fim de o ocultar será punido com a pena de prisão até seis meses e multa de € 4,99 a € 49,88”

Os Vasos (in)Comunicantes da Comunicação Social Portuguesa

HÁ JÁ algum tempo que não compro jornais. Em Portugal, onde até a imprensa gratuita, se não foi já, está em vias de ir à falência, a maioria dos produtos que estão à venda são muito maus, demasiado parecidos uns com os outros, repletos de poluição publicitária, de sondagens encomendadas à dúzia, que são autênticas aberrações, e demasiado caros para forrarem o caixote do lixo. Para satisfazer a necessidade de andar, mais ou menos informado, bastam-me as miudezas oferecidas nas reduzidas edições on-line, livres de subscrição.
Se existe um problema com a comunicação social portuguesa, continuo convicto que o problema não reside nos jornalistas, propriamente ditos, mas sim nos responsáveis, escolhidos a dedo, muitos deles patogénicos apoiantes de quem está no poder, ou de quem é o detentor do jornal, os quais determinam as “orientações” editoriais que impõem nas redações, sob o capote da auto-censura.
Quanto às estações de rádio e televisão, mais coisa, menos coisa, seguem o mesmo catecismo, com a agravante de contribuírem, 24 sobre 24 horas, para o generalizada apatia e embrutecimento das audiências, onde a primazia da concursivite, das histórias de faca e alguidar e da actividade desportiva, com grande destaque para o futebol (perdoem-me os adeptos), contribui para o generalizado ambiente desinformativo.

Quando me reformar volto para o concelho de Loures, ao menos não me faltarão Sessões de Esclarecimento da CDU.






terça-feira, 24 de maio de 2011

SONDAGENS: O MILAGRE DA MULTIPLICAÇÃO DAS INTENÇÕES DE VOTO
17% dizem que vão votar PS, e 17% PSD, mas depois dizem-nos que cada um tem 36%


Já aqui tinha falado da diferença entre O que dizem que as sondagens dizem, e o que realmente dizem as sondagens, situação que se repete também na sondagem há pouco divulgada na RTP1, mas o que quero destacar hoje é que apesar de estarmos a menos de duas semanas das eleições, e com toda a encenação de "disputa eleitoral" montada pelos dois maiores partidos da troika, o facto é que o pessoal parece estar renitente em render-se à inevitabilidade que nos querem impingir.

No princípio de Abril, PS mais PSD tinham no conjunto 29% das intenções de voto. Agora em finais de Maio, à beira das eleições, não conseguem melhor que 34%, cerca de um terço somando os dois. Parece que o Povo não está assim tão fácil de convencer como nos querem fazer crer.

Dois dias depois e ainda não percebi o que me deixou mais deprimido, se o Comício no Jardim Amália Rodrigues, se a Acampada no Rossio.


Pois é, se aqui há uns tempos me dissessem que ainda acabava a assistir a um comício no Jardim Amália Rodrigues, teria respondido que era impossível algum dia apanharem-me em iniciativas do CDS, mas o mundo dá tantas voltas que afinal é a CDU que abre a campanha eleitoral com um comício patriótico no jardim da fadista.

Enfim, para desanuviar, e procurar a companhia de malta mais nova, rumei ao Rossio mas, mesmo com o devido desconto que se deve a quem é jovem e pela aparência só agora começa a despertar para estas cenas, confesso que também não me fez nada bem assistir àquelas apartidarices democráticas.

segunda-feira, 23 de maio de 2011

Aos "socialistas modernos" é precisa uma pesada derrota para se lhes fazer um pouco de luz.


Uma pesada derrota e dois líderes depois, numa entrevista ao Guardian de sábado passado, o actual chefe do Labour britânico, Ed Miliband, dá sinais de começar a perceber finalmente que "para ganhar o seu antigo eleitorado o Labour precisa de admitir os seus erros do passado", que "é necessário humildade para admitir que as desigualdades, entre aqueles que estão no topo e todos os outros, cresceram durante o governo do Labour", e que apesar de de toda a propaganda em contrário "o padrão de vida dos votantes da classe média foi esmagado, tal como o das pessoas mais pobres".

Claro que estas reflexões chegam tarde de mais aqui para os socialistas modernos caseiros, e mesmo que tivessem chegado mais cedo, no estado catatónico em que o partido se encontra, o efeito teria sido o mesmo, isto é nenhum. A minha sugestão é que os que ainda acreditarem que poderá existir PS para além de Sócrates e do seu famigerado "socialismo moderno", guardem este link para ler no dia 6 de Junho.

sábado, 21 de maio de 2011

A Belíssima e Brava Militante

A BELÍSSIMA pianista e também ministra da cultura, Gabriela Canavilhas, mesmo em mera gestão corrente dos assuntos que lhe dizem respeito, fez publicar, pianíssimamente, num blog alojado e coordenado pelo Ministério da Cultura, excertos do programa eleitoral do PS. Diz ela que não retira o "objecto" porque não vê nenhum mal nisso, além de que o ministério, não é "apartidário" nem "independente" na visão e concepção ideológica da sua estratégia política. Coitada! Face a esta burlesca argumentação, gostava de saber o que é que a Comissão Nacional de Eleições pensa disto, pois os ministérios não são coutadas de caça ao voto, abertas aos partidos políticos portugueses, e muito menos aos que estão no poder. Provavelmente, à senhora, entre o dó e o si, nunca ninguém lhe explicou que a propaganda política é vocação dos partidos e outras organizações de cidadãos, e não dos órgãos de Estado, os quais apenas devem reflectir, em última análise, sobre os programas já consagrados e em execução, e não acarinhar promessas e intenções vindouras, de quem é o efémero detentor do poder.

CORTES NO SUBSÍDIO DE DESEMPREGO
Centros de Emprego não arranjam quem aceite estes empregos, e depois há uns desgraçados que se matam a trabalhar.



"Cerca de 20 administradores acumulavam funções em 30 ou mais empresas distintas, ocupando, em conjunto, mais de mil lugares de administração, entre eles os das sociedades cotadas", lê-se no relatório anual sobre o Governo das Sociedades Cotadas em Portugal, ontem divulgado pela Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM). O caso mais extremo refere-se a um administrador que pertencia aos órgãos de administração de 62 empresas.

Os dados são referentes ao ano de 2009, e demonstram que esta prática não é uma excepção: mais de 75% dos 426 administradores desempenhavam funções de administração em mais de uma empresa.

Por cada um destes lugares recebiam, em média, 297 mil euros por ano, ou, no caso de serem administradores executivos, 513 mil euros. O valor máximo registado para a remuneração média paga a este tipo de administradores foi de 2,5 mil milhões de euros e o valor médio mínimo foi de 49 mil euros.

Regalias quase exclusivas do sexo masculino e com mais de 50 anos, já que apenas 5,6% dos cargos de administração (25) eram exercidos por mulheres, enquanto a idade média dos administradores executivos era de 53,6 anos e a dos não executivos de 56,2 anos."

Jornal Económico

sexta-feira, 20 de maio de 2011

Métodos de Poupança

Eis uma pequeníssima amostra de algumas medidas propostas no acordo da troika do FMI-UE-BCE com o governo e os partidos PS, PSD e CDS-PP

- Reduzir as pensões acima de 1.500 Euros de acordo com a progressão aplicada aos salários do sector público em Janeiro de 2011 com o objectivo de conseguir poupanças de pelo menos 445 milhões de Euros;

- Reformar o subsídio de desemprego com base em medidas detalhadas mais abaixo no item “Mercado de trabalho e educação”, produzindo poupanças a médio prazo de 150 milhões de Euros;

- Rever e aumentar as taxas moderadoras do SNS através de uma revisão substancial das categorias de isenção existentes, incluindo uso mais rigoroso dos meios de teste, em colaboração com o Ministério do Trabalho e da Solidariedade Social;

Compare-se agora com esta história, com sabor a anedota, dos tempos em que António de Oliveira Salazar nos ensinava a poupar:

“Senhor Presidente, hoje não apanhei o eléctrico; vim a correr atrás dele e poupei oito tostões" – disse o funcionário público, um contínuo, a querer agradar a Oliveira Salazar.

Respondeu Salazar de imediato, com aquela entoação, meio de diácono, meio de falsete: "Fez bem, mas se viesse atrás de um táxi teria feito melhor, porque poupava vinte escudos e chegava mais cedo".

Derivado do que, o bacano tipo apaixonou-se, ali, na hora, prontos.


Leio no Sol que a defesa de Dominique Strauss Khan, o ex responsável máximo do FMI, vai alegar mútuo consentimento. E porque não, alegar amor à primeira vista?

quinta-feira, 19 de maio de 2011

As NOVAS OPORTUNIDADES Não Resolvem Casos Complicados Como Este

O INCORRIGÍVEL e insuportável secretário de Estado do (des)Emprego, Valter Lemos, disse ontem que o aumento da taxa de desemprego "estava dentro das expectativas", ressalvando que "o contributo mais significativo foi de pessoas que não estavam à procura de emprego e que agora estão". E prontos!...

MAS DO SALÁRIO MÍNIMO NÃO, CLARO
Merkel quer uniformização das férias e da idade da reforma em toda a Europa.


"A chanceler alemã, Angela Merkel, exigiu a unificação da idade da reforma e dos períodos de férias na União Europeia, criticando os sistemas vigentes na Grécia, Espanha e Portugal."

E se ela EXIGE, o melhor é começar já a levantar as barricadas, até porque desta vez não vai haver Exército Vermelho para hastear a bandeira no Reichstag.


ADENDA
Afinal condições de reforma e férias são semelhantes em Portugal e na Alemanha. Além de reaccionária e xenófoba, a chefe do Reich, como é habitual nesta gentinha reles, é também ignorante.

quarta-feira, 18 de maio de 2011

NOTÍCIAS 0 - LIXO PSEUDO FUTEBOLÍSTICO 69


Para quem não assistiu ao lixo televisivo, a que as três TVs chamam noticiário, de hoje à hora do almoço, informo que a abertura dos ditos pasquins telejornalisticos constou de 69 minutos da mais rasca pornografia pseudo informativa - 22 minutos da "líder de audiências" TVI, 23 do dito "serviço público" RTP, e 24 do balsemónico "grupo de informação" SIC.

Directos de gajos despenteados à porta dum estádio, declarações de profundo alcance semiótico de treinadores da nobre arte do pontapé na bola, imagens duns tipos em fato de treino a descer, ou a subir, dum autocarro, adeptos com ar assarapantado, tudo devidamente acondicionado com uns apartes de alegados jornalistas. Pretexto: o jogo de logo à noite entre o FC Porto e o Sporting de Braga, que disputam em Dublin a taça da "2ª divisão" do futebol europeu.


Nota final: Claro que vou ver o jogo na TV, de futebol gosto; daquele espectáculo pindérico travestido de noticiário, detesto.

A Distância entre Prometer A e Fazer B

QUANDO o pitoresco ministro Jorge Lacão nos vem esclarecer que o facto de o secretário de Estado do Tesouro ter admitido a privatização da RTP, consistia apenas na expressão de uma posição pessoal, não coincidente com a visão que o Governo e o PS têm sobre o assunto, temos que dar o devido desconto, isto é, deve interpretar-se que esta posição do governo e do PS - a exemplo de outras controversas mudanças de opinião - apenas é válida para a actual campanha eleitoral, e depois disso, e como já vai sendo hábito, é natural que tal posição se altere, de forma radical.
Com o PS (partido Sócrates) a diferença que dista entre prometer uma coisa e fazer outra, corresponde ao tempo de duração das campanhas eleitorais, e às vezes nem isso.

terça-feira, 17 de maio de 2011

ROBIN HOOD AO CONTRÁRIO
A Taxa Social Única é parte do salário, reduzi-la é tirar dinheiro aos trabalhadores para o bolso dos patrões.


A Taxa Social Única é a parte do salário dos trabalhadores que os patrões entregam (quando não ficam a dever) à Segurança Social, para o pagamento das pensões, subsídio de desemprego, e outras prestações sociais que, ao contrário do que muita gente pensa, não saem do dinheiro dos impostos mas das contribuições originadas pelo nosso trabalho.

Num país que já tem os mais baixos salários da Europa, com a solução de substituir parte das receitas da Taxa Social Única pelo aumento do IVA está-se a meter mais dinheiro nos bolsos dos patrões, tirando-o aos trabalhadores que vão passar a pagar duas vezes, agora também através do IVA.

Se o objectivo é melhorar a competitividade da economia portuguesa, porque não se reduzem os custos dos outros factores de produção (energia, transportes, etc.), e/ou se melhora a eficiência da sua utilização? Porque não se investe na criação de produtos e serviços de maior valor, tirando partido das acrescidas qualificações da nossa juventude?

A redução da Taxa Social Única, para além dum descarado roubo a quem trabalha, é ainda a confirmação da escolha em aprofundar o modelo económico que a burguesia caseira e os investidores beduínos sempre impuseram a Portugal: uma economia baseada em baixos salários e cada vez mais dependente, até para comer, das importações.

Mas das troikas, de fora (FMI/UE/BCE ) ou caseira (PS/PSD/CDS), para além deste presente sombrio só podemos, garantidamente, contar com um futuro ainda mais negro. Sem fascismos que possam desculpar a apatia e submissão generalizadas a este tipo de medidas, permitir que as coisas continuem por este caminho é também culpa nossa.

Anyone who would question that the perpetrator of mass murder on American soil didn’t deserve what he got needs to have their head examine - OBAMA


Citações no The New Yorker, com links para as fontes:

“Anyone who would question that the perpetrator of mass murder on American soil didn’t deserve what he got needs to have their head examined.” —Barack Obama

“You’ve got to give [Obama] a lot of credit for making the decision to have SEAL Team 6 conduct the raid that got bin Laden. There’s no question that was his responsibility, and I think he handled it well.” —Dick Cheney

“This is our time to break the back of Al Qaeda.” —Mike Rogers, a Republican congressman for Michigan

“We cannot continue down this road of permanent warfare.” —Lynn Woolsey, a Democratic congresswoman for California

“We might ask ourselves how we would be reacting if Iraqi commandos landed at George W. Bush’s compound, assassinated him, and dumped his body in the Atlantic.” —Noam Chomsky

“Arbitrary killing is not a solution to political problems.” —Omar bin Laden son and other unnamed sons of bin Laden, in a statement

“Unilateralism runs the inherent risk of serious consequences. Pakistan reserves the right to retaliate with full force.” —Pakistani Prime Minister Yousaf Raza Gillani

“Unless the state department can certify to Congress that Pakistan was not harboring America’s number-one enemy, Pakistan should not receive one more cent of American aid.” —Ted Poe, a Republican congressman for Texas

“Counterterrorism coöperation with Pakistan is in our national security interests.” —Mark Toner, a spokesman for the State Department

“There are currently no plans to pull the C.I.A.’s chief of station out of Pakistan.” —An unnamed U.S. official

“I don’t relish seeing the photos, but as part of my responsibility, I’ll see them.” —Mark Udall, a Democratic senator for Colorado

“I’ve seen enough dead people.” —John McCain

segunda-feira, 16 de maio de 2011

Aprender com as Lições dos Outros

Ainda a ISLÂNDIA
«Dois ex-directores do banco islandês Kaupthing, nacionalizado de urgência em 2008, foram presos esta quinta-feira. Mas a lista de possíveis detidos envolve mais de 125 personalidades, segundo a imprensa.

Os directores de bancos islandeses que arrastaram o país para a bancarrota em finais de 2009 foram presos por ordem das autoridades, sob a acusação de conduta bancária criminosa e cumplicidade na bancarrota da Islândia.

Os dois arriscam-se a uma pena de pelo menos oito anos de cadeia, bem como à confiscação de todos os bens a favor do Estado e ao pagamento de grandes indemnizações.

A imprensa islandesa avança que estas são as primeiras de uma longa lista de detenções de responsáveis pela ruína do país, na sequência do colapso bancário e financeiro da Islândia.

Na lista de possíveis detenções nos próximos dias e semanas estão mais de 125 personalidades da antiga elite política, bancária e financeira, com destaque para o ex-ministro da Banca, o ex-ministro das Finanças, dois antigos primeiros-ministros e o ex-governador do banco central.

A hipótese de cadeia e confiscação de bens paira também sobre uma dezena de antigos deputados, cerca de 40 gestores e administradores bancários, o antigo director da Banca, os responsáveis pela direcção-geral de Crédito e vários gestores de empresas que facilitaram a fuga de fortunas para o estrangeiro nos dias que antecederam a declaração da bancarrota.

Em Outubro de 2008, o sistema bancário islandês, cujos activos representavam o equivalente a dez vezes o Produto Interno Bruto do país, implodiu, provocando a desvalorização acentuada da moeda e uma crise económica inédita
.»

NOTA – Esta informação foi recebida por e-mail.

Meu comentário: Na Islândia faz muito frio, mas quando é necessário as coisas também aquecem. E por cá, a propósito do BCP, BPN, BPP & Companhia Limitada, mais os respectivos Jardins, Costas, Constâncios e Rendeiros, como vão as coisas? Até agora, vão bem, obrigado!

Nos Centros de Emprego encontram-se fiscalizações, trabalho quase gratuito, ameaças constantes de cortes nos subsídios. Mas não se encontra emprego.


O grupo É O POVO PÁ que em Março promoveu a acção O BPN CUSTOU-NOS MAIS DE 13 MILHÕES DE SALÁRIOS MÍNIMOS, realizou hoje uma nova acção em 30 Centros de Emprego espalhados pelo País com a reivindicação NÃO QUEREMOS SUBSÍDIOS, QUEREMOS EMPREGO, acompanhada da publicação deste MANIFESTO.

domingo, 15 de maio de 2011

"Eles" continuam a leste...

O "eles" do título é assumidamente dirigido à classe política. Bem sei que em Portugal temos esta mania desresponsabilizadora de atirar com um "eles" indefenido, incolor e inodoro para tudo e mais qualquer coisa, como forma de alijar responsabilidades e atribui-las a uma entidade não determinada, sem que tenhamos de assumir a acusação ou reclamação.

Não é aqui o caso, já que acusamos, assumindo a acusação, que os candidatos a deputado às próximas eleições de 5 de Junho de 2011 e os partidos políticos que representam, se mostram a leste (também de poderia indicar qualquer outro ponto cardeal...) dos verdadeiros problemas estruturais do país, logo, estão também muito longe de os poder (ou querer) resolver.

Enquanto alguns se entretêm a fingir que a situação a que o país chegou nada tem que ver com eles, outros, afirmando-se alternativa, caem no jogo medíocre das demagogias eleitorais, nas superficialidades políticas, nos "pintelhos" das disputas menores.

O país vai aceitar emprestado, uma barbaridade de dinheiro - para as suas necessidades mais urgentes (dizem-nos sem comprovarem), mas sobretudo, para as vorazes necessidades de lucro dos bancos e do capital financeiro em geral - que comprometerá o desenvolvimento nos próximos anos (ou décadas ?), amarrará as próximas gerações a sacrificios pelos quais não são responsáveis e que ninguém sabe como será pago ou sequer se será.

A questão fulcral, está mesmo a ver-se, tem que ver com a natureza do empréstimo e com o "contrato" (o famigerado memorando de compromisso da troika) que o regula. Tudo o indica, o malfadado empréstimo pode ser aparentado aos empréstimos que contraem os viciados no jogo: servem para pagar as dívidas, para comer umas pizzas para se manterem de pé e para novas apostas de sorte e azar, na esperança que um dia um tremendo jackpot os faça felizes.

Ou seja, este empréstimo não visa restabelecer a capacidade produtiva do país, não visa fazer evoluir os factores de produção, não visa modernizar e conferir eficácia aos sectores económicos de base nacional, enfim, não visa o desenvolvimento. É bem capaz de ser aquela última sardinha que deita o burro abaixo definitivamente...

De resto, se os partidos e os candidatos a deputados, se algum ou alguns deles, fossem capazes de olhar adiante e afastar dos olhos a espuma dos ruídos mediáticos, das demagogias baratas, das urgências panfletárias, talvez pudessem prestar atenção, reflectir e verter para os respectivos programas eleitorais, uma questão absolutamente estruturante para o século XXI em Portugal, a questão demográfica.

Quando os sucessivos estudos tornam evidente que "Mais de metade dos concelhos portugueses perdeu população ao longo da última década e em 82 municípios são mais as pessoas a sair do mercado de trabalho dos que as que entram". Quando se sublinha que "A perda da população (...) já se começa, a sentir. Mais de metade dos municípios (158) perderam pessoas nos últimos nove anos". Quando fica patente que "o envelhecimento da população afecta o sistema de protecção social porque há falta de pessoas no mercado de trabalho". Quando as projecções indicam a preocupante situação futura de que "Portugal arrisca-se a perder quatro milhões de habitantes até 2100", parece não restarem dúvidas que muitas das discussões, análises, propostas, promessas e slogans da campanha eleitoral em curso não passam de "pintelhos".

Desde logo a começar pelas questão introduzida nos debates públicos pelo autor da boçalidade púbica. Embora se perceba bem os interesses que defende e os objectivos que o senhor persegue, é completamente tola (se não senil), num quadro destes, a pretensão de reduzir catastróficamente a taxa social única.

Também numa evolução demográfica destas, pouco adianta que o Sr. Pinto de Sousa se arme em cavaleiro, arauto e protector do "estado social". Não haverá estado social que possa resistir a um quadro em que aumenta crescentemente a esperança de vida e se reduz fortemente a população activa. E não tem como resistir com as suas políticas de subordinação ao capital financeiro que tolhe e estrangula qualquer perspectiva de desenvolvimento económico. Se ao factor trabalho se extorquir cada vez mais, é elementar que não será por "graciosa" contribuição do factor capital que se terá um estado moderno, solidário e justo.

Esse é afinal, o desenho do tal acordo com a troika para o empréstimo de 78 mil milhões de euros. O FMI, a UE e o BCE, com o beneplácito, simpatia e entusiasmo de PS, PSD e CDS garroteam as oportunidades de recuperação de Portugal. Esse acordo, não apoia, não estimula, não define, não orienta qualquer política para que recuperemos autonomia. Pelo contrário, impõe restrições, cortes, limitações e depressão sem fim. São poucas as possibilidades de crescer económicamente, logo, são correspondentemente poucas as possibilidades de algum dia pagarmos a dívida.

Não estamos a ser resgatados, mas sim a ser tornados reféns.

Dispensa-se grande "iluminação" para se ver que não será possível inverter a tendência demográfica, quando as condições sociais e económicas são do calibre que estamos a (e vamos) viver. Na natureza, sempre as espécies adaptaram a sua reprodução às condições de sobrevivência. Se não há o que comer, são escassas as crias a nascer. O comportamento humano, neste particular, parece tender ao mesmo padrão. (Por comer entenda-se aqui não apenas o factor básico da alimentação, mas também os demais elementos essenciais da sobrevivência, como habitar, vestir, saúde, etc).

Uma das formas óbvias e por ventura mais rápidas de atacar o declínio demográfico (e as suas consequências todas), são consistentes, responsáveis e inteligentes políticas de imigração, mas em nenhum programa eleitoral vejo tal preocupação e uma visão estratégica. Uma vez mais, quem se refere ao tema, aborda-o meramente de um ponto de vista ideológico (quantas vezes hipocritamente), com superficialidade ou venenosamente. Neste último caso, por cálculo eleitoral explorando alguns veios racistas e xenóbos e manchas de ignorância que de novo vão alastrando.

Suspeito pois que "eles" continua a leste do que é estrutural, essencial, primordial.

CHEFE DO FMI NO XELINDRÓ
The man who is hard fucking greeks, irish's, and portugueses, was jailed for trying to rape a New York hotel maid.


Dominique Strauss Khan, responsável máximo do FMI, foi ontem preso em Nova York acusado de agressão sexual, não podendo por isso participar na reunião que amanhã irá discutir a renegociação da dívida grega e o empréstimo a Portugal.

Lembram-se do famigerado Al Capone, que só conseguiram condenar por fuga ao fisco?

No Bairro da Torre, Camarate: A luta valeu a pena.


"Mantendo-se firmes face a ameaças, chantagens e ilegalidades, os cidadãos do Bairro da Torre conseguiram evitar a calamidade que lhes era apresentada como 'fait accompli': serem desalojados de suas barracas com 20 dias de aviso e sem direito a habitação, por vontade da Câmara Municipal de Loures.

Mais uma vez se comprovou que a força da união e da solidariedade rasga todas as inevitabilidades e que o facto das leis estarem escritas não implica a sua aplicação, especialmente quando falamos das classes mais desfavorecidas das sociedades. Em reunião na Câmara Municipal de Loures ocorrida durante esta semana, os habitantes da Torre conseguiram obter aquilo a que têm direito: a integração no programa de financiamento para acesso à habitação Prohabita."

Ver notícia completa nos Precários Inflexíveis.

Não ver nenhuma referência ao caso no site da Junta de Freguesia de Camarate.

sábado, 14 de maio de 2011

Imagine Que...


estou a atravessar sérias dificuldades financeiras, não consigo pagar as prestações que devo ao banco A, e tenho que encontrar uma solução. Das duas uma; ou vou até ao banco A e tento renegociar o prazo do empréstimo e a taxa de juro, de forma a aligeirar as prestações mensais, ou entro no banco B, do outro lado da rua, e contrato um novo empréstimo, destinado a satisfazer os próximos pagamentos ao banco A, ficando assim com duas dívidas, que se poderão multiplicar com o passar do tempo, isto se entretanto a situação não melhorar, seja porque arranjei um segundo emprego, comecei a vender alguns tarecos, recebi uma herança inesperada ou fui o feliz contemplado com a lotaria ou o euromilhões. Qual a melhor solução? Ficar-me pelo banco A ou passar ao banco B, e depois ao C, ao D e assim sucessivamente, até chegar ao banco Z, numa cascata imparável de endividamento?
Nesta ordem de ideias, e admitindo que a médio prazo a segunda solução iria provar-se insustentável, subscrevo o que disse Jerónimo de Sousa, secretário-geral do PCP, quando aconselhou que em alternativa a mais endividamento, acompanhado da intolerável ingerência externa e perda de soberania, o governo devia ter-se preocupado em renegociar, em tempo oportuno, a sua dívida externa, isto é, prazos, montantes e taxas de juro. Entretanto, também gostava de ouvir os argumentos dos economistas que costumam pulular por aí, e que de forma simplificada, apenas se declaram escandalizados com esta solução.

sexta-feira, 13 de maio de 2011

Ao contrário do que dizia há pouco o "noticiário" da TVI, não há muita gente a viver à custa do Estado no Bairro da Boavista...


Onde há de facto muita gente a viver à custa do Estado, aqui por Lisboa, é no Parque das Nações e nos muitos condomínios e apartamentos de luxo que enxameiam a cidade.

No Bairro da Boavista, com aquelas prestações sociais de miséria que ainda restam dos sucessivos PECs, sobrevive-se, e quase sempre muito mal.

quinta-feira, 12 de maio de 2011

A Misturar-se com o POVO

DEPOIS de ter sido aconselhado pelos seus assessores eleitorais, José Sócrates desceu à Terra e foi visto a deambular na Baixa de Lisboa, numa tentativa para estabelecer contacto com os problemas do POVO e do PAÍS REAL. Aquilo que ele trás no "trolley" parece que é o "estudo" que ele anda a fazer para a pequena-grande redução da contribuição patronal para a Segurança Social (Taxa Social Única).

terça-feira, 10 de maio de 2011

Programas de Governo

O EXERCÍCIO do poder, mesmo que consentido pelo voto popular, não é um poder arbitrário e caprichoso, e as maiorias, mesmo que absolutas, não significam poder absoluto. Em última instância, o exercício do poder tem que se subordinar aos compromissos estabelecidos com o eleitorado, através de uma espécie de contrato que, habitualmente, se consubstancia num programa de governação, o mais detalhado e rigoroso possível, coisa que entre nós tem valor relativo, pois, habitualmente, ninguém cumpre o que promete. Salvo raras excepções, até agora, os programas não têm passado de meros exercícios de retórica, pois a prática política raramente respeita ou coincide com as intenções formuladas, e os políticos deviam ser penalizados por isso. Ora neste momento, com excepção do PCP e do BE, os partidos PS, PSD e CDS-PP, têm todos os três - embora o neguem - o mesmo programa de governo, isto é, o acordo aceite e subscrito com a “troika” FMI-UE-BCE. E não vale a pena tentarem arredondar as promessas, contornar as evidências, arvorarem-se em patriotas de gema, tentando convencer-nos que a situação não é exactamente essa, porque a realidade está bem à vista, isto é, já não somos senhores do nosso destino, e temos as mesmas prerrogativas que um qualquer protectorado de meia tigela. Este não é o melhor caminho, e por este andar dificilmente o encontraremos. Os exemplos dos outros para alguma coisa deveriam servir. Basta deitar uma olhadela para o que se está a passar com a Grécia e com a Irlanda.

domingo, 8 de maio de 2011

TRÊS TRISTES TROIKAS

Miguel de Vasconcelos, regente do Reino por vontade estranha,
auxiliado a bazar dos seus aposentos do Terreiro do Paço

Chamada e aplaudida pela troika PS-PSD-CDS, assentou arrais no Terreiro do Paço a troika FMI-UE-BCE, consentida pela troika medo-desânimo-submissão deste desgraçado povo que já gramou 60 anos de Filipes, engoliu a humilhação do Ultimato, e sofreu 48 anos de fascismo.

Mas mais tarde ou mais cedo, e espero que desta seja mais cedo do que tarde, a resposta está sempre garantida: 1º de Dezembro, 5 de Outubro, 25 de Abril, __________. Cá estaremos para preencher a data, por enquanto, ainda em branco.

NO BAIRRO DA TORRE, CAMARATE, LUTA-SE CONTRA DEMOLIÇÕES DA CÂMARA DE LOURES.


"Contra as Demolições, pela defesa do Direito à Habitação

A Câmara Municipal de Loures ordenou a desocupação de habitações no Bairro da Torre, na Freguesia de Camarate, com vista à demolição destas. Estas habitações não são legalizadas e são fruto da ausência de uma política de habitação que não tem respondido ao longo dos anos às carências da população com rendimentos mais baixos, ou que estão desempregados ou têm situações laborais extremamente precárias: o que auferem de rendimento não é suficiente para alugar uma casa e para suportar as despesas básicas de sobrevivência: alimentação, luz, água, gaz e transporte. Enquanto este problema continuar a existir, não se poderá acabar com as habitações ilegais, precárias, com a sobrelotação e a vivência sem condições de dignidade.

Nos anos 90 (1993) houve, no âmbito do programa PER, um recenseamento de habitantes destes bairros com vista ao seu realojamento. No entanto, tal recenseamento não identificou todas as pessoas do bairro, teve muito poucas atualizações e o tempo entre o recenseamento e o realojamento demorou tantos anos que novas famílias se constituíram (crianças que cresceram e casaram) e novas famílias se instalaram.

Assim, atualmente, temos cerca de 63 famílias, com crianças, idosos, mulheres e homens, alguns com problemas graves de saúde que, por estarem fora do recenseamento e apesar de viverem há vários anos no bairro, estão a ser intimados pela câmara para abandonar as suas habitações sem terem nenhuma alternativa. Estas pessoas correm o risco de serem atiradas para a rua, de forma desumana, constituindo este acto um atentado à dignidade, aos direitos humanos e à Constituição da República Portuguesa.

Porque sabemos que há alternativas, se houver vontade política, que respeitem a dignidade e a segurança destas populações e que defenda os seus direitos constitucionais, nomeadamente o Direito à Habitação, vamos concentrar-nos em frente da Câmara Municipal de Loures, na Praça da Liberdade, no dia 6 de Maio, sexta-feira, pelas 15h, exigindo ao Presidente da Câmara e a todo o executivo um tratamento digno, a interrupção das demolições e a procura de alternativas juntamente com os moradores.

Apelamos à solidariedade de todos e todas nesta ação onde está em causa o Direito à Habitação, não só destas populações, mas também de todos e todas que vivemos neste país.

Os moradores do Bairro da Torre"


Ver mais informação AQUI, e AQUI.

quinta-feira, 5 de maio de 2011

Governo Provisório

ESTE foi o “governo provisório” que esteve a redigir o programa do próximo governo constitucional, que sairá das eleições de 5 de Junho, isto se os portugueses baixarem os braços, e derem o facto como consumado.

OS PARABÉNS SÃO PARA O KARL, AS PRENDAS PARA OS LEITORES.


No dia 5 de Maio de 1818, faz hoje 193 anos, no nº 664 da Brückergasse em Trier, Alemanha, nascia o menino Karl Heinrich Marx que, depois de crescido, entre tantas outras coisas importantes, nos disse que "Os filósofos até hoje limitaram-se a interpretar o mundo. Eu quero mudar o mundo” .

E se mudou o mundo! É impossível olhar para a História do século XX sem ver a profunda e radical influência das ideias de Marx e da acção daqueles que trilharam na pratica os caminhos que o seu pensamento abriu. E, sem arriscar muito, acho que o mesmo dirão os nossos bisnetos, trinetos ou tetranetos, quando no século XXII olharem para trás, para o nosso século XXI, apesar deste seu nada auspicioso começo.

Ler Marx, estudar Marx, é cada vez mais uma tarefa inadiável para quem está mais que farto desta descida em queda livre às profundezas do inferno do capitalismo neo liberal, e acredita que um outro mundo, sem exploradores nem explorados, à medida da dignidade e aspirações humanas, é possível, necessário, e urgente.

E é aqui que entra a prenda para os leitores (em formato EPUB para o iPad, e em formato PRC para o Kindle), meia dúzia de eBooks (livros electrónicos) de obras chave de Karl Marx:


Nota 1: Clicar para fazer download. Os eBooks estão disponíveis no Marxists Internet Archive, e na sua secção em Português, Arquivo Marxista na Internet, faltando por enquanto alguns LINKS que devem ficar disponíveis até ao fim da semana.


Nota 2: Pode ler estes eBooks no seu computador com um software, grátis, de leitura de eBooks. Clique num dos Links a seguir para fazer o download dos utilitários KINDLE ou STANZA.

quarta-feira, 4 de maio de 2011

Será que os eBooks, livros electrónicos, vão substituir os livros de papel?


Talvez não duma forma tão drástica como o CD substituiu as cassetes (o que é isso de cassetes? perguntam os leitores mais jovens) mas que daqui a alguns anos, se calhar não muitos, o eBook vai ser a forma mais corrente de ler livros, não duvide. Como hoje usamos o telemóvel, o multibanco, ou uma série de outras traquitanas, que às vezes só complicam.

Claro que continuo a gostar de ler livros em papel, mas também gosto da ideia de meter alguns milhares de livros num dispositivo com pouco mais de 200 gramas que se transporta facilmente no bolso, escolher o tamanho da letra, consultar o dicionário na própria página que estou a ler, ter links como na Internet, escrever uma anotação sem ter de encolher a letra, sublinhar o texto, e depois em qualquer altura apagar as notas e sublinhados sem que fique qualquer vestígio, fazer marcas sem dobrar as páginas, ou consultar o índice, ou as notas, com um simples toque, e voltar à página que estou a ler, com outro.

Se acha isto interessante, e como em tempo de crise é sempre bom pensar duas vezes antes de gastar, sugiro que comece por experimentar um programa, grátis, que lhe permita ler eBooks no seu computador, como o KINDLE ou o STANZA, e só depois, se achar que vale mesmo a pena, dar o passo seguinte, dizer adeus a 139.99 euros, mais coisa menos coisa, e experimentar the real thing.

E livros para ler como é? Aí tenho boas e más noticias. As más são que a generalidade dos eBooks custam, escandalosamente, quase o mesmo que os livros em papel, e que em Português a oferta por enquanto é muitíssimo reduzida. As boas noticias são que em Inglês tem muito por onde escolher, que consegue encontrar eBooks que são autenticas pechinchas (por exemplo as obras completas de Charles Dickens, 60 volumes, por menos de 5 euros), além de muitos outros completamente à borla.

Amanhã num post a assinalar uma efeméride (assim à primeira está a lembrar-se de alguém nascido a 5 de Maio?), deixo-lhe aqui os links para fazer o download de alguns eBooks grátis onde, garanto, poderá aprender alguma coisa de útil para os tempos que correm.

terça-feira, 3 de maio de 2011

Mandei-lhe uma carta em papel perfumado
"Por ti sofre o meu coração"
Num canto - SIM, noutro canto - NÃO
E ela o canto do NÃO dobrou



Diz o multifacetado Canas - deputado do PS, Defensor do Trabalho Precário, e porta voz do Governo - que as cartas do PSD, já lá vão 5, são ridículas. Afinal, como nos disse o Poeta, não serão todas as cartas de amor ridículas?

Mas não fiquem preocupados, pois como no outro Namoro, de Viriato da Cruz, mesmo que comece por dizer NÃO, depois dumas quantas peripécias para apimentar a coisa, a outra parte acaba sempre por dar o SIM.

Foto com Legenda a Condizer

Vítor Constâncio, vice-presidente do Banco Central Europeu (BCE), parece querer dizer-nos:
- Vocês estão mal e sem dinheiro, estão chateados com o FMI, com a UE, com o BCE, dizem que também sou responsável por isso, mas que culpa tenho eu de estar vivo e bem instalado?

NOTA - A foto é do DIÁRIO DE NOTÍCIAS mas a legenda é minha.

E não se arranja por aí um gajo de barbas, já morto há alguns anos, para Sócrates atirar ao mar, e dar-lhe uma ajuda a subir nas sondagens?


Acham que este serve?

domingo, 1 de maio de 2011

E O VOTO DO POVO, PÁ?
BE quer discutir pacote da Troika com o actual Governo.


Que há por aí muita gente que defende que primeiro tomam-se as decisões, depois fazem-se as eleições, já tinha dado por isso, e para falar verdade, vindo de quem vem, nem sequer me admira muito.

Mas que venha agora o BE, a um mês das eleições, dizer que quer discutir a proposta de resgate com este Governo de saída, num "encontro, a ocorrer entre o conhecimento da proposta política que sustenta o acordo de resgate e os momentos previstos para estabelecer compromissos que vinculem Portugal na ordem externa, e na União Europeia”, já me deixa a pensar em qual o real alcance desta iniciativa.

Não lhes parece que faz mais sentido exigir que o Governo esclareça, o mais rápido possível, qual o conteúdo do plano que está a ajudar a Troika a parir, para que o Povo, pá, possa dizer de sua justiça no próximo 5 de Junho?