Para a sua aula (até o próprio Borges faz concorrência desleal aos professores, isto quando sabemos que este ano, em comparação com o ano passado, são menos 5.147 o número de professores contratados) foi buscar o salazarismo, como termo de comparação, esquecendo-se que o condicionamento industrial do ditador (cuja herança o catedrático Borges diz querer anular) não tinha os mesmos objectivos e eram poucas as semelhanças com o que actualmente sucede, mas já o mesmo não se pode dizer quanto ao proteccionismo (que não é a mesma coisa que ajuda directa) dos grandes interesses, das poucas famílias empresariais. Não se reequilibra a economia adoptando medidas que geram ondas sucessivas de insolvências, a não ser que se pretenda substituir as clientelas, chamando-lhe novo modelo económico, onde a concorrência se faz à custa das facilidades de despedimento, geradoras de uma grande reserva de mão-de-obra barata, da precariedade laboral e da erosão salarial. Na verdade, o que o "proeminente" conselheiro Borges quer combater, não são os tais interesses estabelecidos, sobrevivos do tempo da ditadura, mas sim mudar os seus protagonistas.
sábado, 1 de setembro de 2012
As Falinhas Mansas do Borges e a Gritaria do País
Para a sua aula (até o próprio Borges faz concorrência desleal aos professores, isto quando sabemos que este ano, em comparação com o ano passado, são menos 5.147 o número de professores contratados) foi buscar o salazarismo, como termo de comparação, esquecendo-se que o condicionamento industrial do ditador (cuja herança o catedrático Borges diz querer anular) não tinha os mesmos objectivos e eram poucas as semelhanças com o que actualmente sucede, mas já o mesmo não se pode dizer quanto ao proteccionismo (que não é a mesma coisa que ajuda directa) dos grandes interesses, das poucas famílias empresariais. Não se reequilibra a economia adoptando medidas que geram ondas sucessivas de insolvências, a não ser que se pretenda substituir as clientelas, chamando-lhe novo modelo económico, onde a concorrência se faz à custa das facilidades de despedimento, geradoras de uma grande reserva de mão-de-obra barata, da precariedade laboral e da erosão salarial. Na verdade, o que o "proeminente" conselheiro Borges quer combater, não são os tais interesses estabelecidos, sobrevivos do tempo da ditadura, mas sim mudar os seus protagonistas.
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