Não brinquem mais nem difamem mais as palavras do senhor doutor Ulrich, que tem toda a razão quando nos dispensa tempo do seu produtivo trabalho e do seu merecido descanso a lembrar-nos que os melhores filhos da Grécia têm aguentado corajosamente nos seus lares e nos seus empregos os maus tempos provocados pela maioria que quis viver acima das suas possibilidades. Uma maioria que berrou pelo aumento do salário, pela educação dos filhos, pela carne e pelo peixe no prato. E agora os poucos que sempre viveram dentro das suas possibilidades têm de pagar por todos! E o senhor doutor Ulrich explica-nos e muito bem que se eles aguentam nós também podemos aguentar! A referência que faz aos sem-abrigo veio recordar-me que eu própria fui sem-abrigo. E conto-vos como tudo aconteceu: há uns meses fui regar as plantas que tenho no patamar da escada mas... fechei a porta e a chave ficou do lado de dentro. A chave, o i-pad, os cartões de crédito, a documentação pessoal, o parka, a clutche... E eu do lado de fora. Mas não desesperei, não, senhores! Saí decidida a percorrer a pé uma distância de cerca de quatro quilómetros e ir buscar a outra chave que se encontrava em casa dos papás. Mas vindo do nada surge um autocarro, disse-lhe "pára" e o autocarro parou, entrei e expliquei ao chauffer o acontecido. Que não havia problema, que podia fazer a viagem gratuitamente. E lá fui. Saí na paragem e decidida a fazer o último quilómetro e meio a pé surge outro autocarro vindo do nada. Voltei a dizer-lhe "pára" e o autocarro parou, entrei e expliquei ao chauffer o acontecido. Que não havia problema, que podia fazer a viagem gratuitamente. Em casa dos papás tomei um chá e comi biscoitinhos de gengibre e hortelã. E tive de convencer os papás que conseguia regressar a casa pelos meus próprios meios tal como tinha vindo. Já com as chaves no bolso do casaco do tailler voltei a fazer o caminho de retorno e não é que surge um autocarro e eu nem precisei de lhe dizer "pára". O autocarro que devia de ser da última geração parou e nem precisei de gastar o dinheiro que os papás me tinham dado para o ticket: a conduzi-lo estava o mesmo chauffer que tinha encontrado na primeira viagem. E o mesmo voltou a acontecer com o outro autocarro. Quando cheguei a casa fui logo para o facebook e para o twitter postar esta minha experiência divertida! E não é que os amigos e seguidores fizeram o mesmo! E andámos semanas a falar de como tinha sido tão bom termos sido sem-abrigos. Até os coaching nos seguiram. Qual golfe, qual ténis! Se calhar o senhor doutor Ulrich também viveu esta experiência. Por isso, é que o senhor doutor Ulrich tem esta competência para nos falar assim tão bem!
Não brinquem mais nem difamem mais as palavras do senhor doutor Ulrich, que tem toda a razão quando nos dispensa tempo do seu produtivo trabalho e do seu merecido descanso a lembrar-nos que os melhores filhos da Grécia têm aguentado corajosamente nos seus lares e nos seus empregos os maus tempos provocados pela maioria que quis viver acima das suas possibilidades. Uma maioria que berrou pelo aumento do salário, pela educação dos filhos, pela carne e pelo peixe no prato. E agora os poucos que sempre viveram dentro das suas possibilidades têm de pagar por todos!
ResponderEliminarE o senhor doutor Ulrich explica-nos e muito bem que se eles aguentam nós também podemos aguentar!
A referência que faz aos sem-abrigo veio recordar-me que eu própria fui sem-abrigo. E conto-vos como tudo aconteceu: há uns meses fui regar as plantas que tenho no patamar da escada mas... fechei a porta e a chave ficou do lado de dentro. A chave, o i-pad, os cartões de crédito, a documentação pessoal, o parka, a clutche... E eu do lado de fora. Mas não desesperei, não, senhores! Saí decidida a percorrer a pé uma distância de cerca de quatro quilómetros e ir buscar a outra chave que se encontrava em casa dos papás. Mas vindo do nada surge um autocarro, disse-lhe "pára" e o autocarro parou, entrei e expliquei ao chauffer o acontecido. Que não havia problema, que podia fazer a viagem gratuitamente. E lá fui. Saí na paragem e decidida a fazer o último quilómetro e meio a pé surge outro autocarro vindo do nada. Voltei a dizer-lhe "pára" e o autocarro parou, entrei e expliquei ao chauffer o acontecido. Que não havia problema, que podia fazer a viagem gratuitamente. Em casa dos papás tomei um chá e comi biscoitinhos de gengibre e hortelã. E tive de convencer os papás que conseguia regressar a casa pelos meus próprios meios tal como tinha vindo. Já com as chaves no bolso do casaco do tailler voltei a fazer o caminho de retorno e não é que surge um autocarro e eu nem precisei de lhe dizer "pára". O autocarro que devia de ser da última geração parou e nem precisei de gastar o dinheiro que os papás me tinham dado para o ticket: a conduzi-lo estava o mesmo chauffer que tinha encontrado na primeira viagem. E o mesmo voltou a acontecer com o outro autocarro.
Quando cheguei a casa fui logo para o facebook e para o twitter postar esta minha experiência divertida! E não é que os amigos e seguidores fizeram o mesmo! E andámos semanas a falar de como tinha sido tão bom termos sido sem-abrigos. Até os coaching nos seguiram. Qual golfe, qual ténis!
Se calhar o senhor doutor Ulrich também viveu esta experiência. Por isso, é que o senhor doutor Ulrich tem esta competência para nos falar assim tão bem!