terça-feira, 12 de junho de 2012

FREGUESIA DO PARQUE DAS NAÇÕES
O que dizem os autarcas de Loures.


Depois do comunicado da Câmara de Loures, PS, em que a única objeção do Teixeira à criação da freguesia do Parque das Nações parece ser a perca das massas do IMI, vem a CDU dizer que a ideia de que a gestão do Parque das Nações poderia ser prejudicada por ficar dividida entre três freguesias e dois concelhos é infundada. Pena não explicar o infundado da ideia.

Estava eu convencido de que a principal razão da criação, com o apoio da CDU, da freguesia da Portela, em 1985 (até aí dividida entre as freguesias de Moscavide e Sacavém), foi dotar aquele bairro duma gestão autárquica única, mais próxima dos cidadãos, mas se calhar também estava infundado.

Mas a parte que verdadeiramente me arrebata na moção da CDU é o: Não abdicaremos daquilo que demorou décadas a conquistar para o concelho de Loures. Conquistas que, pelo que se depreende to texto, serão os "espaços habitacionais e novas populações, um novo e qualificado espaço urbano dotado de equipamentos e infraestruturas culturais e desportivas, amplas e desafogadas zonas de recreio e lazer, a possibilidade de contacto direto com o rio".

Será que com a criação da freguesia do Parque das Nações no concelho de Lisboa, o Costa do jumento e do ferrari se prepara para arrasar aqueles espaços habitacionais? Será que planeia expulsar as novas populações? Será que vai impedir os habitantes de Moscavide e Sacavém de usufruírem do novo e qualificado espaço urbano? Barrar o seu acesso aos equipamentos e infraestruturas culturais e desportivas? Vedar-lhes as amplas e desafogadas zonas de recreio e lazer? Proibir-lhes o contacto direto com o rio?

Fala ainda a CDU, sem especificar, de promessas só parcialmente cumpridas. Como por exemplo, julgo eu, o tão ansiado Parque do Tejo, inviabilizado antes de nascer pela decisão, a que Câmara PS de Loures não se opôs, de ali se construir um colégio privado.  Será que a divisão do Parque das Nações por três freguesias e dois concelhos, iria permitir ressuscitar o projeto do Parque do Tejo, ou a concretização de outras promessas não cumpridas?

E  quais serão os fantástico planos que as autarquias de Moscavide, Sacavém, e do concelho de Loures, todas de maioria PS, tinham na manga para aqueles territórios, que iriam beneficiar os habitantes daquelas freguesias, e do concelho de Loures, e que ficaram comprometidos com a criação da nova freguesia do Parque das Nações?

Enfim, talvez a Reunião Extraordinária da Assembleia Municipal de Loures convocada para 5ª feira 14/6 à 21h nas instalações dos Bombeiros Voluntários de Sacavém, com um período inicial de intervenção do público, não só dê respostas a estas questões e perplexidades, como esclareça o que as forças políticas do concelho se propõem fazer. Ou será que, como até agora, se vão ficar pelos apelos patéticos ao inquilino de Belém para não promulgar a Lei?

Nota Final
Também daqui denuncio a forma ilegal e inconstitucional, que viola de forma clara o estabelecido no art.º 249 da Constituição da República Portuguesa e a recém-aprovada Lei 22/2012, como foi tomada a decisão da criação da Freguesia do Parque das Nações, e considero que, como se diz noutro post deste blog, o que o que está errado não é a criação da Freguesia mas a génese e o desenvolvimento do projecto do Parque das Nações desde 1993 até ao presente.

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