Depois de aderir ao Partido Comunista Francês, em 1922, Erik Satie gostava de se apresentar como cidadão Satie, do Soviete de Arcueil. Apesar de considerar os seus camaradas bolcheviques "desconcertantemente burgueses em matéria de arte", chegou a fazer parte do Comité Central do PCF.
Eric Satie ainda me foi apresentado nas aulas de História de Música (cerca de 8 anos) como um homem, músico e compositor enlouqecido e que se recusava a tomar banho... Afinal para meu espanto venho aqui encontrar uma não menos horrenda caçada sobre a sua vida a de que considerando «os seus camaradas bolcheviques "desconcertantemente burgueses em matéria de arte", chegou a fazer parte do Comité Central do PCF.». Mas de quais camaradas bolcheviques aqui se fala de forma tão importante? Dos bolcheviques de credo e de ação que acreditaram no homem novo e no estado dos sovietes, que ajudaram a que eu a cinco mil km de distância tivesse direitos? Ou dos que se dizendo bolcheviques mais não foram/são usurpadores que derreteram tudo onde puseram as mãos e que hoje compram exércitos, clubes, países? E que tinha Satie para ver nos bolcheviques aqueles "desconcertantemente burgueses em matéria de arte"? Terá visitado a URSS? Terá privado com Lenine, com Staline...? Terá ouvido composições de Prokofiev, de Shostakovich, apenas para citar estes dois que escreveram para o povo e para a revolução elevando-os? E lá fui eu ver o texto! Não explica... mas de tanto que nele se diz sobre Eric Satie o ainda mal-amado entristeceu-me que Dédé - espero que sempre o consiga ler assim e não com X x - não tivesse ido além por que Satie o merece: revolucionou a música e o pensamento musical, abriu caminhos e não se conteve nem se amofinou perante tantos maus tratos e tantas más criticas. Eu que tive a sorte de passar por insistência minha horas de estudo ao piano com duas peças de Eric Satie digo-vos que ele merecia outra apresentação. Pois basta-me a comunicação social e os néscios que tanto gostam de reescrever a história do mundo e dos povos! E achincalham!
Ana, Parece que pelo menos num ponto estamos de acordo, ambos gostamos da musica de Satie. Pela minha parte em nada o diminui, ou à sua musica, ter sido, segundo reza, um excêntrico. Quando Satie morre em 1925, Shostakovich teria 19 anos, mas é possível que Satie se tivesse cruzado com Prokofiev, que no inicio dos anos 20 andou pela Europa, antes do seu regresso à URSS nos anos 30. Penso que não seria a eles que Satie se referia como "desconcertantemente burgueses em matéria de arte". Provavelmente seria aos seus camaradas operários, empregados, intelectuais, ou artistas, do PCF (então recentemente criado no final de 1920). Se a Ana quiser partilhar uma pequena apresentação de Satie (o que aqui fiz foi apenas uma semi-irreverente chamada de atenção para a sua música), terei muito gosto em publicá-la aqui no blog.
Catatau, o Anónimo para Ana e Dédé, o Anónimo Talvez... Talvez se tenham cruzado Shostakovich é considerado um prodígio desde os 8 anos e quando se é assim considerado com obra feita encurtados estão o mundo e as distâncias mas isto a Ana deve saber. O que fica por explicar para além da "fracota" referência aos bolcheviques numa vida tão rica e concorrida quanto a de ESatie é se Ana gosta do compositor? Não sei. Não diz. Ou se o diz encriptou de tal maneira que só Dédé leu. Catatau
Eric Satie ainda me foi apresentado nas aulas de História de Música (cerca de 8 anos) como um homem, músico e compositor enlouqecido e que se recusava a tomar banho... Afinal para meu espanto venho aqui encontrar uma não menos horrenda caçada sobre a sua vida a de que considerando «os seus camaradas bolcheviques "desconcertantemente burgueses em matéria de arte", chegou a fazer parte do Comité Central do PCF.». Mas de quais camaradas bolcheviques aqui se fala de forma tão importante? Dos bolcheviques de credo e de ação que acreditaram no homem novo e no estado dos sovietes, que ajudaram a que eu a cinco mil km de distância tivesse direitos? Ou dos que se dizendo bolcheviques mais não foram/são usurpadores que derreteram tudo onde puseram as mãos e que hoje compram exércitos, clubes, países? E que tinha Satie para ver nos bolcheviques aqueles "desconcertantemente burgueses em matéria de arte"? Terá visitado a URSS? Terá privado com Lenine, com Staline...? Terá ouvido composições de Prokofiev, de Shostakovich, apenas para citar estes dois que escreveram para o povo e para a revolução elevando-os? E lá fui eu ver o texto! Não explica... mas de tanto que nele se diz sobre Eric Satie o ainda mal-amado entristeceu-me que Dédé - espero que sempre o consiga ler assim e não com X x - não tivesse ido além por que Satie o merece: revolucionou a música e o pensamento musical, abriu caminhos e não se conteve nem se amofinou perante tantos maus tratos e tantas más criticas. Eu que tive a sorte de passar por insistência minha horas de estudo ao piano com duas peças de Eric Satie digo-vos que ele merecia outra apresentação. Pois basta-me a comunicação social e os néscios que tanto gostam de reescrever a história do mundo e dos povos! E achincalham!
ResponderEliminarAna,
ResponderEliminarParece que pelo menos num ponto estamos de acordo, ambos gostamos da musica de Satie.
Pela minha parte em nada o diminui, ou à sua musica, ter sido, segundo reza, um excêntrico.
Quando Satie morre em 1925, Shostakovich teria 19 anos, mas é possível que Satie se tivesse cruzado com Prokofiev, que no inicio dos anos 20 andou pela Europa, antes do seu regresso à URSS nos anos 30.
Penso que não seria a eles que Satie se referia como "desconcertantemente burgueses em matéria de arte". Provavelmente seria aos seus camaradas operários, empregados, intelectuais, ou artistas, do PCF (então recentemente criado no final de 1920).
Se a Ana quiser partilhar uma pequena apresentação de Satie (o que aqui fiz foi apenas uma semi-irreverente chamada de atenção para a sua música), terei muito gosto em publicá-la aqui no blog.
Catatau, o Anónimo para Ana e Dédé, o Anónimo
ResponderEliminarTalvez... Talvez se tenham cruzado Shostakovich é considerado um prodígio desde os 8 anos e quando se é assim considerado com obra feita encurtados estão o mundo e as distâncias mas isto a Ana deve saber. O que fica por explicar para além da "fracota" referência aos bolcheviques numa vida tão rica e concorrida quanto a de ESatie é se Ana gosta do compositor? Não sei. Não diz. Ou se o diz encriptou de tal maneira que só Dédé leu.
Catatau