segunda-feira, 24 de julho de 2017
REVITALIZAÇÃO URBANA E DITADURA DO PÓPÓ
Se um autarca se atreve a tornar as ruas da sua vila ou cidade um pouco mais agradáveis e amigas dos cidadãos é certo e sabido que, como agora acontece a Fernando Medina em Lisboa e a Bernardino Soares em Loures, logo tem à perna o pessoal que está contra tudo o que, no centro das cidades, se traduza em menos alguns lugares de estacionamento ou redução do volume do tráfego.
É um facto que nas últimas décadas, e independentemente das nossas preferências, muitos nos vimos compelidos a organizar a nossa vida profissional e pessoal baseada no uso do automóvel, o que torna tudo o que se prende com a nossa dependência do transporte individual matéria altamente sensível.
Mas também não podemos esquecer o efeito desastroso do transporte individual no tecido urbano, e por isso inverter a espiral de degradação da qualidade de vida nas nossas vilas e cidades, como é o caso agora em Loures, só pode ser bem vindo.
Por muitos estudos que se tenham produzido e pareceres se tenham obtido (e tudo isso foi feito), só a pratica, o ver como as coisas funcionam na vida real (em vez do papel), permitirá avaliar o que foi feito e identificar eventuais falhas. E também sabemos que em Loures temos um Executivo na Câmara que já provou que ouve os munícipes, e que decerto estará aberto e empenhado em corrigir o que for preciso.
Agora que o centro de Loures mesmo com as obras ainda a decorrer já parece outro, não há como negar.
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