NÃO ACREDITO quase nada na autenticidade destes protestos. Quando os governos avançam com dolorosos e destemperados assaltos fiscais, e outras malfeitorias afins, é sempre aconselhável que apareça alguma “resistência interna”, devidamente doseada e controlada, para arrefecer os ânimos de quem está a ser molestado, com o objectivo de evitar que levantem fervura. Na prática é uma variante da técnica do polícia mauzão e do polícia bonzinho. Passa-se a mensagem de que o governo está coeso e determinado, mas que os deputados eleitos pelo povo, são capazes de reflectir o descontentamento popular. Nas hostes do PSD acontece o mesmo. A juventude social-democrata, no decurso da Universidade de Verão, bate palmas às catilinárias e censuras de Mário Soares, alguns barões do PSD fazem declarações, manifestando-se incomodados com as arremetidas do governo, o povo aguarda sereno e na expectativa, mas depois, com umas quantas vitórias da selecção de futebol pelo meio, vai esquecendo e voltando à “apagada e vil tristeza”.
domingo, 4 de setembro de 2011
Não Acredito!
NÃO ACREDITO quase nada na autenticidade destes protestos. Quando os governos avançam com dolorosos e destemperados assaltos fiscais, e outras malfeitorias afins, é sempre aconselhável que apareça alguma “resistência interna”, devidamente doseada e controlada, para arrefecer os ânimos de quem está a ser molestado, com o objectivo de evitar que levantem fervura. Na prática é uma variante da técnica do polícia mauzão e do polícia bonzinho. Passa-se a mensagem de que o governo está coeso e determinado, mas que os deputados eleitos pelo povo, são capazes de reflectir o descontentamento popular. Nas hostes do PSD acontece o mesmo. A juventude social-democrata, no decurso da Universidade de Verão, bate palmas às catilinárias e censuras de Mário Soares, alguns barões do PSD fazem declarações, manifestando-se incomodados com as arremetidas do governo, o povo aguarda sereno e na expectativa, mas depois, com umas quantas vitórias da selecção de futebol pelo meio, vai esquecendo e voltando à “apagada e vil tristeza”.
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