domingo, 12 de abril de 2015

Elas vêm aí…



Contava-me recentemente um amigo, que na sua terra natal, a respectiva Presidente da Câmara, fez um magnífico trabalho de incremento da qualidade de vida local. Sem argumentos face ao desempenho da autarquia, com manifesta de qualidade política e intelectual, os adversários da gestão autárquica lançaram uma pérola acusativa: “A Presidente da Câmara fuma em público”.

Ridículo, claro, mas elucidativo de como às vezes vale tudo. E, bem sabemos, temos na vida política local – à falta de outras qualidades - verdadeiros especialistas da maldicência, da intriga, da ínsidia, da chicana, das suspeições.

O Concelho de Loures, conhece bem, um vasto naipe de atoardas, mexericos, mentiras e campanhas, visando autarcas, quer na dimensão política, quer mesmo na dimensão pessoal.

Passado cerca de ano e meio do actual mandato autárquico, o trabalho já realizado pelo executivo municipal conduzido por Bernardino Soares, não sendo perfeito, é globalmente inatacável.

Por isso mesmo, estou em crer que em breve elas vêm aí. Essas mesmo, as intrigas, as ínsidias, as mentiras, as suspeições, as chicanas.

Vêm pé ante pé, sussurantes, insidiosas, por vezes, até mesmo sensuais. Tentam pasto, insinuam-se, experimentam o “parece que…”, o “ouvi dizer…” e outras entradas manhosas, até que consigam alimentar-se da irreflexão ou da ignorância.

A resposta dos autarcas em funções, ao que aí vem, só pode fundar-se numa firme atitude ética:

 
1.       Ter presente que estão a servir a população do Concelho e não qualquer grupo de interesses;
2.       Prosseguir o seu trabalho e executar os compromissos que determinaram a sua eleição;
3.       Estreitar a proximidade aos eleitores, estar sempre disponível para abordar todos os assuntos, informando e esclarecendo, conversando, debatendo e interpretando com humildade democrática as opiniões, advertências, avisos, alertas e aspirações dos munícipes ;
4.       Rodear-se de equipas de trabalho nas quais possam confiar ética e profissionalmente, que não omitam, que não finjam, que não mintam, que não ocultem;
5.       Escutar (e não apenas ouvir) os trabalhadores municipais, que são quem está na primeira linha da execução das políticas municipais e do contacto com os municípes, as instituições, as empresas e todos aqueles que interagem com o Município;
 
Elas vêm aí, mas podem ser derrotadas.

Publicado na edição nº 12 do Notícias de Loures

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