Contava-me
recentemente um amigo, que na sua terra natal, a respectiva Presidente da
Câmara, fez um magnífico trabalho de incremento da qualidade de vida local. Sem
argumentos face ao desempenho da autarquia, com manifesta de qualidade política
e intelectual, os adversários da gestão autárquica lançaram uma pérola
acusativa: “A Presidente da Câmara fuma em público”.
Ridículo,
claro, mas elucidativo de como às vezes vale tudo. E, bem sabemos, temos na
vida política local – à falta de outras qualidades - verdadeiros especialistas
da maldicência, da intriga, da ínsidia, da chicana, das suspeições.
O Concelho de
Loures, conhece bem, um vasto naipe de atoardas, mexericos, mentiras e
campanhas, visando autarcas, quer na dimensão política, quer mesmo na dimensão
pessoal.
Passado cerca
de ano e meio do actual mandato autárquico, o trabalho já realizado pelo
executivo municipal conduzido por Bernardino Soares, não sendo perfeito, é
globalmente inatacável.
Por isso mesmo,
estou em crer que em breve elas vêm aí. Essas mesmo, as intrigas, as ínsidias,
as mentiras, as suspeições, as chicanas.
Vêm pé ante pé,
sussurantes, insidiosas, por vezes, até mesmo sensuais. Tentam pasto,
insinuam-se, experimentam o “parece que…”, o “ouvi dizer…” e outras entradas
manhosas, até que consigam alimentar-se da irreflexão ou da ignorância.
A resposta dos
autarcas em funções, ao que aí vem, só pode fundar-se numa firme atitude ética:
1. Ter presente que
estão a servir a população do Concelho e não qualquer grupo de interesses;
2. Prosseguir o seu
trabalho e executar os compromissos que determinaram a sua eleição;
3. Estreitar a
proximidade aos eleitores, estar sempre disponível para abordar todos os
assuntos, informando e esclarecendo, conversando, debatendo e interpretando com
humildade democrática as opiniões, advertências, avisos, alertas e aspirações
dos munícipes ;
4. Rodear-se de
equipas de trabalho nas quais possam confiar ética e profissionalmente, que não
omitam, que não finjam, que não mintam, que não ocultem;
5. Escutar (e não
apenas ouvir) os trabalhadores municipais, que são quem está na primeira linha
da execução das políticas municipais e do contacto com os municípes, as
instituições, as empresas e todos aqueles que interagem com o Município;
Elas vêm aí, mas podem ser derrotadas.
Publicado na edição nº 12 do Notícias de Loures
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