sábado, 28 de julho de 2012
O Espaço é Apertado Mas Cabem Lá Todos
NA SEQUÊNCIA da afirmação de António José Seguro de que «a troika e o Governo estão de um lado, ao passo que o PS está do outro», meia dúzia de dias depois, mais exactamente no passado dia 25 de Julho de 2012, a maioria PSD/CDS-PP e o PS, encarregaram-se de chumbar um projecto de resolução do PCP que recomendava ao Governo a renegociação, com urgência, da dívida pública, projecto esse que para além do PCP, apenas contou com os votos favoráveis do BE e do PEV.
O espaço é apertado, mas com a pragmática ajuda da “coerência” do PS (partido Seguro), a tanga da dívida lá se vai dançando, e acabam por lá caber todos.
AFINAL NÃO É SÓ EM LISBOA QUE É DIFÍCIL ENCONTRAR UM URINOL.
Liam Corcoran é um puto de 11 anos, residente em Manchester, que, à procura dum sítio para fazer uma mijinha, acabou numa casa de banho do voo LS791 para Roma. Só deu por isso, que afinal estava a bordo dum avião, quando "whoosh, we were going up in the sky”.
domingo, 22 de julho de 2012
O Que Ele Pensa, o Que Diz e o Que Faz
ALGUÉM acredita nisto? António José Seguro deve pensar que os portugueses são patetas ou andam nas nuvens! Ora se a prática política tem sido exactamente o inverso, isto é, o PS de há um ano a esta parte continua a alinhar com a troika e com o Governo, desculpando-se com compromissos assumidos e brandindo uma carismática “abstenção violenta”, que dividendos quer obter com tal afirmação? Será que anseia estabelecer uma união de facto e ser cooptado para o Governo?
De uma coisa podemos ter a certeza: aquilo que ele pensa, aquilo que diz e aquilo que faz, continuam a não ser coincidentes.
De uma coisa podemos ter a certeza: aquilo que ele pensa, aquilo que diz e aquilo que faz, continuam a não ser coincidentes.
sexta-feira, 20 de julho de 2012
PARQUE DAS NAÇÕES
O Teixeira, o porco, as febras, e a noiva que o Costa quer despir.
O Teixeira diz que "Isto é uma bandalheira absoluta" e, nesse ponto, até eu estou inclinado a dar razão ao homem.
quinta-feira, 19 de julho de 2012
TRANSPORTES PÚBLICOS NA PORTELA
Sem Metro e com cortes nos autocarros da Carris.
Dois dias depois de vermos o Metro a passar-nos ao lado somos confrontados com um anúncio da Carris a informar que daqui a dois dias vai fazer cortes nas carreiras que servem a Portela.
A carreira 22, da Portela ao Marques de Pombal, é encurtada para a Praça de Londres. A carreira 83 passa a efectuar viagens alternadas para a Portela e o Prior Velho, ou seja para Portela o serviço do 83 é reduzido a metade. A 28 apenas muda de numero para 728.
O comunicado da Carris a anunciar estes cortes começa com um "como se encontrava previsto", e de facto a questão da tentativa de cortes nas carreiras da Carris não é nova. Já em Novembro passado tínhamos aqui falado num plano que na altura incluía um largo rol de cortes nas carreiras da Carris, incluindo duas da Portela.
Enquanto outras Juntas de Freguesia mobilizavam os moradores a fazer-se ouvir sobre os cortes de carreiras, a Junta de Freguesia da Portela ficava-se pelas diligências, para nos anunciar a 17 de Fevereiro deste ano que "congratula-se com a decisão do poder central de manter as referidas carreiras". Bem pode limpar a congratulação à parede.
A Carris justifica as alterações com a entrada em funcionamento do prolongamento da linha Vermelha do metro ao Aeroporto, e se é certo que a abertura duma estação de Metro em Moscavide é uma oportunidade para melhorar a mobilidade na Portela, aproveitando a proximidade deste importante e eficiente meio de transporte, não é seguramente através destes cortes cegos no que existe, sem qualquer contrapartida duma ligação rápida e pratica da Portela à estação de Metro de Moscavide, que esse objetivo é alcançado.
A procura das soluções que sirvam a quem por aqui mora e trabalha deve envolver necessariamente os interessados, cabendo um papel importante aos autarcas, que não se devem ficar apenas pelas diligências e têm de, em primeiro lugar, ouvir as populações que representam. E se não ouvirem teremos de ser os eleitores a insistir para que nos escutem.
terça-feira, 17 de julho de 2012
FINALMENTE METRO CHEGA AO AEROPORTO
Que contributo para a melhoria da mobilidade na zona oriental do concelho de Loures?
Até por neste blog se ter falado por diversas vezes nesta obra tão útil para quem mora e trabalha por estes lados, não podia deixar de, neste primeiro dia, ir até lá ver as três novas estações da linha Vermelha.
Entrei na estação de Moscavide e por hoje apenas vou dizer-vos que ao chegar à estação do Aeroporto já lá tinha à espera, à esquerda, sentado numa democrática cadeira, o Dr. Álvaro Cunhal, e à direita, num aristocrático cadeirão, o Dr. Mário Soares.
Com uma sincera saudação a todos os que contribuíram para fazer chegar o Metro ao Aeroporto da Portela, como morador desta zona não posso no entanto deixar de lamentar que, por umas escassas centenas de metros, não tenha hoje o Metro chegado também à freguesia da Portela.
No dia em que a linha Vermelha do Metro toca a fronteira da parte oriental do concelho de Loures em Moscavide é boa altura para perguntarmos, mais uma vez, o que está a ser feito em termos de aproveitar este importante e prático meio de transporte para melhorar a mobilidade das populações que vivem nas freguesias orientais do concelho de Loures.
Como é que se vai articular esta nova infraestrutura com a rede de transportes rodoviários existente? Fizeram-se estudos? Há planos? Discutiram-se esses estudos e/ou planos com as populações? Concretamente o que têm andado a fazer quanto a isto os autarcas destas freguesias e concelho? Que os moradores tenham dado por isso, infelizmente, parece-me que nada.
Mais posts sobre o Metro na zona oriental do concelho de Loures:
Metro e interface rodoviário em Moscavide Melhorar a mobilidade na parte oriental do concelho de Loures.
Já que o Metro não vem à Portela... Qual a melhor maneira de ligar a Portela ao Metro?
PORTELA: LIGAÇÃO À ESTAÇÃO DE METRO DE MOSCAVIDE.
segunda-feira, 16 de julho de 2012
EQUIDADE À BURLÃO PASSOS
Ou como o Governo PSD/CDS reparte os sacrifícios entre os rendimentos do trabalho e do capital.
A propósito das declarações do Presidente do Tribunal de Contas, que veio lembrar que no Acórdão que declara a inconstitucionalidade do corte dos subsídios de Férias e de Natal, a expressão detentores de rendimentos se refere tanto a rendimentos do trabalho como do capital, logo apareceu Passos Coelho num ecrã de TV a dizer que a equidade nos sacrifícios pedidos aos detentores de rendimentos do capital já estava assegurada visto o IRC, imposto sobre o rendimento dos capitais, ter subido de 20 para 25%, ou seja um aumento de 25%.
Vejamos então como é que se esse aumento se compara com os sacrifícios impostos a um casal de reformados (que por acaso até tenham ambos trabalhado toda sua vida no privado), um com uma reforma de 1000 euros, e outro com uma de 800 euros. Se não tiver quaisquer deduções, o casal teria de pagar por ano 1840 euros de IRS. Se somarmos a isto o confisco do 13º e 14º mês, o casal vê o seu contributo agravado em mais 3600 euros, ou seja mais cerca de 200%; passam a descontar o triplo.
Portanto para Passos equidade dos sacrifícios é os rendimentos do capital serem agravados 25%, e os dum casal de reformados 200%.
domingo, 15 de julho de 2012
Círculo (Quase) Perfeito
O MÉDICO H, por não se rever em nenhuma das reivindicações dos seus colegas que trabalham no Serviço Nacional de Saúde, não apoiou a greve dos médicos. E isto porque entende que os serviços de saúde deviam ser todos privados, reger-se pelas leis do mercado, da oferta e da procura, e quanto a médicos e enfermeiros, deviam ser contratados à hora. Disse ele – Não me identifico com eles nem com nenhum dos seus objectivos. A saúde – embora preciosa - é uma mercadoria, um bem transaccionável como qualquer outro. A minha ideia de medicina não tem nada a ver com este folclore!
O MÉDICO H, é um empresário da saúde, e agora já se sabe porquê: é também um campeão nacional das prescrições medicamentosas. Prescreve no seu consultório particular o MEDICAMENTO X, produzido pelo LABORATÓRIO Y, do qual ele é accionista, beneficiando dos respectivos e chorudos dividendos, onde o seu FILHO F é director dos serviços de propaganda médica, aconselhando a classe médica a prescrever o tal MEDICAMENTO X, o qual também é fornecido aos hospitais (ainda) públicos e privados, pelos canais habituais, e onde o mesmo MÉDICO H também dá umas rapidíssimas consultas, mas apenas para poder continuar a prescrever o mesmíssimo MEDICAMENTO X, que também é vendido pela FARMÁCIA Z, em que ele também é parte interessada, muito embora pela entreposta pessoa da sua proprietária, a sua honorável ESPOSA M.
O médico H (que distraidamente fez o juramento de Hipócrates), mais o medicamento X produzido pelo laboratório Y, o seu filho F, a farmácia Z e a sua esposa M, são um círculo (quase) perfeito. Como é fácil de ver, o que ele NÃO quer é um Serviço Nacional de Saúde, mas SIM um Negócio Particular de Saúde. Só estou a falar do círculo, mas se falarmos da espiral que lhe anda associada, o problema ainda é mais complexo. Na dúvida, perguntem ao executivo bancário, agora ministro da saúde, Paulo Macedo, que ele sabe como é.
GOVERNO PESSIMUS QUASE EM COMA.
Se tem andado por aí nos festivais e não está a perceber pevas do que se passa com o Governo, eu explico:
Imagine uma banda, não propriamente de rock, mais tipos criada para fazer as primeiras partes dos concertos do Tony Carreira, ou da Merkel, sei lá.
O vocalista é o Passos, o Gaspar é o compositor, adapta a musica e as letras da troika, o Relvas é o manager que só dá broncas, e os outros elementos da banda limitam-se a fazer uns ruídos indistintos, e às vezes uma macacadas para animar a claque.
É isto, não é?
sexta-feira, 13 de julho de 2012
quarta-feira, 11 de julho de 2012
A Leste de Elvas, Nada de Novo
CÁ POR este burgo, a comunicação social, de uma mediocridade confrangedora, tem-se feito desentendida, e pouco ou nada informa sobre o que se passa em Espanha, onde Madrid ficou em brasa com o culminar da “Marcha Negra” dos mineiros asturianos, e não só. Terá sido por esquecimento, por medo da troika, do Relvas ou da ERC, por acharem que não nos devemos meter na vida do vizinho do lado, por falta de verba para o envio de repórteres, ou porque ninguém sabe soletrar em castelhano, e não só?
É o que temos, e nisto, como noutras coisas, não devíamos ficar assim…
terça-feira, 10 de julho de 2012
Crato, o evangelista do antieduquês, rigor, exigência e avaliação, acha que as equivalências do colega Relvas começaram na primária?
Instado pelo Publico a comentar o caso do diploma de Relvas, o ministro da Educação, Nuno Crato, meteu o rigor e a exigência na gaveta e escusou-se a comentar a forma como o ministro Adjunto e dos Assuntos Parlamentares, Miguel Relvas, obteve a licenciatura, dizendo “Não vou comentar nenhum caso sobre um colega meu do Governo”.
O problema é que não se ficou por aí, acrescentando de seguida haver “muitas coisas” que terão de ser pensadas sobre a universidade, o ensino secundário e o básico. Não me digam que as equivalências do Relvas começaram logo na primária?
A propósito do folhetim Relvas um leitor enviou-nos uma nova versão dumas quadras que nos diz terem sido muito populares nos anos 60/70. Clicar aqui para ouvir a musica.
Diplomas bem bonitos
Modernos, originais
Compre já numa privada
Não se preocupe mais.
Porque lá pla Lusófona
Universidade a seu gosto
Satisfaz-se plenamente
O cliente mais afoito
segunda-feira, 9 de julho de 2012
Sobre Direitos, Adquiridos e Outros
«(...) é inadvertida a opinião dos que acham que, em época de crise, todos os direitos adquiridos estão em causa. O problema é que, com excepção dos direitos de personalidade, quase todos os direitos são adquiridos. Isso aplica-se não apenas aos direitos relativos a pensões, salários e prestações, mas também aos direitos obrigacionais dos credores, direitos de propriedade e direitos societários, etc. Estarão os adversários dos direitos adquiridos dispostos a pôr em causa também estes últimos? (...) Os direitos adquiridos são o resultado de um longo processo histórico que passou pela deslegitimação das monarquias absolutas, pela transferência da soberania para a nação ou povo e pela evolução para a democracia representativa. Por outras palavras, ao pôr em causa os direitos adquiridos estamos a lançar dúvidas sobre a própria democracia representativa e, em última instância, sobre o contrato social que lhe subjaz e garante a solidariedade entre os cidadãos. (...)»
Excerto do artigo de João Cardoso Rosas, intitulado "O caminho da regressão", publicado no LE MONDE DIPLOMATIQUE, edição portuguesa, de Julho de 2012, cuja leitura integral aconselho. O título do post e o texto em negrito são de minha autoria. A ilustração de apoio é da Mafalda.
sexta-feira, 6 de julho de 2012
Problemas com a Concorrência
OUVI na passada Quarta-feira o ministro Pedro Mota “vespa” Soares dizer que fica muito contente, sempre que chega ao seu conhecimento que foi desmantelada mais uma quadrilha especializada em defraudar a (in)segurança social, evitando-se assim que aquela seja privada de 1 euro que seja, que aos beneficiários tanta falta faz. Considerando a prática que este ministro tem adoptado (nomeadamente a redução das prestações sociais e as restrições impostas ao seu usufruto), isto leva-me a concluir que o ministro esconde o seu verdadeiro sentimento. Na verdade - e porque estamos a falar de malfeitores a operarem na mesma área - a sua preocupação central, e aquilo de que se regozija, tem a ver com a eliminação de mais uns quantos membros da concorrência. Que descaramento!
quinta-feira, 5 de julho de 2012
Bosão de Higgs
NAS visitas propagandísticas que anda a fazer pelo país, o primeiro-ministro Pedro Passos Coelho já foge das entradas principais, dos mirones, dos ajuntamentos, dos protestos e dos banhos de multidão, como o diabo foge da cruz. Já há quem diga que se está a tornar tão esquivo como o bosão de Higgs...
terça-feira, 3 de julho de 2012
Bancos têm de deixar de manipular os mercados, diz Barroso
E os leões passarem a ser vegetarianos, digo eu
Já por aqui se tinha falado do Barclays ter sido apanhado a manipular as taxas da Euribor, e agora, quatro anos depois da implosão do Lehman Brothers, que ainda hoje estamos a pagar, vem o Presidente da Comissão Europeia dizer que alguns bancos têm deixar de manipular os mercados.
É caso para perguntar o que é que o lacaio do capital financeiro e da Merkel tem andado a fazer desde 2008. E quanto à conversa da treta de "regulação e de supervisão adequada do sector financeiro", acho que tem mais hipóteses de sucesso se for para o Jardim Zoológico convencer os leões a tornarem-se vegetarianos.
domingo, 1 de julho de 2012
Ponto Final, Parágrafo!
A PROPÓSITO da audição de Miguel Relvas pela Comissão Parlamentar de Ética, Cidadania e Comunicação, convocada na sequência do prodigioso e inconclusivo inquérito da ERC, às pressões efectuadas sobre uma jornalista do jornal PÚBLICO, o ministro considera que o caso já devia ter tido um ponto final.
Mais palavras para quê? É um artista português, um grande ponto, que costuma usar pontos finais para dar por encerrados assuntos que não lhe agradam.
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