sábado, 6 de outubro de 2012
Firmeza
ESTAMOS rodeados de cobardolas, que fogem do povo como o diabo da cruz. Um refugia-se no "Pátio da Galé", rodeado de gorilas e seguranças, despeja mais umas quantas inutilidades pela boca fora e sai apressadamente, ao passo que o outro se ausenta para o estrangeiro, dizendo que anda por lá por ser indispensável estar presente numa reunião dos chamados "amigos da coesão". Cá por mim, penso que é preciso dar-lhes com firmeza, como o fez a cantora lírica Ana Maria Pinto.
Firmeza
Poema de João José Cochofel e Música de Fernando Lopes-Graça
Sem frases de desânimo,
Nem complicações de alma,
Que o teu corpo agora fale,
Presente e seguro do que vale.
Pedra em que a vida se alicerça,
Argamassa e nervo,
Pega-lhe como um senhor
E nunca como um servo.
Não seja o travor das lágrimas
Capaz de embargar-te a voz;
Que a boca a sorrir não mate
Nos lábios o brado de combate.
Olha que a vida nos acena
Para além da luta.
Canta os sonhos com que esperas,
Que o espelho da vida nos escuta.
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