sábado, 30 de junho de 2012
BARCLAYS: APANHADO COM A BOCA NA BOTIJA A MANIPULAR AS TAXAS EURIBOR.
Aposto que a maioria do pessoal que tem empréstimos indexados à taxa Euribor (Euro Interbank Offered Rate), pensa que se trata duma taxa fixada por uma qualquer instituição oficial tipo Banco Central Europeu ou Comissão Europeia.
Contudo não é isso que se passa, as Taxas Euribor são calculadas como a média das cotações dadas para operações interbancárias pelos bancos dum painel. O painel é actualmente constituído por 43 grandes bancos, a maioria da Eurozona, incluindo a portuguesa Caixa Geral de Depósitos.
Claro que as cotações fornecidas diariamente, por cada um dos bancos do painel, refletem os interesses da Banca, e não propriamente os do funcionamento da chamada economia real.
E como é habitual no sector financeiro, que se puder ganhar 100 não se fica por um lucro de 10, a tentação para manipular o sistema é grande, e só muito raramente esses cambalachos são punidos.
Mas mesmo com regras que quase tudo permitem, e autoridades reguladoras criadas para defender os interesses daqueles que seriam supostas vigiar, mesmo assim há sempre quem ultrapasse os elásticos limites, e muito de vez em quando é apanhado com a boca na botija, como agora aconteceu ao Barclays multado em 290 milhões de libras (350 milhões de euros) por "graves e generalizadas violações das regras da City relativas à Libor e Euribor".
sexta-feira, 29 de junho de 2012
CÁ NO BAIRRO CONTRA OS GOLPES MARCHAR MARCHAR
A propósito do imbróglio na fronteira Lisboa Loures.
Os moradores da Urbanização situada entre a Av. Dr. Alfredo Bensaúde e a Estrada da Circunvalação, aos Olivais em Lisboa (Ruas Alfredo Franco, Carlos George, Alberto Macbride e Estrada da Circunvalação), reunidos em Assembleia no dia 22 de Junho de 2012 decidiram:
1 – Repudiar a Proposta de alteração ao Projecto de Lei 120/XII/1ª, proposta esta aprovada pelo PS e PSD, com os votos contra do PCP, PEV, Bloco de Esquerda e de 1 Deputado do PS, e com a abstenção do CDS, dada a sua inconstitucionalidade;
2 – Exigir à Assembleia da República o cumprimento do artigo 249 da Constituição da República, por se tratar de alteração das áreas dos Concelhos de Lisboa e Loures e por consequência os limites das suas confrontações;
3 – Exigir à Assembleia da República que qualquer alteração dos limites dos referidos Conselhos passe pela consulta dos seus moradores como o determina a Constituição;
4 – Informar os Senhores Deputados que qualquer outra tentativa semelhante de desrespeito de direitos Constitucionais, terá o nosso firme repúdio e indignação, porque como cidadãos queremos exercer a nossa cidadania sendo parte de qualquer alteração;
5 - Exigir que o Sr. Presidente da República não promulgue esta proposta de alteração ao Projecto de Lei nº 120/XII/1ª dada a sua inconstitucionalidade;
6 - Informar desde já que somos contra a mudança de residência para fora do Concelho de Lisboa e Freguesia dos Olivais.
Sobre este assunto pode ver também:
IMBRÓGLIO NA FRONTEIRA LISBOA LOURES Então os deputados do PSD e PS nem se dão ao trabalho de ver no que votam?
MORADORES TRAÍDOS NA FRONTEIRA LISBOA LOURES
terça-feira, 26 de junho de 2012
Passos diz que Projecto do PCP nunca foi sufragado nas urnas
O QUE NÃO FOI SUFRAGADO NAS URNAS FOI O PROGRAMA DO GOVERNO PSD/CDS.
O analfabeto funcional que nos desgoverna ignora, entre muitas outras coisas, que sufragar é sinónimo de votar, e vai daí diz, na discussão da Moção de Censura do PCP, que "o Projeto do PCP nunca foi sufragado nas urnas", quando provavelmente o que queria dizer é que aquele Projeto não ganhou as eleições.
Como também não ganhou as eleições o Programa de Governo que o analfabeto funcional está agora a aplicar. A maioria de Governo PSD/CDS foi alcançada com base num Projeto bem diferente daquele com que Passos, Gaspar & Cia. nos estão agora a massacrar.
Ao menos o Projeto do PCP tem a legitimidade dos que nele votaram, embora longe de alcançar a maioria. Ao contrário, o Programa que o Governo PSD/CDS está a aplicar não tem qualquer legitimidade pois não só não ganhou eleições, como nem sequer foi a votos, não foi votado por ninguém.
As medidas mais importantes do Governo PSD/CDS, como o corte dos subsídios de férias e de natal, a alteração do Código de Trabalho, a extinção de milhares de freguesias, a asfixia do Serviço Nacional de Saúde, não faziam parte do nem do programa nem do discurso eleitoral com que Passos Coelho se apresentou às eleições de 2011. É só comparar o que prometeram em 2011 e o que têm feito desde que estão no Governo.
segunda-feira, 25 de junho de 2012
sábado, 23 de junho de 2012
O Aprendiz de Feiticeiro
O MINISTRO das finanças que nos arranjaram, um tal de Victor Gaspar, desencantado nos laboratórios experimentais do Banco de Portugal, e que faz equipa com um tal de Passos Coelho, veio há dois ou três dias reconhecer que o comportamento das receitas e das despesas, no quadro da execução orçamental, não se enquadra nas expectativas traçadas pelo governo, logo o governo falhou, e se nada for feito, continuará a falhar até ao infinito. Não é preciso ser grande economista para saber algumas verdades universais, isto é, que quando as receitas baixam (com o desemprego a provocar a baixa do IRS e das contribuições sociais, com as falências e quebra de actividade das empresas a baixar o IRC, e com a quebra de consumo das familias e empresas a baixar o IVA e outros impostos), e as despesas aumentam (com a subida de encargos com subsídios de desemprego, pensões, rendas das PPP e taxas de juro de empréstimos), o caldo está entornado. E como o governo diz que vai manter a palavra de não pedir “nem mais tempo, nem mais dinheiro” para cumprir o défice, e não pretende mudar de política, é quase garantido que virá aí a multiplicação da austeridade e mais sacrifícios, convertidos em mais cortes, onde já pouco ou nada há onde cortar, e mais carga fiscal, onde já pouco ou nada há para colectar.
O Vitinho das finanças, mesmo com o seu entaramelado discurso "zombie", já não surpreende, mas continua a insistir. Comporta-se como o aprendiz de feiticeiro do poema de Goethe, que tendo-se apropriado do chapéu do mestre, libertou os poderes, e na sua patética ignorância, ficou a ver multiplicar-se o que não sabe controlar. Depois, quando já não tem mão sobre o que libertou, quando vê que a sua teoria corre o risco de falhar, improvisa, arranja desculpas, tenta aprofundar o erro, levando o bruxedo aos limites, na esperança de mudar a realidade, para sustentar e manter de pé a teoria. Alucinado, espera que a sua incontrolável austeridade, a replicar-se até ao infinito - como as vassouras aguadeiras do poema -, se devore a si própria, acabando numa espécie de Big-Bang, de onde nascerá uma galáxia de mel e de fartura, mas só para alguns. O problema é que esta gente não são mágicos, nem tão-pouco aprendizes de feiticeiros. São saqueadores e malfeitores encartados, discípulos da escola de Milton Friedman, e que gostam de falar de mansinho, de passar despercebidos, enquanto continuamos a acreditar, firmemente, mesmo com eles à perna, que vamos conseguir chegar à Final do Euro 2012.
terça-feira, 19 de junho de 2012
Os Lobos Andam Aí
NA GRÉCIA, depois das eleições de domingo, mantém-se o impasse. A Syriza (esquerda radical), a segunda força política mais votada, continuada separada da primeira, a Nova Democracia (centro-direita), por uns escassos 3 pontos percentuais, ao passo que aquela, por ser a mais votada, continua a ser contemplada com um fascinante bónus de 50 deputados extra, que se vão sentar no Parlamento, sem nunca terem passado pelo escrutínio das urnas de voto, isto é, uns autênticos verbos-de-encher, imagem de marca de uma democracia de contrafacção.
A Grécia, fustigada pelo cansaço e exaurida pela austeridade foi a eleições, debaixo de grande pressão e sob chantagem, orquestrada do exterior por Merkel & Companhia. Até o FINANCIAL TIMES DEUTSCHLAND veio dizer que o Banco Central Europeu considerava que uma reestruturação da dívida grega teria “consequências catastróficas”, pois o seu presidente, Jean-Claude Trichet, terá afirmado que o banco não aceitaria mais obrigações gregas se o prazo de reembolso dos empréstimos fosse alargado, além de que a Grécia não receberia a quinta parcela do plano de resgate (12 mil milhões de euros de um total de 110 mil milhões). Depois disso, foi a vez do jornal alemão BILD reforçar a dose, dando-se ao luxo de publicar na primeira página, especialmente dirigido aos gregos, um ameaçador e asqueroso texto bilingue (em alemão e em grego, para que o aviso fosse bem compreendido), ao estilo de "tenham medo, tenham mesmo muito medo" do que pode acontecer, caso não votem a favor dos acordos e da austeridade, pois de um dia para o outro deixaremos de carregar de euros as vossas caixas ATM (Multibanco).
A abstenção voltou a campear e o resultado está à vista! Apesar de haver optimistas que dizem que a partir de agora nada será como dantes, para mim, que não consigo ver mais longe do que aquilo que a vista e o entendimento alcançam, o céu continua carregado, o horizonte negro, as questões de fundo do país e do povo, com soluções, mas sem quem as possa implementar. Apenas se ouve os que bradam “nem mais tempo, nem mais dinheiro; apenas mais austeridade ou o salto no vazio”. Portanto, não vejo que venha aí um novo fôlego e que o garrote aplicado à Grécia se alivie, ou mesmo que o euro tenha sido salvo. As matilhas de lobos esfomeados nunca abandonam uma caçada. Ficam à espreita e atentas, e habitualmente, não deixam escapar as presas feridas e exaustas.
domingo, 17 de junho de 2012
Mais uma Colherada na Soberania Alheia
DURANTE um congresso regional do seu partido, em Darmstadt (oeste da Alemanha), a chanceler alemã, Angela Merkel não se coibiu de meter mais uma colherada na soberania alheia, e contrariando o princípio de não ingerência no quadro político de outros países, considerou muito importante que os gregos façam eleger nas eleições deste domingo, uma maioria política capaz de respeitar os compromissos assumidos com a União Europeia, Banco Central Europeu e Fundo Monetário Internacional, em matéria de austeridade, base e fundamento de uma “Nova Ordem” económica e social, cuja pretensão é instaurar a penúria dos povos, em geral, e dos trabalhadores, em particular, em benefício das oligarquias económico-financeiras.
Só faltou dar um saltinho até Atenas, fazer um comício na Praça Sintagma, invocar a fúria das Valquírias e dos deuses do Olimpo, e apelar a que a escolha do povo grego fosse ao encontro da “democracia boa”, a dos interesses alemães e dos tubarões dos "mercados", senão...
sábado, 16 de junho de 2012
sexta-feira, 15 de junho de 2012
A Freguesia do Parque das Nações, a Assembleia Municipal de Loures, o CDS, Marx, e o preço do metro quadrado.
Como foi anunciado aqui no blog realizou-se ontem uma Reunião Extraordinária da Assembleia Municipal de Loures, com o ponto único Alteração dos limites, território e população do concelho de Loures – Análise da situação e proposta(s) de atuação.
Posições convergentes no repudio à forma golpista, desonesta e trapalhona como o PSD e PS (nas palavras dos que não querem assumir o que os seus partidos fazem, o Parlamento) conduziram o processo de aprovação da lei que cria a Freguesia do Parque das Nações incluindo parte do território de Moscavide e Sacavém.
Posições divergentes quanto à questão de fundo, ou seja à criação da freguesia do Parque das Nações da Matinha ao Trancão. CDS e BE a favor (coerentes com a apresentação de projetos dos seus partidos nesse sentido na AR), PS e PSD contra na Assembleia Municipal, mas a favor na AR, e CDU com uma só cara, contra na Assembleia Municipal e contra na AR.
A argumentação andava à volta dos grandes princípios, até que o representante do CDS, visivelmente agastado com alguns remoques às posições do seu partido (abster-se, na AR, numa situação que agora denunciava como grave), decidiu cair na real, chamar o boi pelos nomes, e numa curta intervenção de clara inspiração marxista, salientou a base económica da questão, ou seja a diferença entre o preço do metro quadrado na parte do Parque das Nações que pertence a Loures, mais baixo, e o preço do metro quadrado na parte de Lisboa, obviamente mais elevado.
Preço do metro quadrado que também nos ilumina sobre a razão que deve ter levado a estender o limite poente entre o Parque das Nações e os Olivais da linha de comboio para a Av. Infante Santo, ou seja, o preço do metro quadrado de todo aquele território à espera de especuladores imobiliários, que terá um valor bem mais apetecível se em vez de Cabo Ruivo se chamar Parque das Nações.
Preço do metro quadrado que tem sido o verdadeiro líder da politica de Urbanismo nas últimas décadas deste nosso alegado regime democrático.
MORADORES TRAÍDOS NA FRONTEIRA LISBOA LOURES
MORADORES TRAÍDOS
1º Inesperadamente, o PS e o PSD apresentaram na Assembleia da República, no dia 01\06\2012, o Projeto de Lei nº 120/ XII/ 1º (Reorganização Administrativa de Lisboa) que tem estado em discussão pública.
O GOLPE
2º Juntamente com o referido Projeto apresentaram uma Proposta de Alteração do mesmo que não esteve em discussão pública e não era sequer do conhecimento do PCP; Bloco de Esquerda e dos Verdes.
3º A Proposta de alteração apresentada altera os limites dos Concelhos de Lisboa e de Loures, onde se confrontam nas Freguesias dos Olivais; Moscavide; Portela e Sacavém; isto é: na faixa entre a Estrada de Circunvalação e a Av. Dr. Alfredo Bensaúde, que passa para o Concelho de Loures e no Parque das Nações, junto ao Rio Trancão, que passa para Lisboa.
4º Esta proposta foi apresentada e votada na especialidade com os votos favoráveis do PS e PSD, a abstenção do CDS-PP e teve os votos contra do PCP; Bloco de Esquerda e do PEV. E na votação final global com os votos favoráveis do PS e PSD, a abstenção do CDS-PP e teve os votos contra do PCP; Bloco de Esquerda; do PEV e de 1 deputado do PS. (a)
5º Este golpe implica graves prejuízos para os moradores e proprietários, nomeadamente:
- No acesso à Câmara de Loures em vez da de Lisboa (Campo Grande);
- Nos custos do I.M.I: a Câmara de Loures tem aplicado a taxa máxima;
- No custo da água que é mais cara em Loures: o 1º escalão custa 0,1820 € em Lisboa e em Loures 0,5274 €. O 2º escalão custa em Lisboa 0,5993 € e em Loures 1,1193 €;
- No valor comercial das casas.
CONCLUSÃO
Do exposto se conclui que existem sérios prejuízos para os moradores e proprietários. Mas o mais grave de tudo isto foi os mesmos não terem sido consultados sequer. O Carmona também não consultou os moradores quando, há cerca de 80 anos, retirou Moscavide da Freguesia dos Olivais e do Concelho de Lisboa. Fez escola. Tem ilustres seguidores.
Os moradores:
Adelino Tomás (Rua Carlos George, Lote 34)
Almiro Martins (Rua Carlos George, Lote 36)
António Lopes (Rua Carlos George, Lote34)
Carlos Inácio (Rua Alfredo Franco, Lote 6)
Pedro Guerra (Rua Carlos George, Lote 26)
Ramiro Morgado (Est. da Circunvalação, Lote 13)
Rui Silva (Rua Alfredo Franco, Lote 10)
quarta-feira, 13 de junho de 2012
Já Sabíamos!
«O constitucionalista Jorge Miranda defende que a criação da freguesia do Parque das Nações, em Lisboa, com território de Loures, prevista na reforma administrativa de freguesias, viola a Constituição (artigo 249º) por não ter existido consulta ao município de Loures nem às freguesias de Moscavide e de Sacavém. (...)»
in PÚBLICO on-line de 13 de Junho 2012
terça-feira, 12 de junho de 2012
FREGUESIA DO PARQUE DAS NAÇÕES
O que dizem os autarcas de Loures.
Depois do comunicado da Câmara de Loures, PS, em que a única objeção do Teixeira à criação da freguesia do Parque das Nações parece ser a perca das massas do IMI, vem a CDU dizer que a ideia de que a gestão do Parque das Nações poderia ser prejudicada por ficar dividida entre três freguesias e dois concelhos é infundada. Pena não explicar o infundado da ideia.
Estava eu convencido de que a principal razão da criação, com o apoio da CDU, da freguesia da Portela, em 1985 (até aí dividida entre as freguesias de Moscavide e Sacavém), foi dotar aquele bairro duma gestão autárquica única, mais próxima dos cidadãos, mas se calhar também estava infundado.
Mas a parte que verdadeiramente me arrebata na moção da CDU é o: Não abdicaremos daquilo que demorou décadas a conquistar para o concelho de Loures. Conquistas que, pelo que se depreende to texto, serão os "espaços habitacionais e novas populações, um novo e qualificado espaço urbano dotado de equipamentos e infraestruturas culturais e desportivas, amplas e desafogadas zonas de recreio e lazer, a possibilidade de contacto direto com o rio".
Será que com a criação da freguesia do Parque das Nações no concelho de Lisboa, o Costa do jumento e do ferrari se prepara para arrasar aqueles espaços habitacionais? Será que planeia expulsar as novas populações? Será que vai impedir os habitantes de Moscavide e Sacavém de usufruírem do novo e qualificado espaço urbano? Barrar o seu acesso aos equipamentos e infraestruturas culturais e desportivas? Vedar-lhes as amplas e desafogadas zonas de recreio e lazer? Proibir-lhes o contacto direto com o rio?
Fala ainda a CDU, sem especificar, de promessas só parcialmente cumpridas. Como por exemplo, julgo eu, o tão ansiado Parque do Tejo, inviabilizado antes de nascer pela decisão, a que Câmara PS de Loures não se opôs, de ali se construir um colégio privado. Será que a divisão do Parque das Nações por três freguesias e dois concelhos, iria permitir ressuscitar o projeto do Parque do Tejo, ou a concretização de outras promessas não cumpridas?
E quais serão os fantástico planos que as autarquias de Moscavide, Sacavém, e do concelho de Loures, todas de maioria PS, tinham na manga para aqueles territórios, que iriam beneficiar os habitantes daquelas freguesias, e do concelho de Loures, e que ficaram comprometidos com a criação da nova freguesia do Parque das Nações?
Enfim, talvez a Reunião Extraordinária da Assembleia Municipal de Loures convocada para 5ª feira 14/6 à 21h nas instalações dos Bombeiros Voluntários de Sacavém, com um período inicial de intervenção do público, não só dê respostas a estas questões e perplexidades, como esclareça o que as forças políticas do concelho se propõem fazer. Ou será que, como até agora, se vão ficar pelos apelos patéticos ao inquilino de Belém para não promulgar a Lei?
Nota Final
Também daqui denuncio a forma ilegal e inconstitucional, que viola de forma clara o estabelecido no art.º 249 da Constituição da República Portuguesa e a recém-aprovada Lei 22/2012, como foi tomada a decisão da criação da Freguesia do Parque das Nações, e considero que, como se diz noutro post deste blog, o que o que está errado não é a criação da Freguesia mas a génese e o desenvolvimento do projecto do Parque das Nações desde 1993 até ao presente.
Publicada por
Dédé
à(s)
21:18
1 comentário:
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domingo, 10 de junho de 2012
E Vão Quatro!
DEPOIS da Irlanda, Grécia e Portugal, a partir de ontem a Espanha passou a ser o quarto passageiro do porão de quarentena deste navio fantasma em que se está a transformar a União Europeia.
Entretanto, e depois de atentamente examinadas as recentes análises laboratoriais, para o doente português a "troika" passou mais uma receita: a bem da produtividade e da competitividade da economia, o Governo deve mandar às malvas os compromissos assumidos na (des)concertação social e acabar com a contratação colectiva, o que significa, nem mais nem ontem, que amputar o poder reivindicativo e negocial dos sindicatos, enquanto organizações da classe trabalhadora, para que o grande capital possa entrar, definitivamente, em roda livre. Passo a passo, lá chegaremos ao dia em que dirão que o Código do Trabalho é para deixar de cumprir, pois tornou-se uma excrescência, perfeitamente dispensável. A ditadura de Oliveira Salazar não faria melhor!
Finalmente, para assinalar este 10 de Junho, Sua Intransigência o Presidente Cavaco Silva almoçou com gente importante, andou a calcorrear a Mouraria, e parece que irá condecorar mais umas quantas eminências e protuberâncias da sociedade portuguesa. Só faltará enaltecer a excelência e portugalidade do "bolo-rei" e do "pastel-de-nata", e porque não, atribuir-lhes alguma comenda ou insígnia, ao mesmo tempo que vai esgotando a nossa "paciência" com as lérias do costume, para nos vir dizer o quanto preocupado e amargurado está com isto tudo.
sábado, 9 de junho de 2012
DEDICADO AOS TROLLS QUE INFESTAM AS REDES SOCIAIS.
Well hello friend Mister Insightful
Thank you for your comment on my little Youtube clip!
Most people say you're cruel and spiteful,
But you're right, how do I sleep at night? I am a massive prick.
They call you hater well they're just jealous
Your constructive pearls of wisdom give me thrills I can't deny
How will we know if you don't tell us
We could improve our Youtube channels by "fucking off and dying"?
Some might say you are a...
Sexually aggressive, racist, homophobe, misogynistic,
Cowardly, illitterate, waste of human skin,
Sexually aggressive, racist, homophobe, misogynistic,
Cowardly, iliterat, waste of human skin,
But I say: thank you beautiful stranger.
I love the way you don't upload things
You know we'd be too dazzled by your cinematic vision
But you're there on every comment string
Where you teach us, just like Jesus but while wanking like a gibbon.
I'm really sure that if I met you
You probably wouldn't rape me like you promised that you would
We are like "that"; I really get you
You're right about that laughing kid, he is a total "cnut".
You wished me cancer and misspelled "cancer"
But I know that it's a metaphor. You hope that I will grow,
Just like the tumour you hoped would kill me
Inside the tits on which you said you'd also like a go.
You said that girls shouldn't do funny
But you'd fuck me double hard and let your mates go after you.
Oh what a line you lovely honey.
Are you on e-harmony? Oo! I'll join the queue!
Some might say you're a...
sexually aggressive, racist, homophobe, misogynistic,
cowardly, illitterate, waste of human skin,
sexually aggressive, racist, homophobe, misogynistic,
cowardly, iliterate, waste of human skin.
But if it wasn't for you my darling,
I would never have written this tune.
Some might say that You're So Vain,
But this song is all about you!
sexta-feira, 8 de junho de 2012
ONDE É QUE EU JÁ VI ISTO?
Cena da TV grega, parábola de tempos passados e, pelo caminho que isto está a levar, futuros.
Porta voz do Aurora Dourada, partido neo nazi, ataca representante do Syriza, esquerda social democrata. Representante do KKE, comunista, reage e é atacada a soco pelo nazi.
Representantes da ND, direita, PASOK, versão grega do PS, e a inicialmente agredida do Syriza, abstêm-se violentamente de intervir e nem sequer levantam o cú da cadeira para tentar parar a agressão do nazi.
quinta-feira, 7 de junho de 2012
IMBRÓGLIO NA FRONTEIRA LISBOA LOURES
Então os deputados do PSD e PS nem se dão ao trabalho de ver no que votam?
Para além da polémica anexação de parte do território de Moscavide e Sacavém para a nova freguesia do Parque das Nações, a lei da Reorganização Administrativa de Lisboa aprovada no passado 1 de Junho na Assembleia de República inclui ainda outra alteração à fronteira entre Lisboa e Loures, na zona das freguesias da Portela e Moscavide.
Assim, com a proposta de alteração conjunta do PSD e PS de 31/5/2012, a Norte, o limite entre Loures e Lisboa passa a ser a Alfredo Bensaúde (artº 9 alinea x), em vez da antiga Estrada de Circunvalação (artigo 8º alínea v) do projeto original de 15/12/2011), o que implica a passagem para Loures dum pequeno bairro entre a Praça José Queiroz e a rotunda do Pingo Doce, dos terrenos do Laboratório Militar e do bairro social Alfredo Bensaúde onde se encontra a sede da GEBALIS, empresa municipal de Lisboa.
Vem agora o inefável Costa dar o dito por não dito, que afinal se trata dum erro. Talvez para um deputado do distrito de Bragança as fronteiras entre Loures e Lisboa nada digam. Mas para os deputados destas bandas, como o senhor Pedro Farmhouse, simultâneamente deputado do PS na AR e Presidente da Assembleia Municipal de Loures, não seria natural darem pelo erro? Ou será que os deputados do PSD e PS se limitam, sem sequer ler, a aprovar tudo o que o partido lhes manda?
Mas a versão de que se tratou dum erro levanta outra pequena questão. Como já aqui tínhamos referido na Essência, o PSD da Portela fez aprovar na Assembleia de Freguesia da Portela, em Março deste ano, uma Moção que propõe exactamente a mesma alteração à fronteira entre Loures e Lisboa, do que a constante da alteração ao Projecto de Lei introduzida pelo PSD e PS no dia 31 de Maio e votada favoravelmente pelos dois partidos no dia 1 de Junho (ver mapa acima).
Coincidência? Gato escondido com o rabo de fora? O prezado leitor julgará segundo o seu melhor entendimento.
Adenda
Desafia-me o leitor Pedro Cabeça a descobrir um erro na definição dos limites entre a nova Freguesia do Parque das Nações e as Freguesias de Moscavide e de Sacavém. E não é que os senhores deputados do PSD e do PS, autores da alteração, se esqueceram (ver artigo 9º alínea aa) de dizer qual é o limite? Tanto pode ser o Passeio do Tejo, junto ao rio, como a linha dos comboios, o eixo Norte Sul, ou Oceano Atlântico, sei lá. Como diz o Povo cadelas apressadas parem cachorros cegos.
terça-feira, 5 de junho de 2012
As Fabulosas Receitas de Sua Evidência
EM 7 de Janeiro de 2012 (já decorreram 150 dias) o primeiro-ministro Pedro Passos Coelho afirmou que 2012 iria ser um ano de viragem económica para o país.
Entretanto, vejamos:
- o desemprego atinge os 15,3%, abrangendo mais de 1.300.000 portugueses, os quais, além de entrarem em modo de sobrevivência, não pagam impostos;
- sobe para 18 o ritmo diário de falências de empresas, com o desconcertante objectivo de sanear a economia, e com evidentes reflexos na receita fiscal, que cai 472 milhões de euros;
- os bancos BCP, BPI e CGD (os outros estão em fila de espera) vão receber um choque vitamínico no valor de 6,15 mil milhões de euros, sem a garantia que tal reforço vá beneficiar o financiamento da economia;
- a Troika pede que sejam tomadas mais medidas para flexibilizar o mercado de trabalho, isto é, mais redução de salários, flexibilidade e facilitação dos despedimentos, com o inevitável rol das suas nefastas consequências;
O mesmo Passos Coelho de há 150 dias, cheio de prosápia e sem especificar em que sentido, veio agora afirmar que está em curso a mais importante viragem económica do último meio século, porque sim. Não é preciso ir mais longe para ver que, no meio de tanta viragem, Sua Evidência, o senhor Coelho & Companhia, faz questão de encontrar o caminho mais curto e garantido para o desastre…
domingo, 3 de junho de 2012
À sorrelfa e desrespeitando a lei, PSD e PS anexam parte de Moscavide e Sacavém à nova freguesia do Parque das Nações.
Antevisão do Parque do Tejo que nunca iremos ter
O que se dispensava era o Comunicado da Câmara de Loures, que apenas se lamenta das taxas que vai deixar de cobrar, e se faz esquecida de que o seu próprio partido, o PS, votou favoravelmente a anexação daquela parte do concelho de Loures. A mesma Câmara de Loures e o mesmo Carlos Teixeira que ao darem o seu acordo à construção do colégio dos Jesuítas, e à expansão das torres de habitação até quase à foz do Trancão, inviabilizaram ali definitivamente a criação do Parque do Tejo.
Já não era sem tempo acabar com a situação de exceção que retirou a gestão daquele território à participação e controlo democráticos dos cidadãos, e a manteve, por quase duas décadas, nas mão do conselho de administração duma empresa pública.
E faz todo o sentido que, tal como está, o Parque das Nações não fique com a gestão repartida por diversas autarquias, e tenha a sua própria freguesia integrada num dos concelhos (Loures ou Lisboa) a que pertencia o seu território.
O que é bastante questionável é o projeto do Parque das Nações, concebido e desenvolvido como uma nova urbanização de costas voltadas para as freguesias a que pertencia aquele território, e subjugado aos interesses da especulação imobiliária.
O que teria sido desejável, e o que os autarcas e populações desta zona deviam ter reivindicado na altura, era que a regeneração da zona ribeirinha do Tejo fosse pensada como um desenvolvimento natural e complementar das freguesias dos Olivais, Moscavide e Sacavém, servindo em primeiro lugar para aí se implantarem os equipamento e zonas verdes que sobretudo Moscavide e Sacavém tanto necessitavam, e continuam a necessitar.
Saudando daqui a nova Freguesia do Parque das Nações, faz-se votos para que, em vez de criar e alimentar rivalidades fúteis, os autarcas destas freguesias e câmaras travem a expansão desenfreada do betão no Parque das Nações, e preservem o espaço que ainda resta para usufruto dos que vivem e trabalham nestas freguesias da Grande Lisboa.
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